quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

FACEBOOKETE

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A FARRA CONTINUA!

LIMINAR SUPREMA

Juízes autorizam colegas a acumular auxílio-moradia com cônjuges desde 2014




A regulamentação do pagamento de auxílio-moradia a juízes não durou nem um mês no Judiciário. A regra do Conselho Nacional de Justiça que proíbe o pagamento do benefício a juízes que morem com quem já o recebe foi declarada “absolutamente ilegal” por diversos magistrados, que, desde outubro de 2014, vêm autorizando o pagamento acumulado a diversos colegas por meio de cautelares em mandados de segurança.
É mais uma decorrência da liminar do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, que autorizou o pagamento do auxílio-moradia a todos os juízes federais que morem em cidades sem imóvel oficial à disposição. Segundo ele, o direito está descrito no inciso II do artigo 65 da Lei Orgânica da Magistratura da União (Loman). A cautelar foi liberada para discussão pelo Plenário do STF no dia 19 de dezembro de 2017 e ainda não foi julgada.
Na decisão, de setembro de 2014, Fux afirma que o benefício deve ser pago a todos os juízes federais do Brasil, “inclusive nos casos de acumulação”. Mas no dia 7 de outubro do mesmo ano, o CNJ publicou a Resolução 199, que regulamenta o pagamento do auxílio. E diz o inciso IV do artigo 3º da norma que juízes que morem com quem recebe o mesmo benefício não podem recebê-lo.
Para a magistratura federal do Rio de Janeiro, no entanto, o CNJ contradisse tanto a Loman quanto a decisão do ministro Fux. Desde que a norma foi editada juízes vêm cassando decisões administrativas do Tribunal Regional Federal da 2ª Região que determinaram o pagamento do auxílio-moradia a juízes cônjuges de outros juízes federais e de membros do Ministério Público da União, que também recebem o dinheiro.
De acordo com a decisão do ministro Fux, os juízes federais devem receber o mesmo que recebem os juízes que trabalham como auxiliares no Supremo. Ou seja, R$ 4,3 mil por mês. O entendimento é de que a quantia é uma indenização paga ao magistrado por ele ter de se mudar, a trabalho, para uma cidade sem imóvel funcional. É para pagar aluguel, portanto.
A resolução do CNJ, editada por iniciativa do ministro Ricardo Lewandowski, então presidente do STF, proibia o pagamento de auxílio acumulado a casais justamente porque eles costumam morar em uma casa só. O Judiciário, no entanto, não tem entendido assim quando atende colegas em busca de liminares para receber o benefício acumulado com o de seus cônjuges. A jurisprudência de diversos tribunais vem se consolidando no sentido que a Loman não trata do assunto e, portanto, o CNJ também não poderia.
Direito pessoal da magistratura
Uma coleção de decisões autorizando a acumulação entre cônjuges foi apresentadas ao TRF da 5ª Região pela juíza Cíntia Menezes Brunetta, para justificar a concessão do auxílio acumulado para ela mesma. O pedido também se baseia em decisão do Superior Tribunal de Justiça, de relatoria do ministro Arnaldo Esteves Lima, que autorizou o pagamento a dois procuradores da República casados.
Ela cita sete processos. Um deles atende a um grupo no qual está o juiz Marcelo Bretas, do Rio de Janeiro, casado com uma juíza que já recebia o benefício na época. Ele, que recentemente ganhou destaque nacional ao julgar os casos da "lava jato" no Rio, também alegou à Justiça Federal que a resolução do CNJ é ilegal, por restringir o que a lei não proíbe. A juíza Frana Elizabeth Mendes, da 26ª Vara Federal do Rio, concedeu a cautelar em agosto de 2015, condenando a União inclusive a pagamento retroativo.
Outro pedido, feito pelo juiz Alexandre da Silva Arruda, foi atendido pelo juiz Rodrigo Gaspar de Melo, da 27ª Vara Federal do Rio, autor de uma das primeiras liminares. Segundo ele, “é justo que ambos recebam o pagamento da ajuda de custo para moradia”, pois o auxílio-moradia é “direito pessoal”, e por isso não importa quem seja o cônjuge do juiz federal que faz o pedido.
Em decisão do dia 31 de outubro, três semanas depois da Resolução 199, o juiz disse que o direito é reconhecido a cada um dos cônjuges, separadamente. “Se ambos são juízes, é justo que possam residir com sua família em moradia compatível com a situação funcional e com os rendimentos do casal (marido e mulher), e não de apenas um dos membros do casal.”
Numa decisão de novembro, o mesmo juiz disse que o inciso IV do artigo 3º da resolução do CNJ é “absolutamente ilegal”, porque, “em caráter extensivo e sem autorização legal, restringiu o alcance do direito previsto na Loman”. E a única exceção da lei, diz o juiz, é o caso de magistrados que morem em cidades com imóvel funcional à disposição, conforme explicou ao atender pedido dos juízes Abel Fernandes Gomes, Alfredo Jara Moura, Flávio Oliveira Lucas e Jane Reis Gonçalves Pereira.
Apelação
Outra lista de decisões foi apresentada à Justiça Federal do Rio de Janeiro pelo escritório do advogado Bruno Calfat. A banca representa vários juízes que fizeram os pedidos de acumulação. Numa apelação contra a denegação de uma liminar, o advogado mostra que a magistratura nacional tem discordado do CNJ e se apegado mais à frase “inclusive nos casos de acumulação”, da liminar do ministro Fux.
Em dois casos na Justiça Federal do Distrito Federal, os juízes entenderam que a resolução do CNJ contradiz a lei sobre o assunto. Uma decisão da 14ª Vara Federal de Brasília, por exemplo, disse que a vedação à acumulação “não está em conformidade com a natureza da verba, que é de caráter pessoal”.
Outra, da 3ª Vara Federal do DF, o juiz aplicou o entendimento de Fux para autorizar que dois membros do MP recebam o auxílio moradia. “A par de inserir restrição colidente com a norma legal, a vedação à percepção da vantagem por pessoas que vivam sob o mesmo teto não está em conformidade com a natureza da verba, que é de caráter pessoal e tem a finalidade de indenizar pela não disponibilização de residência oficial ao membro do Ministério Público, não influenciando em seu cálculo, por tais razões, aspectos familiares inerentes ao beneficiário (quantidade de dependentes, estado civil, atividade profissional do cônjuge etc.)”, diz a decisão.

