Bets: entidades de Frei David e Padre Julio vão à Justiça contra propaganda e acesso de crianças
Ações propõem pagamento de R$ 500 milhões em danos morais coletivos, destinados a um fundo gerido por entes públicos
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As entidades
Educafro Brasil e o Centro de Defesa de Direitos Humanos “Padre Ezequiel
Ramin”, lideradas por Frei David Santos e Padre Júlio Lancellotti, ajuizaram as
três primeiras de uma série de ações civis públicas contra as empresas NSX
Enterprise N.V. (plataformas Bet Nacional, Mr. Jack Bet, PagBet), PIXBET
Soluções Tecnológicas LTDA (plataformas PixBet, FlaBet, Bet da Sorte), e
Superbet Brasil LTDA (plataformas SuperBet, MagicJackpot, LuckyDays).
As ações foram
ajuizadas no Tribunal de Justiça de São Paulo.
As ações requerem
que as empresas adotem, de forma urgente, tecnologias de biometria e
reconhecimento facial para impedir o acesso de crianças e adolescentes às
plataformas de apostas. A urgência se justifica porque o problema não pode mais
esperar e, há muito tempo, crianças e jovens já vêm sofrendo abalos pela
ausência dessas medidas. Além disso, pedem a proibição do uso de
influenciadores e celebridades na promoção dos jogos, devido ao grande apelo
que exercem sobre o público jovem.
As entidades
demandam que cada empresa pague R$ 500 milhões em danos morais coletivos,
destinados a um fundo de promoção de direitos difusos e coletivos, gerido por
entes públicos. Também é solicitado o pagamento de danos materiais e morais a
cada adolescente que comprove, acompanhado por seus pais ou responsável, ter
sofrido abalos decorrentes do acesso às plataformas.
“As instituições da sociedade
brasileira precisam assumir mais o trabalho de enfrentamento juridico a tudo o
que de mal têm feito contra o povo os deputados e senadores”, declarou Frei
David ao ICL Notícias. ” Este monstro chamado de bets tem pai (deputados e
senadores) e dia de seu nascimento. Enfrentamos a cria, essas bets, mas
precisamos também enfrentar os criadores destes desastres, os parlamentares. A
omissão ofende o coração de Deus”.
Bets sem proteção a crianças e
adolescentes
As ações destacam a
vulnerabilidade especial de crianças e adolescentes negros ao vício em jogos, e
são as primeiras de muitas que buscarão responsabilizar empresas que não adotem
medidas de proteção adequadas.
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