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As declarações de Jair Bolsonaro sobre a morte do miliciano Adriano da Nóbrega, feitas a contragosto numa entrevista improvisada e numa nota oficial no final de semana, vieram tarde e chegaram mal. Demoraram porque, ao calar durante uma semana, o presidente potencializou a impressão de que tem dificuldades para explicar os vínculos da família Bolsonaro com um bandido que estava foragido há mais de um ano. As palavras soaram mal porque o presidente deixou boiando na conjuntura interrogações sem resposta.
Bolsonaro disse ter partido dele a determinação para que o filho Flávio Bolsonaro condecorasse o ex-capitão Adriano na Assembleia Legislativa do Rio. Alegou que na época da homenagem, ocorrida há 15 anos, o personagem era um herói da PM. O curioso é que o homenageado não teve como comparecer a uma das sessões em que receberia a comenda porque estava preso.
Quando perguntaram a Bolsonaro se partiu dele também a orientação para que o primogênito Flávio acomodasse na folha salarial do seu gabinete, até 2018, a mulher e a mãe do miliciano, o presidente se recusou a responder. As parentes do morto são personagens do caso da 'rachadinha'. Além de sonegar respostas, Bolsonaro transformou a ação policial que resultou na morte do miliciano numa briga política com o governador petista da Bahia, Rui Costa.
As polícias da Bahia e do Rio terão de explicar por que mataram um fugitivo que estava sozinho e cercado. Mas Bolsonaro não se livrará de suas velhas contradições criando crises novas. A briga com o governador petista, fez surgir na praça um novo Bolsonaro. Antes, era adepto da tese segundo a qual bandido bom é bandido morto. Agora, lamenta que, em vez de "preservar a vida de um foragido", a polícia tenha matado Adriano, numa "provável execução sumária."
Noutros tempos, Bolsonaro achava que a culpa podia ser proclamada mesmo antes do julgamento de todos os recursos judiciais. Agora, faz questão de realçar: "Não tem nenhuma sentença transitada em julgado condenando o capitão Adriano por nada." Esse novo Bolsonaro é um personagem irreconhecível. E a sua criação não ajuda o antigo Bolsonaro a explicar suas relações com o miliciano morto.
Bolsonaro disse ter partido dele a determinação para que o filho Flávio Bolsonaro condecorasse o ex-capitão Adriano na Assembleia Legislativa do Rio. Alegou que na época da homenagem, ocorrida há 15 anos, o personagem era um herói da PM. O curioso é que o homenageado não teve como comparecer a uma das sessões em que receberia a comenda porque estava preso.
Quando perguntaram a Bolsonaro se partiu dele também a orientação para que o primogênito Flávio acomodasse na folha salarial do seu gabinete, até 2018, a mulher e a mãe do miliciano, o presidente se recusou a responder. As parentes do morto são personagens do caso da 'rachadinha'. Além de sonegar respostas, Bolsonaro transformou a ação policial que resultou na morte do miliciano numa briga política com o governador petista da Bahia, Rui Costa.
As polícias da Bahia e do Rio terão de explicar por que mataram um fugitivo que estava sozinho e cercado. Mas Bolsonaro não se livrará de suas velhas contradições criando crises novas. A briga com o governador petista, fez surgir na praça um novo Bolsonaro. Antes, era adepto da tese segundo a qual bandido bom é bandido morto. Agora, lamenta que, em vez de "preservar a vida de um foragido", a polícia tenha matado Adriano, numa "provável execução sumária."
Noutros tempos, Bolsonaro achava que a culpa podia ser proclamada mesmo antes do julgamento de todos os recursos judiciais. Agora, faz questão de realçar: "Não tem nenhuma sentença transitada em julgado condenando o capitão Adriano por nada." Esse novo Bolsonaro é um personagem irreconhecível. E a sua criação não ajuda o antigo Bolsonaro a explicar suas relações com o miliciano morto.
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