domingo, 29 de abril de 2018

50 ANOS DE JUVENTUDE



Filme francês de 1967 escrito e dirigido por Jacques Demy

Durante quatro dias um grupo de artistas chega a cidade francesa de Rochefort para a Festa do Mar. 
É a oportunidade de encontro ou reencontro de personagens como as irmãs gêmeas Delphine e Solange, que são professoras de balé e música na cidade mas que sonham em algo melhor numa grande cidade. 
Maxence é um marinheiro, que também é pintor, e sonha com a mulher ideal. Andy é um grande músico norte-americano que está na cidade a procura de um velho amigo de escola Simon Dame. 
Este é dono de uma loja de artigos musicais e ajuda Solange a se estabelecer em Paris. Segundo o próprio diretor, o que mais importa é o sentimento apaixonante e eufórico pelo qual este filme está carregado

Norman Maen cuidou da coreografia
As filmagens foram realizadas realmente na cidade de Rochefort. 
As cenas cantadas foram dubladas por outros artistas, exceto as de Danielle Darrieux. 
Catherine Deneuve e Françoise Dorléac que interpretaram irmãs no filme, o eram também na vida real.

Michel Legrand foi o responsável pela trilha sonora e Jacques Demy escreveu as canções. 

O disco com a trilha original foi lançado em 1968 pela gravadora Philips. Legrand e Demy foram indicados ao Oscar de melhor banda sonora de 1968 na categoria de trilha sonora original ou adaptada de filme musical. 
O vencedor foi Johnny Green pelo filme Oliver!

UMA ONDA DE 24 METROS

Impressionante! Brasileiro bate recorde ao surfar maior onda de todos os tempos

Rodrigo Koxa bateu recorde de McNamara por 61 centímetros, com uma onda de 24,38 metros





Imaginem um Oscar que premia surfistas pelas maiores ondas já surfadas. Pois é, isso já existe. E na madrugada desde domingo dois brasileiros faturaram prêmios em duas categorias importantes do WSL Big Wave Awards.

Em novembro do ano passado Rodrigo Koxa entrou no mar de Nazaré, Portugal, sem saber que meses depois faturaria o prêmio de maior onda do ano. Mas não foi só a maior onda de 2017, foi muito mais que isso: o paulistano bateu o récorde mundial da maior onda já surfada em todos os tempos. 
Rodrigo Koxa tira o recorde que pertencia desde 2011 a Garrett McNamara, feito na mesma Praia do Norte. A marca anterior estava inscrita no Livro Guinness dos Recordes: 23,77 metros. O surfista brasileiro bateu esse máximo por 61 centímetros, depois de encarar uma onda de 24,38 metros. Por isso, ele ganhou 25 mil dólares, aproximadamente R$ 86,5 mil.
"Eu tento surfar ondas grandes toda minha vida e tive uma experiência em 2014 onde eu quase morri em Nazaré. Quatro meses depois eu tinha pesadelos, não viajava, estava com medo, mas minha esposa me ajudou psicologicamente. Agora eu estou muito feliz e esse é o melhor dia de toda minha vida", comemorou Koxa. 
Pelo segundo ano consecutivo Lucas Chumbo levou o prêmio de melhor performance masculina. O jovem de 22 anos natural de Saquarema, no Rio de Janeiro, faturou 20 mil dólares, cerca de R$ 69 mil com a conquista. 

UM VÍRUS TÃO BONZINHO...

O vírus da zika pode infectar e matar células de tumores, segundo um estudo de pesquisadores da USP publicado ontem no periódico Cancer Research

Testada em camundongos, a técnica empregada no estudo demonstrou elevada eficácia contra cânceres do sistema nervoso central, preservando células saudáveis.



