Esta semana me dei conta que se eu morasse nos EUA ou em alguns países Europeus estaria rico com este programa. Mais de 5 anos no ar, apenas 25 programas da primeira temporada - e até hoje não houve a segunda - que sustenta-se diariamente no grade da TV BRASIL, sendo também exibido em rede pelas TVs Educativas em todo o país, e na Internet, pelo Youtube.
Os atores e atrizes são extremamente desprotegidos em relação a direitos autorais. Não é possível ficar tampo tempo em exibição de um conteúdo que você é o âncora ou partícipe e não haver sequer uma cláusula de renovação ou que nos proporcione um ganho extra. Os contratos são absolutamente leoninos e transferem todos os direitos de imagem para o produtor ou para o exibidor por tempo indeterminado em todas as produções audiovisuais do País e nós não paramos para discutir este assunto, levados pela necessidade imediata do trabalho e de faturar mais um cachê para garantir a sobrevivência.
Os dividendos que Rede Globo nos transfere quando comercializa suas obras para outros países é ridículo. E conta-se pelos cantos de camarins que os artistas que se rebelaram contra esta condição foram pra geladeira. Acho que já é tempo de nos organizarmos com os sindicatos de cada estado para uma discussão ampla, incluindo a ANCINE as associações de produtores e todo o mercado para uma revisão séria e ampla sobre nossos direitos em relação às obras e o seu tempo de exibição etc. Por enquanto o que tenho colhido de dividendos em relação a outros trabalhos que até hoje permanecem em exibição é a resposta do público por onde ando. A última foi no Supermercado: Marília, 7 anos. Me disse com os olhinhos brilhando, sem acreditar que o apresentador do seu programa favorito esta diante dela, que me assiste todos os dias, com o aprovo de sua mãe, que se queixou da falta de opções de programas infanto-juvenis de qualidade nas TVS abertas do Brasil, e que O TECO-TECO é uma exceção à regra.
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