terça-feira, 9 de agosto de 2016

MEDIOCRIDADE, SEMPRE MEDIOCRIDADE...

Antes de tudo, devo esclarecer que não tenho nenhum problema de ordem pessoal contra nenhum órgão municipal, estadual ou federal. 

Minhas (frequentes) observações e queixas são unicamente baseadas na observação atenta de como nosso patrimônio é maltratado. 

Um patrimônio que não é somente baiano, mas sim a toda a humanidade pertence, por reconhecimento da UNESCO em 1987, a pedido, é bom que seja sempre lembrado, do governo brasileiro.

Infelizmente este invejável acervo acaba nas mãos de pessoas mal preparadas - quando o são - ou simplesmente empurrado a apadrinhados ignorantes e indiferentes.

Por exemplo: o belíssimo Asilo Santa Isabel, construído a partir de 1848, pertencendo a Ordem Terceira de São Francisco.

A Conder resolveu retirar a alvenaria que dificultava a visão do conjunto desde a Baixa dos Sapateiros. 
Ótimo! Assim podemos admirar a elegante fachada neo-clássica e a escadaria construída no princípio do século XX.



 Temos agora um grande espaço ocioso delimitado em três lados por altos muros de pedra. Como ocupar e animar este espaço senão criando uma área verde, que tanto falta ao centro antigo da capital?


É neste momento que fico irritado com a mediocridade do projeto apresentado em generoso banner. Vejam a banalidade daquelas duas "banheiras" e as duas palmeiras encostadas, como envergonhadas, nos cantos da escada...

Porque não aproveitar os muros para fazer um suntuoso jardim vertical, devolvendo ao subterrâneo Rio das Tripas um pouco da terra original, em vez deste triste piso de concreto que vem a impermeabilizar, mais uma vez, um espaço que pedia para voltar a natureza inicial? 

Em tão reduzido espaço poderia se criar quase um pedaço da mata atlântica. 

Porque não?! 

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