PLANEJANDO DE PONTA CABEÇA


Paulo Ormindo de Azevedo


Em 1996 participei de um seminário em San Antonio, Texas. Aquela cidade estava planejando um novo aeroporto. A Seplan local havia identificado três possíveis localizações e mandado fazer estudos de impacto ambiental e viabilidade econômica das três alternativas. Em todos os espaços públicos havia, democraticamente, resumos dos estudos, a agenda das audiências e urnas para os cidadãos se manifestarem.
Na Bahia, se está realizando portos, ferrovias e a transposição das águas do São Francisco, com enormes impactos ambientais e sociais sem discussão com a cidadania. Vou me ater apenas àquelas que afetam a RMS e a Baia de Todos os Santos. Cito a ligação Salvador-Itaparica, a estação de regaseificação, o metro de Salvador e a transferência da rodoviária para Pirajá. Estas são obras projetadas pelas construtoras-imobiliárias, concessionarias e interessados e encampadas acriticamente por um estado tecnicamente desaparelhado que não dispõe senão de 300 engenheiros.
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As comunidades técnica e acadêmica e as lideranças sociais não são contra essas obras, senão que querem discutir alternativas e evitar o desperdício de recursos públicos com obras mal planejadas, técnica e financeiramente, que acabam paralisadas por falta de sustentabilidade, como a Linha 1 do Metrô, a Via Náutica, o Parque do Aeroclube, o bonde-moderno e o complexo hoteleiro de Sauipe. Esses projetos carimbados vêm com estudos de viabilidade e de impacto ambiental, mas de escassa credibilidade, porque as empresas consultoras fazem o que manda o cliente e as agencias governamentais as licenciam sob pressão politica.
Ao decidir despejar até 140 mil veículos diários na área central de uma cidade que não tem um anel rodoviário (A Tarde, 2/4/13) ou transferir a estação de ônibus para os confins do município, o Estado está afetando a vida de três milhões de cidadãos sem que eles possam opinar, senão pagar a conta de seu próprio suplício diário. Quando a pressão da sociedade é grande, o Estado simula estar planejando, como no caso do Sistema Viário do Oeste, mas está apenas tentando respaldar uma decisão adotada aprioristicamente sem maiores critérios.
Em reunião recente no fórum a Cidade Também é Nossa, o coordenador do projeto, Paulo Henrique Almeida, afirmou que poderia discutir tudo, menos o ponto de partida e chegada da ponte e sua trajetória. Curiosamente este é o projeto proposto, há mais de vinte anos, por uma construtora/imobiliária baiana e que virou caricatura, ainda hoje provocando risos na internet. Declaração corroborada pelo Secretario Gabrielli, que afirma que a ponte já está em construção. De fato está sendo contratada a sondagem de seus pilares e a modelagem econômica e financeira da obra, embora seu orçamento só será conhecido em janeiro de 2014 quando terminar o projeto de engenharia (A Tarde, 9/4/13).
Ainda vão ser licitados os estudos de impactos ambientais e urbanísticos, que deveriam embasar ou não a decisão. Só depois do projeto fechado, que custará R$ 90,5 milhões, serão feitas audiências públicas como manda a lei (Bahia Negócios, jan/13). Esta é uma metodologia do planejamento ao revés, de ponta cabeça, primeiro se decide e depois se transforma o plano improvisado no “discurso competente”, no dizer de Marilena Chaui, para cooptar o povão pouco informado.
Pergunta-se, porque gastar quase R$ 100 milhões se a obra já está em execução? Não é preciso muito estudo para se concluir que esta obra polêmica, estimada entre R$ 7 a R$15 bilhões, não será paga pelo pedágio, que mal dá para sua operação e manutenção, por Certificados de Potencial Adicional de Construção num subúrbio pobre, nem tampouco pelas “Cidade de Deus” da Caixa. Ela será custeada unicamente por nós e nossos descendentes, durante décadas, Quando bate à porta a recessão, a seca e a inflação, nossas autoridades deveriam ser mais sóbrias e cautelosas. Se não quisermos pagar essa conta, comecemos a protestar para que não venhamos a nos indignar e chorar como os espanhóis, portugueses, gregos e cretenses pela prodigalidade de seus governantes.

A FAVOR DO VLT

EM 2013 TIVE A OPORTUNIDADE DE CONHECER E USAR O VLT DE LIMA (PERU). FIQUEI IMPRESSIONADO 
COM A VELOCIDADE E O CONFORTE 
DESTE MEIO DE LOCOMOÇÃO

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sábado, 28 de abril de 2018

SHOPPING

ÁLVARO ALMEIDA

Chegou o sábado, e o que fazer com as crianças? Elas não querem estar em casa, querem sair, conhecer coisas novas, divertidas, agitadas e diferentes. E é aí que as mães e pais decidem ir ao shopping para ver um mundo de coisas interessantes e baratas, promoções, novidades, lanche gostoso, cinema, tudo em busca do conforto, tranquilidade, segurança, organização, temperatura agradável, comodidade e diversão. 