CIDADE DA MÚSICA?

Portal Metro1

Artistas publicam nota de repúdio a ACM Neto: 

ʹCidade da Música?ʹ

Artistas publicam nota de repúdio a ACM Neto: ʹCidade da Música?ʹ

Após o prefeito de Salvador ACM Neto rebater as reclamações da classe artística sobre o pagamento dos direitos autorais, ao afirmar que o caso está judicializado, a Associação Procure Saber, representante da categoria, publicou uma nota, nesta terça-feira (30), para rebater o gestor municipal.
"A Associação Procure Saber, em nome de todos os seus membros e da respeitável parcela da música brasileira que representa, repudia veementemente a posição da prefeitura municipal, que está defendendo abertamente o não pagamento de direitos autorais por eventos financiados com dinheiro público ou não, na cidade de Salvador", diz a nota.
A entidade reafirma, assim como em vídeo publicado nesta semana, que o direito autoral é uma conquista "da classe artística para garantir sua subsistência e impedir o uso oportunista de sua arte".
"Se falta de caixa for o argumento da ʹCidade da Músicaʹ para defender uma tese onde os artistas não merecem ser remunerados pelo uso de suas criações, chegamos ao fundo do poço das inversões de valores éticos, morais e legais, tanto na administração pública quanto no manejo das artes", afirma.
Protesto – Artistas e músicos iniciaram um protesto nas redes sociais contra a falta de pagamento de direitos autorais pela prefeitura da cidade em uma gravação divulgada no Facebook. Eles questionam o motivo de a capital não valorizar artistas que se apresentam em eventos públicos, como o Carnaval e o Réveillon.

AMERICA FIRST!

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UMA BOA IDEIA



A IDEIA DE COLOCAR JARDINEIRAS PARA DESESTIMULAR A MANIA DE ESTACIONAR FRENTE A IGREJA DE SÃO FRANCISCO ERA EXCELENTE.
MAS ERA SEM CONTAR COM A FALTA DE CIDADANIA DO SOTEROPOLITANO.
COMEÇANDO PELA PM!

UM BOM ESTUDANTE

Estudante da rede estadual é aprovado em primeiro lugar em Direito na UFBA



O estudante Livio Pereira Rodrigues Trindade, 18 anos, do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) Anísio Teixeira, em Salvador, foi aprovado em primeiro lugar no curso de Direito da Universidade Federal da Bahia, a partir da sua pontuação no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Livio, que fez 920 pontos na redação e 730 pontos na prova de matemática, destaca que seu desempenho foi fruto de muitos estudos, dedicação e do apoio de professores e de seus pais. Ele também foi aprovado em 9º lugar no curso de Direito da Universidade do Estado da Bahia (UNEB).
 
“Sou estudante de escola pública e fiz o Ensino Médio no curso técnico em Segurança do Trabalho. Tive alguns professores fundamentais, como Antero Paulo Fernandes e Eclésio Farias de Marcedo, das disciplinas técnicas do curso. Antero chegou a me dar material de estudo de física e matemática. O CEEP Anísio Teixeira também teve um papel fundamental na minha escolha, uma vez que quando fiz o curso técnico tive acesso ao conteúdo de Normas Regulamentadoras, que abriu meus olhos para o curso de Direito. Minha mãe, Cristina Pereira, me auxiliou bastante nos estudos, em casa, chegando a organizar o meu ‘cantinho do guerreiro’, que é meu local de estudos, e sempre me levava lanches enquanto eu estudava, até tarde da noite. Ela e meu pai, Antônio Carlos, me deram todo o apoio e sem eles eu não conseguiria nada”, disse Livio.
 
