sábado, 7 de dezembro de 2019

FLORESTA NO DESERTO

Egípcios plantam floresta no deserto usando efluentes de esgoto




Plantar árvore no deserto já soa estranho, usando efluente de esgoto fica ainda mais confuso. Mas, essa é a estratégia usada por um programa de pesquisa no Egito. O trabalho teve início na década de 90, com o intuito de promover a ecologização de 36 pontos diferentes no deserto. A floresta Serapium é um dos frutos deste trabalho.
O processo de florestamento está localizado em uma bacia de drenagem para efluentes de esgoto a duas horas de Cairo. O local recebe o esgoto de mais de 500 mil habitantes, tornando-o ideal para abastecer todo o plantio que cresce em suas margens.
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Como este é um recurso escasso no deserto nada de água potável é usado no processo. Todo o sistema é abastecido com os efluentes de esgoto, que passam por duas fases de tratamento antes de serem liberados na plantação. Na primeira etapa são retirados os resíduos sólidos e na segunda são incluídos micróbios e oxigênio, para decompor os materiais orgânicos.
O que chega às árvores é um líquido com alta concentração de fosfato e composto de azoto, que funcionam como excelentes fertilizantes naturais. Por conta disso, o processo deixa o crescimento das árvores muito mais rápido do que o tradicional, mesmo estando em condições climáticas tão adversas. Um eucalipto, por exemplo, leva 15 anos para crescer no Egito e alcançar o mesmo tamanho que na Alemanha levaria, em média, 60 anos.
Foto: Reprodução
Apesar de ser um processo com alto teor de nutrientes para o solo, ele não é adequado para o cultivo de alimentos. Neste caso, os efluentes teriam que passar por uma terceira fase de tratamento antes de seu usado nas hortas. Mas, esta é uma opção para tornar o deserto uma área produtiva, elevando a economia local, ao mesmo tempo em que colabora para o controle da desertificação. Já que, segundo a Organização para a Alimentação e Agricultura da ONU, a FAO, considera que os desertos se espalham a um ritmo de 23 hectares por minutos.
Para conhecer mais sobre este processo, assista ao vídeo abaixo, produzido pela agência alemã Deutsche Welle:





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