Ir ao shopping como lazer é uma falsa realidade da cidade. Faz com que as crianças não vivam o mundo com toda sua irregularidade, e sim a estar em um espaço planejado para o consumo - armadilha fácil para a formação de pessoas consumistas. Passear no shopping não é nada formativo, nada educativo para uma criança que necessita cuidar do mundo em que está vivendo.
Uma boa alternativa ao shopping é desfrutar da natureza, pisar no chão irregular de terra e grama, tomar sol na cabeça, suar um pouquinho, receber o vento no rosto, tocar em belas árvores, ver um pássaro bebendo água de um rio. As crianças se encantam com a natureza e querem estar junto a ela, mas os adultos, muitos deles consumistas, insistem em levá-las ao shopping - tornando-as consumistas também.  
A natureza exuberante pode ser desfrutada em nossa cidade nos canteiros centrais das avenidas, aquele espaço que nunca pisamos, sempre olhamos para ele à distância através da janela dos apartamentos, dos carros, dos ônibus. Este espaço precisa ser cuidado para que não seja destruído e vire corredor de ônibus. 
Melhor do que ir ao shopping é desfrutar da natureza enquanto ela existe. As crianças aprenderão que ela deve ser vivida ao vivo, e não na tela do cinema; aprenderão que nem tudo se precisa pagar para ter prazer - a natureza está disponível gratuitamente para quem cuida dela; aprenderão que a beleza atrativa dos animais, minerais e vegetais é melhor do que o apelo comercial das lojas; aprenderão que o ar puro é mais gostoso e saudável do que o ar condicionado; aprenderão que o sol e mesmo a chuva são presentes que podem ser desfrutados; aprenderão que convidar os amigos para estar na natureza é uma grande oportunidade de um gostoso encontro; aprenderão que o ser e viver são melhores do que o comprar e ter; aprenderão que não se deve consumir a natureza por dinheiro; aprenderão que a felicidade não está no consumismo e sim dentro de cada um de nós.  
É urgente que ocupemos este espaço já que a Prefeitura de Salvador, nesta gestão do prefeito Acm Neto, quer destruir 579 árvores e matar dois rios para a construção do BRT - que não vai resolver o problema de engarrafamento porque em pouco tempo as 8 pistas dos viadutos estarão cheias de carros parados.


Esperarei por você no próximo domingo, 29 de abril, às 9h no canteiro central em frente ao Hospital Aliança.

quinta-feira, 26 de abril de 2018

FELICIDADE



Qual é o caminho para a felicidade na rotina de consumo da sociedade contemporânea? A resposta não será, certamente, igual para todos. Steve Cutts, no entanto, tem uma opinião bem contundente sobre o nosso carrossel quotidiano, rodeado pelas marcas e pela automatização da vida — dir-se-ia que os robots somos nós, afinal —, na curta-metragem Happiness. A analogia das filas intermináveis de ratos que esperam pelo comboio é um clássico que acompanha toda a narrativa da curta do artista visual e ilustrador, que vive no Reino Unido. Pelo caminho, perdemo-nos nos mesmos sítios, nos mesmos lugares e com as mesmas tarefas. Espaço ainda para um dos temas das últimas semanas, a Black Friday. O retrato pode ser uma hipérbole, mas a intenção de mostrar um mundo centrado é notória: há filas, correrias, lutas, braços e pernas pelo ar. São pouco mais de quatro minutos de viagem por uma cidade onde a “felicidade” está espalhada por todo o lado, mas não se encontra em ninguém.

Steve Cutts tem sido um crítico constante dos estilos de vida consumistas e individualistas, tendo já publicado várias ilustrações ou animações, como a curta-metragem Man, na qual o artista explora, numa odisseia, a indústria animal, a destruição das florestas e a contaminação dos mares, sempre com uma postura crítica à intervenção excessiva do ser humano. 

quarta-feira, 25 de abril de 2018

segunda-feira, 23 de abril de 2018

MORDOMIA É UMA PALAVRA BRASILIENSE

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BIBLIOTECAS DE LISBOA

Dos códices e incunábulos ao Harry Potter: uma viagem pelas bibliotecas em Lisboa

Uma primeira edição genuína em folha de 'Os Lusíadas'? Encontra-a na Academia das Ciências, morada de uma das 16 bibliotecas em Lisboa que merecem uma visita

Biblioteca da Academia das Ciências

REVELADO O SEGREDO DOS ARQUITETOS

                     ALIENS DA PREFEITURA  
                 Foto de Luiz Afonso Costa.           

