sábado, 30 de janeiro de 2021

A DANÇA DAS BALEIAS

VOCÊ CONHECE A GUITARRA-HARPA?


Harp guitar, ou Harp-guitar, é um instrumentos de cordas dedilhada híbrido que mescla um corpo de violão com um ou mais braços sobressalentes, em que estes apresentam características sonoras similares às de uma Harpa.[1]

As Harp-guitars ganharam notoriedade após serem tocadas pelos compositores e guitarristas alemães Adam Darr (1811–1866) e Eduard Bayer (1822–1908) e eplo virtuoso italiano Pasquale Taraffo (1887–1937)


Enquanto a maioria das Harp-guitar são acústicas, existe também sua versão elétrica. Artistas notáveis ​​que tocam Harp-guitars Elétricas são Tim Donahue e Michael Hedges. A banda sonora japonesa Solmania construiu suas próprias Harp-guitars Elétricas. Yuri Landman construiu uma guitarra de harpa elétrica de 17 cordas para Finn Andrews, do The Veils

QUANDO AS MULHERES NÃO PODIAM...

 Abigail de Andrade: A pintora premiada quando as mulheres eram proibidas na Escola de Belas Artes no Brasil

  • Camilla Veras Mota






Abigail em foto que inspirou 'Um Canto do Meu Ateliê': morte precoce encurtou carreira promissora da pintora

Entre agosto e novembro de 1884, um quadrinho exposto por 100 dias no prédio da antiga Academia Imperial de Belas Artes, no centro do Rio de Janeiro, retratava uma cena incomum.

Um mulher, de costas, sentada em frente a um cavalete que sustentava uma tela, conversava com uma mulher mais velha.

Rodeada por quadros e esculturas, a profissional da arte era o tema de Um Canto do Meu Ateliê. Mais que isso, era um autorretrato da autora, Abigail de Andrade.

Naquela época, as mulheres não podiam estudar na Academia Imperial de Belas Artes. Só homens eram admitidos na instituição mais prestigiosa para o ensino da arte no país, fundada por Dom João 6º.

"Por conta dessa situação institucional, os críticos consideravam as mulheres sempre 'amadoras', porque elas não podiam se profissionalizar na instituição", destaca a pesquisadora Ana Paula Simioni Cavalcanti, que estudou a artista em sua tese de doutorado na Universidade de São Paulo (USP).

O termo era usado por críticos importantes como Luiz Gonzaga Duque Estrada e refletia a ideia de que o grande papel das mulheres estava circunscrito à esfera doméstica e que qualquer coisa fora desses limites, inclusive a pintura e a escultura, era secundário, um hobby.

E foi como "amadora" que a jovem, então com 20 anos, foi premiada na Exposição Geral de 1884.

As exposições de belas artes eram grandes eventos sociais no Segundo Império.

Realizadas desde 1840, elas surgiram a partir de duas mostras organizadas em 1829 e 1830 pelo pintor francês Jean Baptiste Debret, membro da missão artística francesa que chegara ao Brasil em 1816 e professor da Academia Imperial de Belas Artes.

Foram 26 ao todo, com a participação de 516 artistas. A última, em 1884.

Dois dos cinco trabalhos que Abigail apresentou naquele ano levaram a medalha de ouro de 1º grau: O Cesto de Compras e Um Canto do Meu Ateliê.

Aquela era a primeira vez que o júri especializado dava o mais alto reconhecimento da mostra a uma mulher.

A Hora do Pão (1888): uma das últimas obras da pintora retrata a periferia do Rio de Janeiro

Um século 'esquecida'

A trajetória da artista, apesar de intensa, seria curta.

Ela morreu cinco anos depois, em Paris, vítima de tuberculose, semanas após dar à luz o segundo filho.

E por quase um século — por uma série de razões que incluem sua polêmica biografia —, o nome de Abigail de Andrade foi sendo gradualmente apagado da história da arte brasileira.