Livio também deixa um incentivo para os estudantes da rede estadual: “Um guerreiro nunca desiste dos seus sonhos, por mais difícil que seja o caminho, a gente alcança. Eu não sou gênio. Estudei bastante e tudo que consegui foi com muito esforço e dedicação. Se você é aluno de escola pública e deseja ter resultado parecido, você só precisa de fé, dedicação e muita paciência”.
 
A diretora do CEEP, Verônica Lisboa Ramos, relata com orgulho o desempenho do estudante. “Para mim, que fui aluna de escola pública, só aumenta o compromisso de fazer uma educação de qualidade mesmo, porque nossos jovens são capazes. Está aí a prova: um aluno de escola pública, negro, chegando ao topo. O pai dele veio aqui agradecer à instituição, reconhecendo que foi o ensino de qualidade que ele teve, da escola, que o fez chegar aonde chegou”.
 
O secretário da Educação do Estado da Bahia, Walter Pinheiro, destaca que o desempenho do estudante é um estímulo para os demais alunos da rede estadual. “Ser aprovado em primeiro lugar num curso com uma forte concorrência, como é o curso de Direito da UFBA, é um grande motivo a ser comemorado. Este resultado comprova que com empenho, dedicação e acesso à educação de qualidade, todos podem alcançar bons resultados no ingresso ao Ensino Superior”.

QUEM QUER DINHEIRO?

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UM PREFEITO CIVILIZADO

Londres terá novas fontes de água para acabar com as garrafas plásticas


Londres com bebedouros

( Londres) Por Cristiane Lebelem- Novos bebedouros e pontos de enchimento de garrafas estão sendo planejados em Londres. A ideia do prefeito Sadiq Khan é entregar à cidade de Londres, ainda neste ano, pontos de refil de água como parte de um plano para reduzir a quantidade de resíduos plásticos.

Ao todo serão 20 novos bebedouros, que devem ser instalados em um projeto piloto a partir deste verão, em cinco áreas da capital em fevereiro e março. De acordo com o prefeito, o foco é que as pessoas possam encher as próprias garrafas. Khan ainda pretende que o setor privado também embarque nessa ideia, fazendo com que as empresas disponibilizem água da torneira ao público e incentivando que funcionários tenham a mesma prática. Segundo ele, se o projeto piloto for bem-sucedido, será lançado para toda a cidade.

Copos de plástico, garrafas e talheres de plástico também estão na mira prefeitura e devem contar com planos futuros, que fazem parte de uma proposta de iniciativa de cerca de £ 6 milhões de libras para lidar com o desperdício de plástico na capital. Ela será apresentada à Comissão de Orçamento de Londres.

O QUE É MELHOR?

PODER EXPRESSAR NOSSO DESCONTENTAMENTO 
EM PÚBLICO
PELO ATOS PREDADORES DOS JUÍZES E POLÍTICOS
OU SERMOS OBRIGADOS  A PAGAR 
COM NOSSAS CONTRIBUIÇÕES
O USO E ABUSO DOS AVIÕES DA FAB?


Bahia Notícias

Após ser hostilizado em voo, Gilmar usa avião da FAB entre Cuiabá e São Paulo


Após ser hostilizado em voo, Gilmar usa avião da FAB entre Cuiabá e São Paulo

Após ter sido hostilizado em um voo de carreira no último sábado (27) em uma viagem de Brasília para Cuiabá (clique aqui), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes usou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para deixar a capital mato-grossense em direção a São Paulo na última segunda-feira (29). 

De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, dados públicos divulgados no site da FAB apontam que o avião decolou às 13h05 em Cuiabá e aterrissou às 17h30 em Congonhas. 

Diferente de outros voos registrados na mesma data, o site não informa a justificativa do uso pelo ministro, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como “residência” ou “serviço”. 

Apenas foi preenchido o campo destinado à autoridade que utilizou a aeronave: "À disposição do Ministério da Defesa Transporte do Presidente do TSE". 

Questionada sobre o uso do avião da FAB, a assessoria de Gilmar informou que não havia voos de carreira disponíveis no trajeto para que ele cumprisse um compromisso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em São Paulo, agendado para o fim da tarde de segunda. 

A assessoria afirmou ainda que o pedido não foi feito por questões de segurança. 

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

BACALHAU NO RIO VERMELHO

ME LEVARAM PARA EXPERIMENTAR O BACALHAU DO MARTELO
NO MODESTO SHOPPING  RIO VERMELHO


SEM PRETENSÃO NENHUMA E UMA GARÇONETE (SILVANA) MUITO AMÁVEL


GOSTEI DO BACALHAU A GOMES DE SÁ


E ACHEI A RELAÇÃO QUALIDADE / PREÇO MUITO SATISFATÓRIA

VIVALDI CONCERTO PARA BANDOLIM



When you hear this exquisite music, remember that it was premiered and solely performed during Vivaldi's lifetime by a small group of virtuoso woman musicians every Sunday at the chapel of the Ospedale della Pietà on an elevated balcony behind metalwork frames and veils.
The audience was composed of a Europe-wide pilgrimage of musical connoisseurs, curiosity seekers, and lonely young men, the last of whom would sometimes pass marriage proposals and love notes to the mysterious women on the stage through the bars.
These musicians were recognised by authorities of the time to be among the greatest living performers. They were all personally trained by Vivaldi, and his concertos were tailor-made to feature specific musicians in the original manuscripts.

