Conder iniciou revegetação da encosta do Santo Antônio
O trecho da encosta integra o frontispício de Salvador que tem cerca de
70 metros de altura e divide as Cidades Alta Baixa.
Parte da encosta do bairro do Santo Antônio
Além do Carmo, no Centro Histórico de Salvador (CHS), acima da Rua Capistrano
de Abreu na Cidade Baixa, está recebendo projeto de paisagismo para manter sua
característica original ao mesmo tempo que garante a segurança da contenção. A
área fica ao lado do Túnel Américo Simas, atrás de 22 casarões da Rua Direita e
em parte do declive no Largo de Santo Antônio. O trecho da encosta integra o
frontispício de Salvador que tem cerca de 70 metros de altura e divide as
Cidades Alta Baixa. Essa região é protegida por legislação municipal, integra a
poligonal de tombamento federal como Patrimônio do Brasil pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e é chancelada como
Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
“A Conder e o Iphan discutiram tecnicamente as melhores soluções para contenção da encosta da Vila do Capistrano, sem descaracterizar a sua paisagem uma vez que é uma área tombada pelo patrimônio histórico nacional. Esse é um problema crítico na região, com registros de deslizamentos nos últimos 15 anos. Por isso, o Governo do Estado está buscando uma solução definitiva para a contenção do talude, de forma a garantir a segurança da população e dos prédios históricos ali instalados”, afirma o presidente da Conder, José Trindade.
O contrato também inclui
a adubação, irrigação duas vezes ao dia e a substituição de mudas que não
resistam. A proteção do Iphan no CHS, engloba não só o conjunto arquitetônico e
urbanístico, mas também o paisagismo: “é um dos mais importantes exemplares do
urbanismo ultramarino português no Brasil, implantado em acrópole, se
distinguindo em dois planos: as funções administrativas e residenciais no alto
e o porto e o comércio à beira-mar, aliada a uma topografia singular”, informa
o site oficial do Iphan.
Solo grampeado
verde
Segundo o coordenador da
Conder no CHS, arquiteto Zulu Araújo, o solo da encosta está grampeado
revestido com geomanta de polipropileno, reforçada ainda com tela de arame
presas com chumbadores. “Essa estrutura permitirá que as plantas se sustentem,
cresçam e proliferem na encosta”, finaliza. A Conder fará ainda o controle de
pragas para que as plantas possam se desenvolver livres de doenças. Depois de
finalizado o plantio, se dará a manutenção pós plantio por um período de seis
meses.
Conder no
centro antigo
A Conder atua nas áreas
de mobilidade urbana, habitação, qualificação urbanística, equipamentos urbanos
e edificações de prédios públicos em toda a Bahia. Apesar de não ter obrigação
legal e responsabilidade direta pelo Centro Histórico da capital, ela vem
atuando por muitos anos nessa região. A empresa construiu o maior
edifício-garagem do CHS com 10 pavimentos, requalificou vias importantes como a
Rua Chile e a Rua Direita do Santo Antônio, promove projetos de habitação e
recuperação de fachadas de imóveis do Pelourinho, além de melhorias prediais no
casario.
A Conder também foi responsável pelo Projeto Pelas Ruas do Centro Antigo
que requalificou mais de 200 ruas em 11 bairros na região central de Salvador,
incluindo o Pelourinho, totalizando investimentos de R$ 124 milhões em sete
anos de trabalho.
COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO. - Sem querer ser o dono da bola, devo lembrar
que a agressão a encosta do bairro de Santo Antônio, foi objeto de duas denúncias minhas ao IPHAN, assim como declarou o próprio Hermano Queiroz, superintendente
do IPHAN.
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