Até que, em 1989, um livro chamado 150 anos de Pintura no Brasil resgata a vida e a obra da artista.

O trabalho era do pesquisador Donato Mello Junior, feito com base no acervo do megacolecionador Sérgio Fadel, que era dono de alguns quadros assinados por Abigail.

O livro ganhou uma exposição, que amplificou a "redescoberta tardia".

"Abigail, uma artista visionária sobre cuja obra pouco se sabe, exibia já naquela época uma técnica pré-modernista similar ao que de mais consistente surgia então nas artes plásticas europeias", dizia uma nota no jornal O Globo em 23 de junho daquele ano.

Foi por meio dessa notícia que a museóloga e restauradora de arte Míriam Andréa de Oliveira soube da existência da pintora.

Há anos ela procurava uma artista daquele período — o tema de sua dissertação de mestrado era as mulheres na arte no Segundo Império.

"Eu já estava quase no final, (quase) para entregar o trabalho, e não achava quadro nenhum", conta.

"Já discutia com minha orientadora porque não apareciam quadros de mulheres, porque tinha ficado apagado na história."

Até que um colecionador para quem ela trabalhava comentou sobre a nota no jornal.

"Fui na mostra e fiquei enlouquecida com a estética da obra dela."

Da elite do café ao romance com um abolicionista

Abigail de Andrade nasceu no interior do Rio de Janeiro, na cidade de Vassouras, em 1864.

Supõe-se que sua família fosse abastada e estivesse ligada à lavoura de café, já que aquela região concentrou a maior produção cafeeira do mundo entre 1850 e 1900.

"Do ponto de vista social, ela (a cultura do café) gerou uma nova aristocracia, os barões do Vale do Paraíba", diz Míriam Andréa na dissertação.

Reconstituir o pouco que se sabe sobre a biografia da pintora não foi fácil. A pesquisadora viajou a Vassouras, mas não encontrou registros sobre a família na cidade.

As informações vieram de especialistas como Donato Mello Junior, autor de 150 Anos de Pintura no Brasil, e do museólogo Arnaldo Machado, que a presenteou com uma das poucas fotos que existem de Abigail de Andrade — e que inspirou Um Canto do Meu Ateliê.

Não se sabe de onde veio o interesse da jovem pelas artes e nem o que a levou a deixar a casa dos pais e resolver morar com uma tia na capital para estudar no Liceu de Artes e Ofícios.


A artista viveu no Rio de Janeiro até 1888, quando, sob grande pressão social, mudou-se para Paris

Para a pesquisadora Ana Paula Cavalcanti Simioni, a mudança é um dos indicativos de que na jovem existia "um desejo efetivo de se tornar uma profissional da arte no campo da pintura — o que não era uma coisa impossível no Brasil, mas era muito rara".

"Ainda mais supondo que ela era de elite. O Liceu de Artes e Ofícios não era um lugar de formação para as elites."

O nome de Abigail de Andrade aparece em uma exposição organizada pelo liceu em 1882.

Um ano antes, a escola passara a aceitar mulheres entre os alunos.

A abertura de vagas para o sexo feminino 25 anos depois da fundação da escola, entretanto, não foi exatamente um projeto de democratização do acesso à educação.

A ideia era qualificar as mulheres pobres para que elas pudessem contribuir para o orçamento doméstico.

"A aceitação da formação profissional das mulheres não era uma questão de gênero, não havia uma valorização da intelectualização em si. O que tais discursos afirmavam era a necessidade de colaborar para que a mulher pobre obtivesse recursos", diz a pesquisadora no livro Profissão Artista - Pintoras e Escultoras Acadêmicas Brasileiras.

Assim, a formação no liceu era "eclética", incluindo temas como "chapelaria" e "prendas do lar".

A grade dispunha de poucos cursos mais técnicos ligados às chamadas "artes superiores".