Lesser-known secret: many of these musicians had been born with birth defects, and found the privacy of their secret lives a blessing. Vivaldi sometimes had instruments designed to accomodate their handicaps, and composed music for them that would work around their physical challenges while still remaining virtuosic.

******

Avi Avital (born 19 October 1978) is an Israeli mandolinist, and composer, who is filling the role played by 19th-century mandolinist virtuosi, traveling and playing to worldwide audiences and expanding the boundaries of the mandolin. 
He is best known for his renditions of well-known Baroque and folk music, much of which was originally written for other instruments. 
He has been nominated for a Grammy award (Best Instrumental Soloist with Ensemble) and in 2013 signed a record agreement with Deutsche Grammophon.

Avital was born in the Israeli city of Be'er Sheva and showed an aptitude for the mandolin at an early age; by the time he was eight years old, he was performing with a local orchestra. He went on to study at the Jerusalem Academy of Music and the Cesare Pollini Conservatory of Music in Padua, Italy, where the focus of his work moved from mandolin transcriptions of violin pieces to those originally written with his instrument in mind. His study in Italy was sponsored by the America-Israel Cultural Foundation

O CARNAVAL NA BARRA


Amabarra - SOS Barra

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Desde ontem alguns sites de notícias e jornais estão publicando matérias sobre o carnaval no bairro.
Resolvemos fazer esse post para esclarecer alguns pontos, que foram omitidos pelos entrevistadores, e que geraram uma polêmica desnecessária em função dos títulos das chamadas.
De qualquer maneira, entendemos que o debate sobre esse assunto é positivo, precisamos discutir opções para o modelo atual, suas consequências a curto, médio e longo prazo, os os impactos negativos e jogar luz sobre os problemas da carnavalização do bairro durante o ano todo para os moradores, comerciantes e frequentadores da Barra.
Muitas pessoas costumam opinar sem o conhecimento da causa e criam uma imagem irreal dos moradores, que estão apenas solicitando aos poderes públicos, o respeito das leis e que tenham seus direitos preservados.
Pensamos no bairro como um todo e estamos cientes de sua importância para a cidade e para todos os soteropolitanos, por isso lutamos para a da preservação do meio ambiente, do Parque Marinho da Barra, dos monumentos históricos e seus entornos, da saúde da população, da inibição/redução da poluição sonora e a visual, do comprometimento da mobilidade e da ocupação do espaço público por empresas privadas sem compensações para o local explorado.
Então vamos lá!
Em primeiro lugar a AMABARRA não quer acabar com o carnaval!!!
O carnaval não se acaba, é uma manifestação cultural, espontânea ou induzida mas não vai acabar. A Associação quer o oposto disso, quer incentivar o carnaval de bandas, fanfarras e blocos, sem cordas de preferência.
No início do ano passado, através de uma Sessão itinerante da Câmara Municipal de Salvador e de uma Audiência Pública, realizadas no bairro, muitos moradores, comerciantes e amigos do bairro se posicionaram contrários ao modelo atual do carnaval na Barra. Naquela ocasião muitas provas documentais foram disponibilizadas sobre os efeitos negativos da festa, que cresceu além da capacidade do bairro suportar.
Diante dos fatos, a AMABARRA montou um dossiê e protocolou no Ministério Público do Estado da Bahia. A promotora da 5ª Vara do meio ambiente passou a conduzir a ação. Depois de audiências de oitivas com os órgãos que executam a festa, a Marinha e com o Conselho Municipal do Carnaval de Salvador (Comcar) alguns ajustes ficaram de ser realizados e outras audiências ocorrerão para decidir o prosseguimento do processo.
Seguindo...
Não queremos o fim de trios e camarotes!
Queremos que o Conselho Municipal do Carnaval de Salvador (Comcar) e seus membros, a comissão do carnaval da Câmara Municipal de Salvador, os empresários do carnaval e todos envolvidos no tema, comecem a discutir novas opções de circuitos para trios e camarotes. Não aceitamos que devem ser em bairros residenciais ou áreas que afetem o meio ambiente.
Os executivos da festa precisam entender que os danos a médio e a longo prazo, comprometem os bairros afetados.
Mais um ponto...
Não queremos copiar ou usar como modelo o carnaval de Recife ou qualquer outro lugar! Respeitamos nossas manifestações culturais e elas devem ser preservadas, sem que a indústria tenha que impôr o local, a camisa, o que você vai beber/comer, ouvir e pular. Bloco de carnaval é bloco de carnaval e ponto.
Quem quiser participar de carnaval de trios/camarotes podem ir sem problemas, desde que esses locais sejam os adequados para a montagem dessas estruturas.
Outro esclarecimento....
Não queremos transferir os problemas daqui para outros locais, seria incoerente! Queremos que esse modelo encontre um local que não afete negativamente seu entorno. Não somos nós que decidimos se vai para o CAB, BR, "Axedódromo no Cia", como foi colocado em algumas matérias. Essa é uma discussão que precisa ser debatida com todos os envolvidos... Se resolverem mudar esse modelo de carnaval do bairro.
Por fim, queremos esclarecer que os moradores do bairro não são melhores ou piores do que os outros moradores da cidade. Temos aqui pessoas que se importam com a região, tem o cuidado com o bem estar, conhecem seus direitos e deveres, assim como temos os que não se importam ou discordam de vários temas debatidos em reuniões, e isso não é nenhum problema, todos tem o direito de se manifestar!.
Quase todos querem o bem dos espaços públicos da cidade, o respeito com os monumentos, com o meio ambiente e com a qualidade de vida dos que moram, trabalham e frequentam o bairro.
A AMABARRA é uma associação que luta pelo bairro e tem plena consciência dos problemas da cidade, por isso somos solidários com outras associações que, também, querem o melhor para seus moradores, comerciantes e frequentadores.
AMABARRA

