domingo, 6 de outubro de 2019

TÁ TUDO DOMINADO!

MILICIANOS QUE APOIAM BOLSONARO DOMINAM TRÁFICO DE DROGAS E ARMAS



Policiais, ex-policiais e agregados se transformaram na maior organização criminosa em atuação no Rio de Janeiro. Eles são chamados de milicianos e estão ocupando antigos espaços dos traficantes tradicionais. Os milicianos cariocas são acusados de tráfico de drogas e armas, suborno, assassinatos e muitos outros crimes. Eles estão por trás da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes.
Além de todos esses crimes, os milicianos se transformaram em uma força eleitoral, apoiando e elegendo vários políticos, em especial os da família Bolsonaro. Jair, Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro têm nas bases dos milicianos uma espécie de curral eleitoral moderno, obtendo grandes votações, graças ao empenho dos seus parceiros do crime organizado.
Orgulhosa de ser militarista, a dinastia Bolsonaro nunca escondeu seu apreço pela milícia, grupos de paramilitares formados por ex-policiais, PMs, bombeiros e agentes penitenciários que torturam, roubam, traficam e dominam economicamente, grande parte do Rio de Janeiro. Flávio Bolsonaro já propôs inclusive a legalização desses grupos paramilitares.
Comparando a atuação das milícias do Rio de Janeiro com a máfia italiana, o jornal inglês Financial Times levanta declarações de apoio de Jair Bolsonaro aos grupos criminosos e fala do senador Flávio Bolsonaro (PSL/RJ) que homenageou milicianos e empregou parentes deles em seu gabinete na Alerj. “Até novembro, Flávio – então deputado na assembléia estadual do Rio – empregava em seu escritório a esposa e a mãe de Adriano Magalhães da Nóbrega, um fugitivo da justiça acusado de liderar o Escritório do Crime, esquadrão da milícia que se acredita ter participado do assassinato de Franco.
Com o crescimento das milícias no Rio de Janeiro, traficantes de drogas estão se unindo a eles para manter a rentabilidade da venda de drogas. A informação é do promotor Luiz Ayres. De acordo com o promotor, as milícias garantem o controle do território com a utilização de armas e assim, evitar a invasão de facções rivais. Ao mesmo tempo, sob a proteção da milícia, os traficantes se sentem livres para vender a cocaína nas comunidades.

Chefões

O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira é acusado de ser grileiro nos bairros de Vargem Grande e Vargem Pequena e chefe da milícia de Muzema, no bairro do Itanhangá – de onde o carro usado no assassinato de Marielle partiu. Tem ainda, Adriano Magalhães da Nóbrega, chefe da milícia de Rio das Pedras e ex-policial do Batalhão de Operações Especiais, o Bope. Expulso da PM por envolvimento com um dos principais clãs da máfia do jogo do bicho no Rio, o ex-capitão investiu na carreira de mercenário, trabalhando para bicheiros, políticos e para quem mais pagasse bem.
Os dois são suspeitos de integrar o “Escritório do Crime”, um grupo de extermínio apontado como responsável pelo assassinato da vereadora Marielle Franco.

Queiroz

Quando estourou o escândalo do Coaf, Fabrício Queiroz – velho amigo da família Bolsonaro – se escondeu em Rio das Pedras, reduto conhecido da máfia dos milicianos.
A investigação sobre os funcionários do hoje senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) ameaça arrastar os gabinetes dos demais integrantes da família para a crise aberta a partir da revelação de transações financeiras atípicas envolvendo o policial militar da reserva Fabrício Queiroz – homem de confiança do filho mais velho do presidente.
Um emaranhado de nomeações para cargos comissionados feitas ao longo dos últimos anos faz com que sete funcionários investigados tenham passado por mais de um gabinete dos Bolsonaro durante o período abrangido pela quebra de sigilo bancário e fiscal das 86 pessoas e nove empresas ligadas ao atual senador pelo Rio, de 2007 a 2018.
Entre os alvos do Ministério Público do Rio, há 69 funcionários do antigo gabinete de Flávio na Alerj, todos suspeitos de participar do esquema conhecido como “rachadinha”, quando o assessor devolve parte ou a totalidade do salário ao político que o contrata.
*com informações da revista Exame e G1-RJ.

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