Ao rever o filme “Inteligência Artificial”, de Spielberg, a evidência saltou aos olhos. O estranho formato quadrado da nave alien que percorre as ruínas submersas da New York do futuro tem lógica: para navegar na dimensão tempo-espaço, nenhuma serventia tem a aerodinâmica dos veículos tais como estamos acostumados a ver na realidade e nos filmes e desenhos tradicionais de ficção científica. O saque genial de Spielberg surpreende-nos com um conceito plausível às civilizações à nossa frente. O hiperespaço é o limite.
De repente, esse modelo spielbergiano ficou muito parecido com as barracas padronizadas que a Prefeitura está instalando em meio às dunas e coqueirais da orla. Em tudo elas se assemelham à quadratura das naves aliens. Isso pode explicar a esquisita desconformidade dessas estruturas rígidas com o perfil natural, curvilíneo e harmonioso das nossas enseadas e restingas. Indo mais fundo, explica a espantosa desconexão desses projetistas exóticos, cultores do cimento e do vidro, com a vibrante, ardida e multifacetada cultura baiana. 

Foto de Luiz Afonso Costa.

Fica claro que as raízes ambientais, étnicas e culturais que nossos artistas cantaram, pintaram e escreveram, tornando a Bahia especial em todo o planeta, não estão representadas nessas construções que não combinam com a sonoridade melódica de Itapuã, Piatã, Ribeira, Jardim de Alah, santuários imortalizados por gente do calibre de Gregório de Mattos, Dorival Caymmi, Jorge Amado, João Ubaldo, Vinicius, Baden, João Gilberto, Jenner Augusto, Carybé, Pancetti, Ary Barroso, Carmem Miranda, Camafeu de Oxossi, Mãe Menininha, Caetano, Gil, Moraes Moreira, o Ilê, o Olodum e tantos outros...
Está explicado! Os arquitetos, paisagistas e mestres-betoneiros que entupiram de cimento as nossas praias e dunas e agora nos empurram essas esquisitas barracas não pertencem à cultura baiana, sequer ao homo sapiens. Foram desembarcados de naves de outros sistemas planetários e tentam, aqui, propagar a sua espécie e seus costumes extravagantes. Vamos resistir à invasão, não vamos nos dispersar! Os turistas já fazem a sua parte ao se desinteressarem por uma cidade que, outrora mágica e diferenciada, agora procura imitar em versão fake a estética dos supermercados e play-grounds de Miami. Ora, para desfrutar dessa arquitetura eles nem precisam vir para cá, o original é sempre melhor do que a cópia.
 Luiz Afonso Costa

sábado, 21 de abril de 2018

PARA MELHORAR SEU VISUAL...

Foto de Colours of Nature.

MISS CONCERTO


Lola Astanova (RussianЛола Астанова, born July 3, 1985 in Tashkent, former USSR) is an American pianist, noted for her interpretations of compositions by ChopinLiszt and Rachmaninoff, as well as piano transcriptions.

At the age of six Astanova entered the V. Uspensky Specialized School of Music for Gifted Children, an elite school in Tashkent, present-day Uzbekistan where she was born, grew up, and where she started studying piano under Professor Tamara Popovich. She frequently visited Moscow, studying at the Tchaikovsky Moscow State Conservatory for lessons with Professor Lev Naumov  who described Astanova's pianism as "rare and truly ingenious", adding that "Chopin performed by Lola is simply outstanding."
Astanova started touring as a concert pianist at the age of eight. She performed in GermanyFranceAustriaItaly and Russia in both solo programs and performances with orchestras. She became a laureate at the 1996 International Chopin Competition for Young Pianists in Moscow. In 1998, she was featured in the UNESCO documentary "Prodigies of the 20th Century". In 2003, she emigrated to the United States. Astanova had her US debut in 2004 at the John F. Kennedy Center for the Performing Arts in Washington, DC.
Astanova became a star of the October 2007 Classical Superstars Fantasy Concert alongside Valery Gergiev and Kirov Orchestra of the Mariinsky Theater, hosted by ABC's television host Regis Philbin. The concert was featured in the 100th anniversary issue of the Neiman Marcus Christmas Book and offered for $1.6 million. In August 2008, The National September 11 Memorial & Museum announced Ms. Astanova's performance on the famed Steinway concert grand piano of Vladimir Horowitz at the "Notes of Hope" benefit hosted by Mayor Michael Bloomberg. The event included performances by comedian & actor Denis Leary and rock musician John Mellencamp.
On January 19, 2012 Astanova made her Carnegie Hall debut. A special Tribute to Vladimir Horowitz gala concert was chaired by Donald Trump and hosted by the Academy Award Winner Julie Andrews. Horowitz's student, American pianist Byron Janis was among the concert's attendees. All proceeds from the performance were donated to the American Cancer Society. In March 2012, Astanova appeared on the cover of Palm Beach Society magazine ahead of her performance with Jahja Ling at the Kravis Center. On May 30, 2012 she performed a duet with Byron Janis during his Lifetime Achievement Award ceremony at the Lincoln Center for the Performing Arts.
Astanova teamed up with Jahja Ling several more times, performing with the San Diego Symphony in 2012 and 2014, with the Orchestra of St. Luke's at the Lincoln Center for the Performing Arts in New York City in 2013, and with the Cleveland Orchestra at the Mar-a-Lago in Palm Beach in 2014 Among Astanova's long-running symphonic collaborations were also performances with Eduardo Marturet and the Miami Symphony Orchestra, Ramón Tebar and the Palm Beach Symphony and Gerard Schwarz and the All-Star Orchestra.
Astanova's performance of Gershwin's "Rhapsody in Blue" with Gerard Schwarz and the All-Star Orchestra, featured in the "All-Star Orchestra "Visions of New York" television special, received the 2016 Emmy Award.