A PRIMEIRA ESPOSA DE JORGE AMADO

Baú de ex-mulher revela a poesia de Jorge Amado


da Folha de S.Paulo, no Rio 

Uma parte da biografia do escritor baiano Jorge Amado, morto há uma semana aos 88 anos, não ficou nem na casa do Rio Vermelho, onde morou com Zélia Gattai por mais de 30 anos, nem na fundação que leva o seu nome, em Salvador.

Folha localizou no Rio os familiares de Matilde Garcia Rosa, a primeira mulher do escritor, morta em 1986, e descobriu uma relíquia: um livro de versos escrito à mão por Amado em homenagem àquela que se tornaria mãe de sua primeira filha, Lila. Com Zélia, o escritor teria outros dois filhos, João Jorge e Paloma.

Mais do que o valor estritamente literário dos poemas de juventude, porém, a descoberta do livro tem a virtude de lançar alguma luz sobre um período desconhecido da vida do escritor: os 11 anos -entre 1933 e 1944- em que esteve casado com Matilde.

Nos pertences da primeira mulher de Amado também aparecem fotos da filha do casal, nascida em 1935 e que recebeu o nome da mãe do escritor, Eulália. Lila, como era chamada, morreu aos 15 anos -segundo a família, vítima de leucemia.

Jorge e Matilde se conheceram bem jovens. Ele tinha 21 anos, ela, 17. "Minha avó contava que eles tiveram de fugir para se casar, porque meu avô era contra", conta o sobrinho de Matilde, Osiris Garcia Rosa, que herdou a casa na Urca, zona sul do Rio, onde morou o casal, e, junto com ela, alguns documentos, fotos e o livro.

Osiris nasceu na casa de quatro quartos onde moravam Jorge, Matilde, os pais e a irmã dela, Ivone, com o marido (pais de Osiris). Em uma das poucas menções que faz à primeira mulher em suas memórias, no livro "Navegação de Cabotagem", Jorge Amado conta que a casa da Urca também serviu algumas vezes de refúgio para os amigos comunistas.

Sobre a filha, diz apenas: "Mal a conheci, não houve tempo e ocasião". Quando Lila nasceu, os avós dela construíram para a família Amado uma casinha nos fundos da propriedade.

Muita coisa se perdeu das lembranças de Matilde, mas foi preservado o manuscrito intitulado "Cancioneiro", com pequenos poemas que Amado dedicou à então pretendente. São poemas juvenis e apaixonados, divididos em 14 capítulos e com os textos escritos sempre ao pé das páginas, em caligrafia caprichada.

A sensualidade característica no escritor já está presente nas declarações de amor que Amado, então com 21 anos, faz a Matilde: "Vejo os teus seios pequenos de menina", escreve. Ou: "Eu gosto de ti por interesse /para possuir o dote do teu corpo".

Sedutor, mostra saber também ser romântico: "O teu beijo purifica os meus lábios", diz, no capítulo intitulado "Purificação". Em "Poesia", escreve: "A poesia vem de ti". No final, chama: "Companheira: Vem/ eu te amo".

Não foi um livro feito para posterior publicação. Nas primeiras páginas, Jorge Amado escreve que é uma edição "de um único exemplar manuscrito", que dedica a Matilde Garcia Rosa. À guisa de esclarecimento, diz também que havia sido feito para ser lido "unicamente" por ela, "em honra de um grande e puro amor".

Durante o tempo em que estiveram juntos, Amado publicou alguns romances importantes, como "Cacau" (1933), "Jubiabá" (1935), "Mar Morto" (1936) e "Capitães da Areia" (1937). A fase mais politizada se intensificaria depois da separação, já com Zélia.

