Quando escrevo uma palavra
num soneto em redondilha
percebo que desenhá-la
era a melhor das medidas.
Ser mais preciso que o nada,
nada escrever, se preciso,
e de uma forma bem clara
(toda palavra, há que ouvi-la,
antes que a rima, assonante,
dê ao soneto uma chance
de deixar rugas e arestas.
Depois deste breve esboço,
desenharei o que ouço
– jogarei fora esta pressa.
Henrique Wagner
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