Os estudantes de desenho pouco aprendiam sobre anatomia, por exemplo — disciplina contemplada, por sua vez, no curso da Academia Imperial de Belas Artes, que até então não aceitava matrículas de mulheres.

Na análise formal que faz da obra de Abigail, Míriam Andréa destaca a "informação precária de anatomia" muitas vezes presente nas figuras humanas pintadas pela artista.

"Ela também não tinha acesso a isso, não podia fazer aula de modelos vivos."

Assim, provavelmente em busca de uma formação complementar, Abigail decidiu ter aulas também em um ateliê particular.

Seus mestres eram o fotógrafo Insley Pacheco e o desenhista e pintor Angelo Agostini.

"Até onde eu sei foi a única aluna que eles tiveram", diz Ana Paula.


Fundada por Agostini, a Revista Illustrada era uma publicação satírica, política, abolicionista e republicana

A dupla era conhecida pela preferência por temas do cotidiano, o chamado realismo social, que começava a ser valorizado na época como símbolo da pintura moderna — em oposição à pintura histórica.

As temáticas "menores" também estiveram no centro da obra de Abigail.

Ela pintou cenas do dia a dia do campo em obras como Estendendo a Roupa e Paisagem, que retrata um cenário bucólico empobrecido, em que um homem divide o espaço em uma rua esburacada de terra com vacas e galinhas.

A hora do pão, por sua vez, registra uma cena do cotidiano de um bairro pobre do Rio de Janeiro: a hora em que o vendedor ambulante de pão chegava à rua e gritava para a clientela.

Retratar as periferias da capital era algo que fugia dos padrões recorrentes no período.

Datado de 1888, aquele foi um de seus últimos quadros.

Pouco tempo depois, Abigail deu à luz sua primeira filha, Angelina Agostini, fruto de um romance clandestino — em uma época em que não havia divórcio no Brasil — que teve com seu professor, Angelo Agostini.

A filha de Abigail de Andrade, Angelina Agostini, também se tornaria pintora

Sob grande pressão social, ambos se mudam às pressas para a França.

"Ele era um homem muito mais velho, casado, com filhos, e era uma figura pública muito importante, o editor da Revista Illustrada, abolicionista convicto, republicano", destaca Ana Paula.

"A Abigail foi muito intimidada", acrescenta a museóloga Míriam Andréa.

Foi no navio rumo à Europa, em 1888, que a jovem provavelmente contraiu tuberculose, diz a pesquisadora.

Em Paris, Abigail ainda pintou algumas telas. E chegou a participar, ao lado da pernambucana Alice Santiago, da Exposição Universal de 1889.

Uma das estruturas criadas especialmente para a feira, a "porta de entrada" para o Champ de Mars, acabou se tornando o maior símbolo da cidade: a torre Eiffel.

Cartaz divulga a Exposição Universal em Paris: Abigail participa da feira com a pernambucana Alice Santiago

A pintora morreria pouco depois, meses após dar à luz o segundo filho. Desolado, Ângelo Agostini volta para o Rio de Janeiro com a filha Angelina — que mais tarde também tornaria pintora.

O pai entrega a menina à meia-irmã, Laura Alvim, que a criou como filha.

As razões para o 'esquecimento'

Para Ana Paula, pelo menos quatro razões explicam porque o nome de Abigail foi sendo esquecido com o tempo.

Além de ela ter morrido precocemente e, por isso, ter deixado poucos trabalhos, todas as telas das quais se tem conhecimento estão nas mãos de colecionadores particulares.

Há ainda o fato de que, por muito tempo, a arte produzida no século 19 no Brasil foi pouco pesquisada.

"A gente passou boa parte do século 20 sob o triunfo do modernismo e, depois, do concretismo e do neoconcretismo. Então, é como se tudo o que fosse feito o século 19 fosse desinteressante", explica a cientista social.

Finalmente, há ainda o fato de a pintora ter sido considerada pela crítica especializada da época como "amadora".