Matilde não se casou novamente, e, após a morte da filha do casal, só voltou a ter algum contato com o escritor em 1978, durante o processo de divórcio que possibilitou a Jorge e Zélia oficializarem sua união. Na época, chegou a dar uma entrevista ao extinto jornal "Última Hora", na qual mostrava certo ressentimento em relação à separação, mas tudo acabou sendo feito amigavelmente.

Na entrevista, a mãe dela, Dalila, criticava Jorge Amado porque não teria comparecido ao enterro da filha. A menina morreu em 1950, dois anos depois de Amado, eleito deputado federal pelo PCB, ser cassado e ter ido viver na Europa, primeiro na França e depois na então Tchecoslováquia.

A família de Matilde diz que não pretende doar o manuscrito ou os outros documentos para a Fundação Casa de Jorge Amado, que reúne a maioria dos originais do escritor. Mas não descarta que a relíquia se torne atração de um futuro leilão, a exemplo do que vem acontecendo com manuscritos deixados por autores famosos.

Leia a seguir um poema inédito do escritor: 

"Meus olhos vêem no copo de whisky a tua miragem 

Quando virás derramar a taça de whisky e me dar o vinho bom dos teus lábios e o gosto saboroso do teu corpo?"

"Bar", do livro "Cancioneiro", dedicado por Jorge Amado à sua primeira mulher, Matilde Garcia Rosa.


COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO
Porque nunca se fala da primeira esposa de Jorge Amado e da filha que tiveram?

UM ATO LAMENTÁVEL

Seg , 03/11/2008 às 22:15

Espólio de Jorge Amado vai a leilão no Rio de Janeiro

Liana Rocha, do A TARDE

Resultado de imagem para FOTOS DE JORGE AMADO

Agora dá para ter um Jorge Amado na parede, além dos muitos das estantes. Quem quiser garantir uma das 578 peças que fizeram parte da coleção particular do autor e de sua esposa, Zélia Gattai, pode participar do leilão que vai ser promovido pela família do dia 18 a 21 de novembro, através de Soraia Cals Escritório de Arte, no Rio de Janeiro.

O número de obras a ser negociado corresponderia a cerca de um terço do acervo deixado em herança. Segundo a escritora Paloma Amado, filha do casal, o acervo total seria de cerca de 1.500 peças. O restante delas continua com a família. Muitas das obras em leilão foram presenteadas pelos próprios artistas ao casal – e quase todas têm dedicatória. É o caso de um retrato de Jorge pintado por Flávio de Carvalho, cujo lance mínimo é de R$ 750 mil.

As peças de maior destaque serão leiloadas no primeiro dia, segundo informa a relações públicas Marcella Cals. Há obras de Djanira, Floriano Teixeira, Segall, Carybé, Carlos Scliar, Volpi, Anita Malfatti, Pancetti, Antonio Bandeira, Diego Rivera e até Picasso, dentre outros. Os itens mais baratos, entretanto, são decorativos: um conjunto com seis potinhos de cristal, cujo lance mínimo é de R$ 125.

PROPRIEDADE – “As pessoas nos julgam como se estivéssemos usurpando um bem público para benefício próprio, mas se esquecem que estamos fazendo isso com o que é de nossa propriedade”, diz a escritora Paloma Amado, filha dos escritores.

Consciente do direito da família de dispor de seus bens particulares como melhor lhes aprouver, Paloma explica que uma parte do dinheiro arrecadado com o leilão será revertida para a Fundação Casa de Jorge Amado.

Outra parte será utilizada para reformas na casa onde seus pais viveram, no Rio Vermelho. “Mas que fique bem claro que não tomamos a decisão de vender as obras em função da casa. Foi por vários motivos e um deles foi poder recuperar nossa casa. Não o memorial, mas a casa do Rio Vermelho, que está se acabando”.

TOMBAMENTO – A idéia de transformar a casa em Memorial, está temporariamente arquivada pela família. Tanto que o tombamento da casa, que no início do mês passado acabara de receber finalmente a aprovação da Câmara de Patrimônio do Conselho de Cultura, não foi levado adiante, a pedido da própria família ao governador Jacques Wagner, que acatou a vontade dos Amado.

Paloma, que se mostra um pouco desgostosa com o assunto, diz que o tombamento não seria mais do interesse da família por agora. “O que achávamos que seria simples, em função do acervo e do que implica o memorial, não foi simples, nem factível”, lamenta.

Sem tombamento, entretanto, ela aponta ser muito mais fácil reformar a casa. “Com o resultado do leilão, vamos poder consertar. Se ela fosse tombada, provavelmente cairia”, considera, afirmando que a prioridade é deixar a casa em ordem.

O projeto do memorial, por ora engavetado, não impede, entretanto, que o espaço possa ser conhecido pelos amantes da literatura amadiana. “A gente vai arranjar uma maneira para quem quiser fazer uma visita, visitar”, antecipa Paloma.