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Astanova has received attention for her performance style and appearance, often wearing high-heels and sporting exclusive haute couture outfits. She has expressed her love for fashion stating that "some extraordinary artists" work in this field. In June 2012, she was named among Top 10 Style Icons in Classical Music by Limelight magazine.
In 2014 Astanova performed at the New York Ball honoring editor-in-chief of Vogue Italia Franca Sozzani, with Donald TrumpValentino GaravaniBaz LuhrmannSteven KleinZac PosenCoco Rocha, and Peter Dundas attending the event and Kris Jenner introducing Astanova on stage.
Astanova has been featured in numerous style and lifestyle publications, including VoguePeople¡Hola!Haute Living and Quest.

NOSSO QUERIDO BRT

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AS JOIAS DA RAINHA DA INGLATERRA

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O colar e os brincos de fantásticas águas marinhas foram presente do presidente Getúlio Vargas, em nome do povo brasileiro, entregue por Assis Chateaubriand, então embaixador do Brasil em Londres, em 1953, na ocasião de sua coroação. Posteriormente foi também oferecida à rainha uma pulseira para complementar o conjunto, que a soberana completou, encomendando ela própria, a maravilhosa tiara. O conjunto se transformou num dos favoritos da rainha.
O conjunto composto por uma tiara, uma pulseira, um broche, um colar, um par de brincos e um anel são de águas-marinhas extraídas do alto da Pedra da Onça, em Itarana, na região centro-serrana do Espírito Santo.
Segundo pesquisas do historiador Diogo Francisco da Silva, que nasceu em Itarana, as joias foram presenteadas em três ocasiões, O primeiro presente, formado por colar e brincos, foi dado por Assis Chateaubriand, então embaixador do Brasil em Londres, em nome do então presidente Getúlio Vargas, em 1953, na ocasião da coroação da rainha Elizabeth II.
“Cinco anos depois, em 1958, a rainha Elizabeth II visitou o Brasil pela primeira vez e foi presenteada, pelo presidente Juscelino Kubitschek, com um broche e uma pulseira de águas-marinhas, também da Pedra da Onça”, disse Diogo.
O terceiro presente foi em 1968, em sua nova visita ao Brasil. O então presidente Costa e Silva deu à rainha uma tiara.
Há relatos de que as pedras da tiara seriam de São Paulo. Entretanto, segundo o historiador, as maiores pedras de águas-marinhas de Itarana foram vendidas para a Caixa Econômica Federal de São Paulo, daí a ideia de que as joias são daquele estado.
“A prova de que todas as joias brasileiras dadas à rainha são de Itarana está em um relatório dos joalheiros reais britânicos da Garrards & Co, que foi entregue ao então presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1997. Os joalheiros constataram que todas as joias têm a mesma tonalidade e composição, o que comprova que foram extraídas em Itarana”, afirma Diogo.
A Pedra da Onça é conhecida como uma das maiores jazidas de águas-marinhas do mundo. No auge da extração das pedras, de acordo com moradores mais antigos, a região chegou a ter mais de três mil homens em busca de fazer fortuna.

PALESTRINA, BACH, FAURÉ...

... E NOSSAS IGREJAS



Dos gregorianos a Stravinsky, a civilização ocidental produziu em quase dois mil anos obras-primas para todos os momentos do cristianismo. Qualquer que seja a opção espiritual do ouvinte, impossível não se comover com a beleza de uma cantata, réquiem ou oratório, sempre carregados de profunda interioridade. Impossível negar que se trata da mais alta e elaborada expressão musical do homem.