"Foi muito difícil para mim convencer os pesquisadores (que hoje se dedicam a estudar) do século 19 de que o Gonzaga Duque não estava sempre certo."

Apesar de o crítico ser considerado "o nosso Baudelaire" pela academia, segundo ela, cada vez mais se aceita a visão de que muito do que ele escreveu refletia em parte as concepções de época.

"É uma visão de que ele não era um homem infalível, era um homem do seu tempo."


'Interior de Ateliê' (1889) retrata um pouco da vida do casal em Paris: na imagem, Ângelo pinta enquanto Abigail lê

O direito das mulheres à educação

No ano da morte de Abigail, o Brasil se tornou uma república.

Em 1893, a Academia Imperial de Belas Artes, rebatizada como Academia Nacional de Belas Artes, passou a aceitar matrículas de mulheres.

Mas aquilo não significava uma democratização completa do ensino para ambos os gêneros.

Como conta Ana Paula em Profissão Artista - Pintoras e Escultoras Acadêmicas Brasileiras, o currículo "diferenciado" ao qual as meninas eram submetidas no ensino secundário dificultava a preparação para as provas cada vez mais rigorosas que selecionavam os estudantes da instituição.

Naquela época, muitos currículos ainda enfatizavam as aulas de "prendas do lar" para as meninas em detrimento dos conteúdos científicos.

O direito das mulheres pela educação, escreve a pesquisadora, foi conquistado de forma paulatina, sem um movimento organizado que levantasse essas bandeiras.

Histórias como as de Abigail eram casos isolados.

Foi o oposto do que aconteceu em países como a França e a Inglaterra, por exemplo, onde grupos de mulheres lutaram pelo direito de acesso à educação superior — inclusive nas escolas de arte — e, posteriormente, ao voto.









NAS RUAS DE GRANADA

A RETIRADA DO TREM DO SUBÚRBIO



 O bom de ter o Partido dos Trabalhadores do governo da Bahia é poder fazer com os trabalhadores o que se quer sem prestar contas a ninguém.

A retirada do Trem do Subúrbio é um crime social, histórico, racial, territorial, afinal são + 150 anos de pretas travessias.
Mais uma obra tamanho G de genocídio.
Foto do site Guia negro.

                                                                                                                                 Ana Carla Portela

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

JEANINE DE BIQUE, SOPRANO

 Described as a "revelation” and “breath-taking from start to finish” (NRC, Netherlands), Trinidadian soprano Jeanine De Bique is recognized as an artist of “dramatic presence and versatility” (Washington Post, USA) with a “voice full of fire and cream in equal measure” (musicomh.com).

In 2017, Ms De Bique gave breakthrough performances in highly acclaimed debuts at the Salzburg Festival as Annio in a new production of La Clemenza di Tito by Peter Sellars, conducted by Teodor Currentzis, subsequently shown at De Nationale Opera Amsterdam, and at the BBC Proms with the Chineke! Orchestra in works by Handel.



Since then she has continued to enjoy international success in house debuts as Susanna/Le Nozze di Figaro for San Francisco Opera, as Helena in Ted Huffman’s production of A Midsummer Night’s Dream at Deutsche Oper Berlin, conducted by Donald Runnicles, in the title role of Handel’s Rodelinda at Opéra de Lille, conducted by Emmanuelle Haïm and released on DVD by Erato (winner of the Opus Klassik Award 2020), as Donna Anna in Don Giovanni for Opéra National du Rhin and as Aida in the world premiere of Caruso a Cuba by Micha Hamel in a return to De Nationale Opera Amsterdam.