Muito além das considerações de bom tom – afinal, será que fica feio vender o que amigos presentearam a seus pais? – o leilão da coleção de Jorge Amado e Zélia Gattai, produz polêmica pela grande associação do escritor com a Bahia.

PALPITES – A sensação de “posse” é tão forte que, segundo Paloma Amado, ela está escutando críticas e palpites sobre algo que só diz respeito à família mesmo. Mas se desconhecidos se indignam com a decisão tomada, quem tem laços emocionais com algumas das peças que vão a leilão tem visão mais equilibrada.

“Acho que é uma pena não ficar com a família mas, se é para ser aplicado na Fundação Casa de Jorge Amado, a finalidade é útil”, acredita Alice Teixeira, viúva de Floriano Teixeira, cuja aquarela original para capa de A morte e a morte de Quincas Berro D’Água, vai a leilão.

Já Nancy Bernabó, viúva de Carybé, só lamenta não ter dinheiro suficiente para arrematar alguma obra do marido. “Se eu pudesse, comprava. Soube que há muita coisa que Carybé deu a Jorge que eu gostaria de levar para o instituto que estou criando para preservar a memória dele”, afirma a viúva.

AQUÍFERO A VENDA

Temer se encontrou com dono da Nestlé para discutir privatização do aquífero Guarani, maior reserva de água potável do mundo









No Fórum Econômico Mundial uma nova elite burguesa, não mais apenas européia, mas agora mundial, se reúne em Davos para celebrar a si mesma, suas realizações e sua visão de mundo

A pequena aldeia de Davos na Suíça, muito antes de tornar-se célebre por hospedar o Fórum Econômico Mundial, já era internacionalmente conhecida através do romance ‘A Montanha Mágica’ de Thomas Mann, publicado em 1924 e imediatamente saudado como uma das grandes obras literárias do século XX.

É em Davos, ‘A Montanha Mágica’, que Thomas Mann situa o sanatório Berghof onde, no romance, a elite da burguesia européia do início do século XX busca a cura para suas doenças pulmonares, principalmente a tuberculose. Nesta obra complexa, Thomas Mann retrata uma burguesia adoentada que, em Davos, progressivamente perde o contato com a realidade da ‘vida na planície’, a vida real. O ‘encanto’ da vida na ‘Montanha Mágica’ é quebrado, no final do romance, pela irrupção da Primeira Guerra Mundial. Thomas Mann mostra que foram a irresponsabilidade e a alienação da burguesia da época, isolada, distante e protegida na ‘Montanha Mágica’, que causaram a guerra.

No Fórum Econômico Mundial uma nova elite burguesa, não mais apenas européia, mas agora mundial, se reúne em Davos para celebrar a si mesma, suas realizações e sua visão de mundo. O Fórum é um outro sanatório Berghof a abrigar a elite do capitalismo internacional acometida desta doença mental chamada neoliberalismo. Exatamente como as personagens de Thomas Mann na ‘Montanha Mágica’, os participantes do Fórum Econômico Mundial também perderam todo o contato com a ‘vida na planície’, com a realidade da crescente desigualdade econômica mundial e sua conseqüente devastação social e ambiental. Em Davos defende-se – claro sintoma de doença mental – que cabe fundamentalmente ao mercado não somente encontrar as soluções para os diversos problemas atuais, mas organizar as bases mesmas da sociedade no século XXI, reduzindo o Estado a um papel meramente administrativo.

O Presidente Temer não poderia deixar de participar deste evento, afinal foi com o apoio de grande parte da elite internacional que se encontra anualmente em Davos que foi possível realizar no Brasil o golpe que o levou ao poder. A participação de Temer no evento oficial foi tímida, resumiu-se a uma única conferência de menos de 20 minutos em um auditório onde, devido a pouca audiência, biombos procuravam esconder as cadeiras vazias. A frase fundamental e reveladora do discurso de Temer foi:

‘Hoje, os principais atores no Brasil, políticos e econômicos, convergem em que não há alternativa à agenda de reformas que estamos promovendo’. (grifo meu)

‘Não há alternativa’ é a famosa frase dita por Margaret Thatcher ao promover a privatização de grande parte do setor público do Reino Unido, incluindo as empresas públicas de água e saneamento. Hoje, a maioria da população do Reino Unido quer a nacionalização dos serviços privatizados na era Thatcher, principalmente os de água. As parcerias público-privadas introduzidas pelo governo Thatcher se revelaram um desastre.

O que Temer chama de ‘reformas’ são o seu programa de privatizações, complementado por medidas que procuram retirar quaisquer barreiras à expansão do capital, sejam elas leis de proteção ambiental ou de direitos de trabalhadores. Como programa político estas ‘reformas’ não tem – nem poderiam ter - nenhum apoio da população e por isso devem ser apresentadas como uma inevitabilidade histórica – ‘não há alternativas’.

