quinta-feira, 3 de outubro de 2019

O MAL DO TRANSPORTE NÃO SER PÚBLICO

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Sexta-feira 24 de agosto pelas 15:00h, encontrei fechado, mais uma vez, o Plano Inclinado Gonçalves. Pretendia comprar algo perto da saída do Comércio. Tive que ir até o elevador Lacerda, constando que, novamente, das quatro cabines, duas estavam fora de serviço. Quando estou no Campo Grande a volta do meio-dia, 30 minutos não bastam para ver chegar um transporte para a Praça da Sé.
Muito alarde foi feito pela chegada de 125 ônibus com ar condicionado. De um total de mais de 2.500. Ou seja: menos de 5%. A lenda afirma que o restante dos 2500 ônibus será substituído até 2022. Quando os últimos forem entregues, é provável que os primeiros já estejam bastante gastos. Supondo que o ar condicionado continue a funcionar.
Cecília de Melo, arquivista, mora em Brotas e trabalha no centro histórico. Ao usar os ônibus da capital, sofre. Deixemos ela expressar a longa lista de suas queixas:
“Perdemos linhas. Menos ônibus. Esperamos uma média de 40 minutos entre um e outro, o que significa um ônibus por hora. A linha 342/344 é uma das piores em termos de espera (Vale dos Rios via Brotas). Linha 710 – Santa Cruz/Brotas – quase uma lenda. Linha 519 – Brotas/Fazenda Grande – outra lenda. Linha 1614 – Mirantes de Periperi/Itaigara via Brotas – piorou consideravelmente.
Há horários em que todos desaparecem. Por exemplo, no horário de almoço. De manhã cedo, horários que as pessoas precisam se deslocar para o trabalho, demoram de passar. Esperamos muito tempo. Disseram que as linhas que ficaram receberiam mais ônibus. Não aconteceu. Ao contrário, suprimiram ônibus e horários.
Desde o ano passado notei um aparelhinho conectado ao volante de vários ônibus. Acusava se o ônibus estava lotado ou não. Quando o ônibus não estava superlotado, lia-se no aparelho “VIAGEM OCIOSA”. Os ônibus daqueles horários foram retirados. Como disse um cobrador, certa vez, o empresário gosta dos pontos cheios de gente, sem transporte. Assim, quando passar um, terá que levar uma multidão.
Quanto a integração metrô/ônibus, Brotas – o usuário sai do metrô, atravessa a rua para fazer a integração e seguir viagem. Deveria passar transporte com menos tempo de espera. O tempo que se espera em Brotas é terrível. Ponto superlotado como um dia de carnaval.
Ontem, 15/08/2019, esperei 40 minutos cravados por um ônibus (344) no Campo Grande. É o mínimo tempo que se espera depois do “advento” do metrô.   
Claro que se alguém tiver a sorte de chegar no ponto depois que este já tenha demorado 35 minutos ou 40, este deverá aparecer bem rapidinho. Mas se o passageiro chegar ao ponto quando este recém saiu, 40 minutos será espera pequena”. 

Então, quando nosso prefeito, ao falar da eventual recuperação do elevador do Taboão, canta a excelência de nossos transportes públicos....

Dimitri Ganzelevitch
Jornal A Tarde
21/9/2019

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