Also sought-after in concert repertoire, Ms De Bique’s most recent appearances include Brahms’ Ein deutsches Requiem with Raphaël Pichon at La Seine Musicale in Paris, Mahler’s Symphony no 2 with the Orchestre National du Capitole de Toulouse under Tugan Sokhiev in Toulouse and at the Philharmonie de Paris, Handel arias and Mozart’s Requiem with the Budapest Festival Orchestra and Iván Fischer at the Hollywood Bowl and New York’s Lincoln Center, Mahler’s Symphony no 4, conducted by Teodor Currentzis, in Milan, St Petersburg, Munich and Budapest, Iphis in Handel’s Jephtha with the Scottish Chamber Orchestra and Richard Egarr at the BBC Proms, the Messiah with the Atlanta Symphony Orchestra, the Royal Liverpool Philharmonic and the Melbourne Symphony, New Year’s concerts with the Deutsches Symphonie-Orchester Berlin and Mahler’s Symphony no 8 with the Chicago Symphony Orchestra, conducted by Marin Alsop, at the Ravinia Festival.



In the season 2020/21, she will return to Theater St Gallen as Cleopatra in Giulio Cesare and will give house and role debuts as Bess/Porgy and Bess and as La Folie in Robert Carsen’s celebrated production of Rameau’s Platée at Theater an der Wien, conducted by William Christie, as Maria Reiner in The Sound of Music at Houston Grand Opera, and as Agathe in Weber’s Der Freischütz with Konzerthausorchester Berlin and Christoph Eschenbach. With Les Arts Florissants she will perform Platée in concert at the Teatre del Liceu in Barcelona.

Ms De Bique has also appeared with conductors and orchestras such as the late Lorin Maazel, Marco Armiliato, Adam Fischer, Kristjan Jaervi, Peter Schneider, Kevin John Edusei, Michael Boder, the Munich Philharmonic, the New York Philharmonic, the MDR Symphony Orchestra, at Teatro dell'Opera di Roma, Theater St Gallen, the Royal Danish Opera Copenhagen, Theater Basel, Cincinnati Opera, and has given recitals at the Ruovesi and Ravinia Festivals. She is a former member of Vienna State Opera.

Ms De Bique holds a Master degree from the Manhattan School of Music. Her awards include First prize at the Young Concert Artists, Inc Music Competition, the Arleen Auger Prize at the Hertogenbosch International Vocal Competition, Third Prize in the Viotti International Music Competition. She was a prize winner at the Gerda Lissner Vocal Competition (New York), a finalist and study grant award recipient of the 2011 Metropolitan Opera National Council Auditions and received a study grant from the Licia Albanese-Puccini Foundation. She is a recipient of the Youth Ambassador for Peace, awarded by the National Commission of UNESCO, Trinidad and Tobago.


.

MAS QUE NADA

O ABSURDO DO "VLT"

 VLT NÃO SERÁ VANTAJOSO SE COBRAR 8 VEZES MAIS CARO QUE OS TRENS ATUAIS. SIMPLES ASSIM.

Alex Ferraz
(coluna Em Tempo publicada na "Tribuna da Bahia")

Vejo na TV o secretário estadual Nelson Pelegrino falando sobre a desativação dos trens do subúrbio, em Salvador, nos quais é possível viajar pagando 50 centavos.
O tempo todo, o secretário burla as perguntas de cunho social e repete como papagaio as vantagens do VLT, tais como conforto, segurança e wi-fi gratuito. E daí?

Embora de origem de esquerda, Pelegrino finge que não entende o desafio do governo Rui Costa: garantir, JÁ, algum tipo de compensação para os pobres que hoje só circulam entre o Subúrbio Ferroviário (São Tomé, Periperi, Coutos, Alto da Terezinha, Plataforma etc.) e o bairro da Calçada graças ao preço em conta da passagem.
São pessoas, senhores do poder, que na sua maioria terão que fazer imensos sacrifícios para pagar uma passagem oito vezes mais cara. Simples assim.

Mas a esquerda, quando sente o gostinho dos palácios e muito poder, se esquece do povo.

