segunda-feira, 15 de maio de 2017

O MENINO QUE QUERIA JOGAR TÊNIS




"Não é de hoje que uma camada da população insiste em colocar a pecha no tênis de "esporte da elite" e de "esporte da burguesia". Inevitavelmente, esse tipo de preconceito, como todo preconceito, é proveniente de uma mente ignorante.

Aqui no Brasil, com o ranço das divisões de classes de um país ainda em desenvolvimento e a monocultura do futebol, o preconceito serve também como alvo de preconceituosos de mente "política", pessoas de mente curta e grossa, que ditam que o que é futebol, é do povo e o que é tênis é burguês, com toda uma carga pejorativa por detrás.

Aquela mesma atitude de quando falam publicamente dizem que são do povo, comem pastel e tomam caninha e às portas fechadas se comportam como se fossem uma elite, tomam whisky importado e comem do bom e do melhor.

Já ouvi essa ladainha até de jornalistas de "esquerda" que, como outros, tomam o cuidado de só fazer esse tipo de comentário preconceituoso em "off" e longe do público. Mas, hoje, graças ao "comentário" de um leitor, foi a primeira vez que vi e ouvi um presidente da República, que provavelmente não sabia que estava sendo gravado, fazê-lo. E não foi o Chavez. Foi o mesmo que recentemente que recebeu e homenageou Gustavo Kuerten como um grande campeão que é. Será que por dentro ficou pensando que estava homenageando um burguesão?

E, mais interessante, esse era o desejo de um garoto da favela no Rio de Janeiro: jogar tênis. De burguês o garoto não tinha nada, ele só queria, como muitos em sua situação, uma oportunidade, uma alternativa, inclusive ao futebol. Bateu no preconceito." (Paulo Cleto) , procurar no google "Blog do Paulo Cleto"

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