quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

COMO VAI A BAHIA?

Resultado de imagem para FOTOS DE RUI COSTA1. O governador Rui Costa (PT) acaba de ser reeleito, e tem na base uma maioria que lhe permite dispensar negociar com a sua não-base (chamar a não-base de oposição já é demais). [1]
2. O TCE aprova as contas, mas o TCE é indicação política, como o STF, e o PT já está em seu quarto mandato. Vencida a eleição, é hora de tentar um ajuste fiscal que reduz cargos comissionados, estabelece um teto salarial para o funcionalismo, reduz o plano de saúde e aumenta a contribuição previdenciária.
3. Obviamente, o funcionalismo está fazendo um escândalo, e até dormiu na ALBA para evitar as famigeradas votações da madrugada. Então o governo botou hoje a PM bloqueando as entradas e impedindo a imprensa de entrar. [2] Essa parte de proibir a imprensa deveria ser um escândalo, mas imprensa baiana vive de patrocínio estadual.
4. Esse ajuste não quer dizer que as coisas vão funcionar visando à eficiência pública. Não, não. O PT daqui, tendo engolido o carlismo e sua argúcia, é sensato o suficiente para não deixar isto virar o Rio de Janeiro. Mas segue fazendo cálculos políticos para distribuir benesses. Dar mortadela eventual (ou acarajé) ao MST [3] é barato e traz apoio.
5. E a oposição? O carlismo transformou-se num puxadinho municipal do PT baiano, uma oposição oficialesca. O candidato presidencial favorito de Jaques Wagner e de ACM Neto era Ciro Gomes, e a coisa chega a um ponto tal que PT e DEM têm um mesmo nome cotado para a prefeitura de Salvador, que é o presidente do Bahia. [4]
6. Resulta que o "debate" público entre Rui e ACM Neto é ver quem faz mais obras. Haverá dois centros de convenções, um municipal e outro estadual. Haverá duas ligações da Lapa ao Iguatemi, uma estadual (o "metrô" que é um trem) e outra municipal (o horrendo BRT). O que ótimo pra empreiteira.
Bruna Frascolla

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