Aos vinte anos, estudante em Londres, já assumindo meu ateísmo, nunca porém deixara de me emocionar com a íntegra do Messias de Handel, fosse na Saint Paul ou no Royal Festival Hall, levantando-me como o resto da assistência no momento do Halleluiah.


Todo este preâmbulo para lamentar a mediocridade atual daquilo que costumo ouvir quando passo por templos, sejam católicos ou pentecostais, ou quando alguma procissão de Semana Santa desfila debaixo de minha janela. Parece um corpo do qual teriam retirado toda a estrutura óssea e musculatura, mole, desprovido da menor sombra de espiritualidade. Musiquetas bobinhas, feitas para serem cantadas ou tocadas sem esforço de concentração.


No fim do ano passado, graças ao empenho da produtora Eliana Pedroso, tivemos a oportunidade de iniciar uma tradição de concertos de música erudita nas igrejas do centro histórico de Salvador, como acontece em toda a Europa. Infelizmente tão dignificante proposta foi dinamitada pelo pouco entusiasmo do frei Marco da Igreja de São Francisco, sob pretexto de mudança de liderança. Quanta saudade do frei Lucas! Atitude similar teve o seu Denilson, responsável pela Igreja da Ordem Terceira de São Domingos de Gusmão, alegando importante trabalho da irmandade. Na catedral basílica, durante muitos anos, o padre Hans desenvolveu um excelente trabalho. Chegou até a encomendar um órgão na Alemanha. Mereceria um público maior não fosse uma evidente dificuldade de comunicação. Esperemos que algo mude após a reabertura da Sé.


Um projeto ambicioso de restauração do órgão da igreja de Nossa-Senhora da Piedade, coordenado por Eric Tapie, com tecnologia francesa, aval do arcebispo dom Murilo desde 2016 e da Fundação Gregório de Mattos, tão pouco encontrou o apoio necessário por parte de frei Ulisses, responsável pela Ordem dos Capuchinos. 
A proposta inclui a formação de mestres organeiros acoplada a um sistema sensorial para pessoas com necessidades especiais, como os autistas. O projeto deve estar a jazer numa gaveta do Ministério da Cultura.

Resta-nos aguardar o sábado após a Lavagem do Bonfim para apreciar a curiosa missa do século XIX, misturando barroco com romântico, erudito com popular. Ou ir a Minas-Gerias, grande celeiro de música barroca.
Em Salvador a música sacra vai mal, muito mal.


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sexta-feira, 20 de abril de 2018

POPULAR SEM POPULISMO

Foto de Rose Ananke.

Se vc andar por Lisboa, pode deparar com o Prof Marcelo Rebelo de Sousa, que nada mais é o Presidente de Portugal.

LISBOA E AS DROGAS

Lisboa terá três “salas de chuto” até ao fim do ano: no Lumiar, em Alcântara e outra móvel



A vontade de abrir uma sala de consumo assistido de drogas, em Lisboa, sugerida por vários executivos camarários, vai finalmente concretizar-se. As salas fixas vão ser instaladas no Lumiar, perto do Bairro da Cruz Vermelha, e em Alcântara, nas traseiras da estação de tratamento de águas residuais na Avenida de Ceuta. Vai ser criada, ainda, uma unidade móvel, que procurará dar resposta aos consumos espalhados pelas zonas oriental e histórica da cidade. Mais do que dar um “espaço limpo” aos toxicodependentes para consumirem de forma mais segura, estes equipamentos irão proporcionar apoio médico e psicológico, acesso a complementos alimentares, vestuário, serviços de higiene, respostas de habitação e empregabilidade. Convidar os moradores destas freguesias a conhecerem as salas, de forma a quebrar estigmas e preconceitos, é outro dos objectivos das entidades por trás deste projecto. “Temos de deixar de considerar o consumidor como criminoso, mas como um ser humano com dificuldades, que não consegue resolvê-las sozinho”, diz Fernando Medina.

