...SÉRGIO SÁ LEÃO
" Eis o golpe do século....
As capitalizações do BNDES feitas pelo Tesouro nos governos Lula e Dilma (sob o pretexto de estimular o crescimento econômico do país) totalizaram o equivalente a 25% a mais do que o valor atualizado monetariamente do Plano Marshall, aquele que financiou a reconstrução da Europa após o fim da Segunda Guerra Mundial.
Nada menos do que R$ 400 bilhões.
Graças a elas, o BNDES bancou a chamada "bolsa empresário", que superou em muito a soma do valor despendido em todos os programas sociais (como o Bolsa Família e outros).
Crédito fácil e barato (e muitas vezes sem lastro) em montantes astronômicos para algumas poucas empresas escolhidas a dedo, que supostamente teriam o potencial de ser multinacionais brasileiras e "locomotivas" do desenvolvimento do Brasil.
As tristemente famosas "campeãs nacionais".
A JBS cresceu vertiginosamente assim, turbinada pelo dinheiro do BNDES. Agora se sabe qual foi o custo para os contribuintes. Só em uma conta na Suíça foram parar R$ 300 milhões, usados para custear despesas do PT, de Lula e de Dilma.
A "bolsa empresário" (que também beneficiou o falido Império X de Eike Batista, a nocauteada Oi, a Odebrecht e outras estrelas do capitalismo de estado, ou melhor, do capitalismo de compadres brasileiro) produziu o maior déficit público da história do Brasil, que Dilma tentou disfarçar e compensar promovendo as pedaladas fiscais, responsáveis por seu impeachment.
As pedaladas, como o site Contas Abertas demonstrou, não foram feitas para pagar os programas sociais, como Dilma e Lula alegaram, mas sobretudo para cobrir as capitalizações do BNDES.
O caso JBS revela (como poucos) a intrincada teia de relações perigosas (entre governo, partidos da base e algumas empresas e empresários) engendrada nos governos Lula e Dilma para eternizar o PT, a esquerda lulopetista e seus parceiros preferenciais no poder.
O objetivo final dessas capitalizações, como se percebe claramente agora, era produzir um imenso caixa 2 para o financiamento de campanhas eleitorais, o enriquecimento de companheiros e a compra e venda de apoio político.
Os programas sociais foram apenas um verniz, uma esmola concedida à malta para legitimar Lula e Dilma junto ao seu eleitorado, enquanto o verdadeiro golpe era cometido.
Assim como o discurso das "campeãs nacionais".
É preciso reconhecer a façanha. Obrigar uma instituição de estado sólida como o BNDES, formada em sua maioria por pessoas sérias e competentes, a ser agente de uma operação como essa, não é para qualquer um.
Trata-se do golpe do século.
Cometido por gênios do crime. A conta, para variar, foi e está sendo paga por nós, contribuintes e cidadãos brasileiros, transformados em plateia de um espetáculo que não é o do crescimento, para citar outra expressão em voga no antigo regime, mas o do emburrecimento e do empobrecimento da nação."
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