. “O museu é ligado ao Ipac, mas demanda ao Ipac nas questões estritamente técnicas. Porque cada diretor de museu é que responde pelo espaço e tem como prerrogativa decidir qual é a política do museu. Então nos foi proposta a gravação em determinado horário, em que não é o que disponibiliza, nós explicamos, em princípio eles compreenderam, mas insistiram e foram para o Ipac. O Ipac fez um gesto à revelia da minha orientação, desconsiderando a minha autoridade”, revela Zivé Giudice, explicando que não se trata de vaidade relacionada à autoridade e que sua gestão é pautada no diálogo.
“Eu administro o museu com um colegiado de artistas, estão aqui junto comigo nomes como Bel Borba, Almandrade, Vauluízo Bezerra, Caetano Dias, Beth Souza, Daniela Steele”, acrescenta Zivé Giudice, que assumiu a direção do MAM-BA a convite do secretário Jorge Portugal, em 2015. O gestor destacou ainda que não se trata de uma perseguição contra uma TV ou empresa.
“Não é isso que está em questão, existe uma regra que precisa ser cumprida. Como a gente muda um país se a gente não respeita minimamente a regra do museu? É muito triste essa falta de respeito e consideração, não só comigo, mas com todos os artistas”, diz Giudice, revelando ter telefonado para o secretário para comunicar a sua saída.
“Falei com Jorge Portugal, que tem sido uma pessoa com boa vontade. Manifestei pra ele educadamente minha insatisfação com o Ipac, agradeci a confiança por ter me chamado e disse que não tem mais como ficar aqui, porque isso vai virar uma coisa anormal no museu”, revela Giudice, acrescentando que “se quiserem que funcione de outra forma, convide outra pessoa”. O Museu de Arte Moderna (MAM) é administrado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac).
Após os incidentes, a assessoria de comunicação do instituto informou que a produção do "Esquenta" desistiu de gravar as passagens no MAM-BA.
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