Até ao final deste ano, as freguesias do Lumiar e de Alcântara vão ter duas salas de consumo assistido de estupefacientes. Está, ainda, prevista uma unidade móvel, que dará resposta aos consumidores dispersos nas zonas oriental e histórica da cidade e que poderá avançar mais rapidamente por não exigir obras. As medidas foram anunciadas pelo vereador dos Direitos Sociais, Ricardo Robles, durante a apresentação do diagnóstico sobre consumos de substâncias psicoactivas na cidade de Lisboa, na tarde desta quinta-feira, 19 de Abril. “Continuam a existir consumidores de alto risco, em Lisboa, e os avanços sociais não serão completos se deixarmos pessoas à margem. A abordagem aos consumidores tem de se afastar de uma abordagem agressiva e ser feita numa perspectiva de prevenção e reinserção social, reconhecendo que não há respostas únicas”, diz o autarca. Envolver a população no combate ao estigma, convidando também os moradores a conhecerem estes espaços, é outro dos principais objectivos da Câmara Municipal de Lisboa (CML).

O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, diz que a constituição de programas de consumo vigiado mostram que existe “uma vontade de ligar o toxicodependente ao tecido familiar e social, nomeadamente à saúde, estruturas sem as quais não se consegue libertar desta dependência”. E explica: “Há pessoas que revelam um deslaçamento da realidade familiar e social enorme e é no entendimento desta realidade onde se encontra o passo central da resposta. O trabalho feito no terreno reforça a confiança das comunidades, que passam a preocupar-se com a melhoria da envolvente em zonas problemáticas”. “Temos de deixar de considerar o consumidor como criminoso, mas como um ser humano com dificuldades, que não consegue resolvê-las sozinho”, diz Medina.
A vontade de abrir uma sala de consumo assistido de drogas em Lisboa já foi, por diversas vezes, sugerida pelos executivos camarários, desde a alteração legislativa de 2001, que descriminalizou o consumo, mas nunca chegou a ser concretizada. “Apesar da ideia ser apoiada da Esquerda à Direita, tiveram de ser os profissionais que andam na rua a pressionarem para que se desse esse passo. A resposta já vem com dezassete anos de atraso, mas, finalmente, chegou”, diz, ainda, Ricardo Robles.

Mais do que dar um “espaço limpo” aos toxicodependentes para consumirem as drogas de forma mais segura e afastados de zonas abandonadas convidativas a esta prática, estes equipamentos irão proporcionar, ainda, aos utentes, apoio médico e psicológico, acesso a complementos alimentares, vestuário e serviços de higiene e a respostas de empregabilidade e de habitação. Haverá, também, ofertas de tratamento, esperando-se, assim, reduzir o número de mortes por overdose e a transmissão de infecções. Uma vez que grande parte destes consumidores não têm a sua documentação em dia, terão a possibilidade de fazer ou actualizar o cartão de cidadão. “São pessoas muito fragilizadas, que precisam de respostas de primeira linha e de condições de supervisão de profissionais especializados e de restituir os seus direitos de cidadania”.
Elsa Belo, da Associação Ares do Pinhal, reforça que estas salas de consumo têm de ser, acima de tudo, “dignas”. “O facto de ser um espaço de conforto e de relações interpessoais é o que vai atrai-los a virem. Até pode não vir para consumir, mas só tomar uma refeição. É muito mais do que uma sala onde se vai ‘chutar’, é uma sala onde se acolhe. Queremos realizar actividades lúdicas, ensiná-los a navegar na internet e a fazerem outro tipo de coisas que não estão habituados. Muitos só vêm a Lisboa buscar estas substâncias e depois acabam por ficar cá, sem nada e sem ninguém. Gostávamos que voltassem à terra de origem, por exemplo”, avança.

