quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

RENAN É O NOVO CUNHA

"É indefensável" decisão de Fux de devolver texto anticorrupção, diz Renan

O presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL)
  • O presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL)
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quinta-feira (15) ser "indefensável" a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luix Fux que determinou a devolução à Câmara dos Deputados do projeto com medidas contra a corrupção.
"Essa medida é indefensável, porque ela interfere no processo legislativo. E há uma decisão do Supremo no sentido de que não pode haver interferência no processo legislativo", disse Renan.
O texto do pacote anticorrupção foi aprovado na Câmara, no final de novembro, com grandes modificações em relação ao projeto original proposto pelo Ministério Público Federal.
A principal alteração foi a criação do crime de abuso de autoridade para juízes e membros do Ministério Público, o que provocou fortes reações no Judiciário. Integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato ameaçaram renunciar às investigações caso o texto fosse aprovado também no Senado.
O presidente do Senado afirmou que iria conversar sobre a decisão com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e também com o ministro Fux e a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia.
Segundo Renan, a advocacia do Senado será acionada para atuar no caso e estuda entrar com recursos contra a decisão.
A decisão de Fux, de quarta-feira (14), atendeu a mandado de segurança impetrado no dia 2 de dezembro pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), que pedia a anulação, via liminar, da votação do pacote.
O pedido do deputado citava a transformação do projeto inicial --especialmente a cláusula sobre o abuso de autoridade-- e a tentativa de votação por urgência no Senado já no dia seguinte à aprovação na Câmara.

Em sua decisão, o ministro justificou que projetos de lei de iniciativa popular merecem tramitação diferenciada. Segundo Fux, a Câmara não seguiu os preceitos legislativos adequados para o projeto e houve "evidente sobreposição do anseio popular pelos interesses parlamentares, frustrando a intenção da sociedade de apresentar uma proposta de acordo com os seus anseios".
O projeto chegou à Câmara batizado como "10 medidas contra a corrupção" e com o apoio de mais de dois milhões de assinaturas, e por isso é um projeto de iniciativa popular, como o que levou à aprovação da Lei da Ficha Limpa.
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