domingo, 2 de dezembro de 2018

SALTIMBANCO DE FAROL

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, sapatos e ar livre

Tanto os jornalistas, quanto os sociólogos, antropólogos, urbanistas e afins poderão, mais adiante, observar a cena e explicá-la nos detalhes e nuances. A esta altura, se ainda não foi feito, caberia o inventário, inclusive iconográfico, de fenômeno quiçá revolucionário. Estou falando dos saltimbancos estrangeiros que, algumas vezes, nos impressionam nos semáforos de ruas e avenidas da Cidade do Salvador. São latino-americanos como nosotros. Todavia não sei o nome de nenhum deles, quase todos jovens e belos.
São argentinos, chilenos, venezuelanos e outros vizinhos nossos que dividem ou ocupam o que antes era espaço cativo de flanelinha. O fenômeno retrata a crise econômica continental e o achatamento de renda da classe média, que, não tendo outra perspectiva, ocupa na rua os espaços outrora exclusivos dos quase mendigos.
Há muito o que especular e investigar a respeito. Neste instante, com quase mil toques de texto, encerro com a lembrança da arte de Jenner Augusto que emprestou beleza a Alagados.

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