O horário de funcionamento destas salas, diz ainda, será adaptado às necessidades dos consumidores. “Eles vão permanecer durante o tempo que precisarem. Não vão estar abertas das 9h às 5h. Gostávamos, também, de convidar os moradores a entrarem e a explicar-lhes o que são estas salas, não pode ser um espaço que vem criar medos”, explica.
ocorvo20180420droga
Segundo os dados recolhidos pelo Grupo de Activistas em Tratamentos (GAT), pelas associações Crescer na Maior, Ares do Pinhal e a Associação de Médicos do Mundo – Lisboa, existem cerca de 1400 consumidores em situação de maior risco e “mais descrentes”, maioritariamente de nacionalidade portuguesa, sendo 80% homens, com uma média de idades superior a 40 anos. Vivem em instituições de acolhimento ou em condições habitacionais muito precárias, e 35% encontram-se em situação de sem-abrigo. As principais drogas consumidas são a cocaína e a heroína, sendo 30% do consumo injectado e 70% fumado.
A freguesia que apresenta um maior número de potenciais utilizadores das salas de consumo assistido é a de Arroios (325), seguindo-se do Beato (320), Campo de Ourique (303), Lumiar (270), Santa Maria Maior (250) e Penha de França (175). No Lumiar, das 270 pessoas identificadas como toxicodependentes, 70% consome cocaína e 75% heroína, sendo que 40% se encontram em situação de sem-abrigo. “A realidade de hoje não é comparável à que se verificava há 20 anos atrás”, diz Américo Nave, da Associação Crescer, salientando que o trabalho realizado de apoio a esta população foi eficaz para muitos, mas não para todos. “Pensamos que estas salas possam ser a resposta para complementar o trabalho que falta”, afirmou o responsável, que esteve a apresentar os resultados deste estudo.
Joaquim Fonseca, coordenador Divisão de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (DICAD) da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, salienta que o consumo a “céu aberto” é uma constante nestes diagnósticos, assim como o desemprego e o afastamento de estruturas sociais, familiares e de saúde que estas pessoas apresentam. “Queremos encontrar outras estratégias de aproximação às pessoas e o trabalho que é feito ao nível das freguesias é muito importante. Na Mouraria, encontramos muitas pessoas a injectar heroína, na rua, e estas são as que têm mais dificuldade em aderir a programas de tratamento mais estruturados”, diz.
Estas práticas ocorrem junto a complexos escolares, principalmente nas traseiras de jardins de infância e escolas básicas, parques infantis e zonas de lazer, alerta Pedro Delgado Alves (PS), presidente da Junta de Freguesia do Lumiar. “Encontramos a população mais fragilizada junto às escolas básicas, por isso, um dos nossos grandes objectivos é criar zonas de protecção junto a estes equipamentos, apostando numa estratégia de não abandono do espaço público ou sítios que possam ser convidativos ao consumo, pelo estado de abandono em que se encontram”, explica.

Ao contrário da ideia criada de que estes espaços incentivarão o consumo, o maior desafio, diz Delgado Alves, vai ser mesmo conseguir levar as pessoas a irem para uma sala vigiada. “As salas só vão ser instaladas em sítios onde o problema já existe, o mais difícil vai ser mesmo trazer as pessoas”, afirma. Além disso, “e não menos importante”, reforça, será necessário fazer um trabalho pedagógico que envolva os moradores. “Há pessoas que têm receio, mas é porque ainda não conviveram de perto com o problema. Já antes do processo de requalificação da Alta Lisboa, associava-se esta parte da cidade ao tráfico de droga, que ainda continua a pesar, apesar de já não ocorrer desta forma. A mudança do tipo de residentes torna as repostas mais exigentes e vamos explicar-lhes o que pretendemos. Para o projecto ser bem-sucedido, temos de comunicar com a população tanto ou mais do que com os utilizadores” explica.
“Muitas pessoas perguntam-nos porque vamos fazer isto agora. Apesar de não existir um aumento do consumo, também não há uma diminuição, o problema está estático, o que evidencia que é necessário outro tipo de resposta. Isto não é um improviso de loucos radicais, esta ideia foi estudada, ao longo de muitos anos, e já está implementada em vários países. Este passo é histórico”, diz, ainda, o presidente da junta do Lumiar.

João Goulão, director geral do serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), lembrou que Portugal foi pioneiro na descriminalização do consumo de drogas e que temos uma estratégia nacional de luta contra a droga desde 1989. E elogia a continuação deste trabalho. “As equipas de rua chegam às franjas mais desorganizadas do grupo dos toxicodependentes, ajudando-os a ter uma melhor qualidade e esperança de vida. Uma das medidas estruturantes do último plano estratégico foi a introdução do diagnóstico, que nos traz mais ‘pixéis’ sobre esta realidade. É fundamental termos a informação de quem lida com eles todos os dias no terreno. De outra forma, não conseguiríamos”, sublinha.

Luís Pisco, presidente do conselho directivo da Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT) alerta, por sua vez, para a importância da construção destas salas como garantia de uma melhor qualidade da saúde pública. “Nunca é de mais construir espaços de edificação do futuro. Trata-se de uma questão de saúde pública que a todos diz respeito”, frisa.

Fernando Araújo, secretário de Estado Adjunto e da Saúde, lembra que, neste momento, temos das taxas mais baixas de mortalidade por overdose na Europa, sendo o “grande objectivo”, agora, “captar os consumidores mais descrentes para o Serviço Nacional de Saúde, procurando dar lhes um projeto de vida, e lutar contra o estigma, para que não desistam das pessoas”.