Não duvido das vantagens
Não tenho a menor dúvida das vantagens do futuro VLT sobre a frota de calhambeques que circula hoje no transporte coletivo de Salvador, sempre LOTADOS!
Mas daqui a dois anos, lá se vai um bom tempo. E provavelmente a pandemia tenha sido controlada. Agora, neste momento, a miséria é cada vez maior, não seria hora de desativar um transporte tão barato e necessário para os cidadãos mais carentes de Salvador.
E a prefeitura já disse que lava as mãos, pois o caso é com o governo estadual, aliás almejado por Neto.
Putz!


HIPOCRISIA
Seja em Salvador, São Paulo ou em outras capitais e grandes cidades: grande pressão sobre restaurantes, bares, paredões etc. , compreensível, mas NENHUMA ação digna contra o abuso dos ônibus, trens, metrôs e ferries superlotados. O mais impressionante é o CINISMO das "autoridades", que silenciam. Impressionante!
Críticas, colaborações e denúncias para Em Tempo: alexferraz10@gmail.com

SOLÁRIO

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

CAFÉ DE ANATÓLIA

HAMBURGUER PARA BOLSOMINIONS

 

Hamburgueria de Salvador convoca pessoas a saírem na pandemia: 'Morrer? Todo mundo vai'

por Mauricio Leiro



Em postagem em suas redes sociais, a hamburgueria "Burguiles", localizada na Pituba, em Salvador, incentivou as pessoas a saírem de casa e questionou: 'Morrer? Todo mundo vai, um dia'. A publicação foi feita na última sexta-feira (22) e pediu a valorização da "comida local" e da "rua, o poder de ir e vir". 

"Vamo combinar? Que essa porra de “sextou” já deu né. No início era até legal, mas agora que geral usa de qq jeito e pra qq coisa, não dá mais. E outra: já tem um tempo que não dá uma “Sextada” de verdade. Vamo sair de casa meu povo, vamo pra rua fazer exercício, vamo comer burger por aí", diz a postagem do empreendimento em meio a um aumento de casos da Covid-19 em Salvador. 

 

O perfil pede o fim de comida "fria ou zuada" que chega pelos aplicativos de entrega. "Plataformas bilionárias - que viram sócio do seu negócio- com os piores entregadores da historia. Morrer? Todo mundo vai, um dia; se cuidem e comam bem", acrescenta.

 

"Já deu sextou, já deu covid, já deu ... não aguentamos mais essa realidade, mas sim, vamos continuar respeitando os protocolos dos dias de hoje, usando máscaras distanciando mesas, etc", finaliza a postagem.

 

Após a repercussão da publicação, o dono do estabelecimento, Guilherme Maciel, utilizou as redes sociais do empreendimento para justificar a postagem. 

 

"Algumas pessoas pegaram para questionar. Eu acho importante, só não acho legal a forma que algumas pessoas fizeram. A coisa não vai funcionar dessa forma. Vou esclarecer. Já deu. Todo mundo fala isso na internet. Para mim já deu Covid, uso de máscara e ficar em casa. Simplesmente não aguento mais. Eu não aguento mais o Covid e a vida tem que voltar a normalidade. Algumas pessoas falaram de respeito. A familiares que faleceram de Covid. Eu nem citei essas pessoas. Falei que um dia todo mundo vai morrer. Para morrer basta estar vivo. Respeito? Massa. Para todo mundo. Agora tem o seguinte que é muito calhorda e sem noção. Falta com respeito na minha rede social e xinga. Se quiser conversar eu troco ideia, mas vocês tem que ter respeito", comentou o dono do local.

 

Ainda na  postagem,  foi reforçado que todos os funcionários utilizam máscaras e nenhum dos colaboradores pegou Covid-19. "Não gostou? Deixa de seguir e não vem mais aqui. Ninguém está implorando nada aqui. Na sua vida saiba que o mundo dá voltas", finalizou. 

 

Todos os que criticaram o post foram bloqueados pelo perfil.