Com algumas décadas de atraso, a frase de Temer revela não apenas sua filiação ao neoliberalismo da era Thatcher, mas também algo ainda mais perturbador. Por ironia, o discurso de Temer foi dito no mesmo dia em que o ex-presidente Lula foi condenado por 3 votos a 0 no TRF-4. Ao afirmar que ‘os principais atores políticos e econômicos’ no Brasil convergem em que ‘não há alternativa’ , parece que Temer já sabia que o tribunal em Porto Alegre se encarregaria de acabar com a única alternativa viável para as próximas eleições. Em seu discurso Temer foi bem claro quanto a este ponto. A frase seguinte do discurso foi:

“O espaço para uma volta atrás é virtualmente inexistente.” (Grifos meus).

É preciso ler este discurso à luz desta condenação do ex-presidente Lula para compreender a amplitude do golpe e o poder REAL por trás dele. Por ser fundamentalmente antidemocrático, o neoliberalismo só pode se manter por meio de mentiras ou de violência. O Fórum Econômico Mundial faz parte de toda uma estratégia global de construção de uma realidade virtual – uma mentira – onde o neoliberalismo é apresentado como o único modelo ‘racional’ e ‘eficiente’ de organização econômica.

Mas como em todo o mundo aumentam as contradições entre as promessas neoliberais e sua realidade, a mentira neoliberal se sustenta com cada vez mais dificuldade. É neste ponto que entra a violência, física ou simbólica, como contraparte da mentira necessária à manutenção da ideologia neoliberal. O discurso de Temer em Davos exprimiu sua completa adesão aos objetivos do neoliberalismo – o que já sabemos – porém mais ainda o discurso revelou, para alívio da elite econômica em Davos, que há no Brasil poderes organizados capazes de utilizar diversas formas de violência para sustentar o seu governo e as suas propostas, eliminando a possibilidade de qualquer alternativa.

Estranhamente, o segundo evento oficial anunciado pelo Fórum em que o presidente Temer participaria – um debate público com a participação do Prefeito de São Paulo João Dória, do Presidente do Bradesco, do CEO do Itaú-Unibanco e do CEO da Nestlé Paul Bulcke - desapareceu da agenda do Fórum.

Mas em um evento fora do programa oficial, um jantar fechado para convidados onde Temer fez a abertura do painel ‘Dando Forma à Nova Narrativa Brasileira’, o CEO da Nestlé estava entre os convidados, como informou a Folha de São Paulo.

Ao que tudo indica decidiram que o presidente Temer e o CEO da Nestlé não deveriam aparecer juntos em público. Afinal, a Nestlé é bem conhecida pelo seu apoio à privatização da água e que negociações sobre este tema já existem entre a empresa e o presidente Temer é de conhecimento público. A rejeição da maioria da população brasileira à privatização da água parece ter influído em tornar mais discreto o encontro entre Temer e o CEO da Nestlé em Davos.

A agenda de Temer em Davos, porém, revela a importância do tema água: Temer teve encontros privados com o Presidente Global da Ambev, Carlos Brito e com o CEO da Coca-Cola, James Quincey. Temer também encontrou o CEO da Dow Chemical, Andrew Liveris. A água é a principal matéria prima utilizada pela Coca-Cola e pela Ambev. E ‘por coincidência’, Andrew Liveris faz parte do ‘Governing Council’ do Water Resources Group –WRG – a iniciativa da Nestlé, Coca-Cola e Pepsi para privatizar a água através de parcerias público-privadas. No site oficial do WRG, Andrew Liveris aparece ao lado do ex-CEO da Coca-Cola Muhtar Kent - outro membro do ‘Governing Council’ do WRG.(https://www.2030wrg.org/who-we-are/governance/)

Já a Diretora de Comércio e Política de Investimentos da Dow Chemical, Lisa Schroeter, aparece como membro do ‘Steering Board’ do WRG, junto com Dominic Waughray, que é membro também do Comitê Executivo do próprio Fórum Econômico Mundial.

A Ambev é parte da AB InBev, grupo que comprou a sua grande rival SABMiller por 107 bilhões de dólares numa mega fusão que concentrou ainda mais o mercado das grandes empresas engarrafadoras de água, cerveja e refrigerantes. A SABMiller é uma das empresas fundadoras do WRG…O maior acionista individual do grupo AB InBev é o brasileiro radicado na Suíça, Jorge Paulo Lemann.

O tema água parece ter sido parte da agenda do Prefeito de São Paulo João Dória em Davos. Ele não só também teve um encontro com Carlos Brito, Presidente da Ambev, mas também com a CEO da Pepsi , Indra Nooyi, que aliás também é membro do ‘Governing Council’ do WRG.

Nestlé, Coca-Cola, Pepsi, Ambev, Dow Chemical, WRG, toda esta rede de relações em torno do Fórum Econômico Mundial, revela como o big business se organiza para promover e executar sua agenda de apropriação das riquezas do planeta.

Temer e grande parte dos que vieram com ele, como a Senadora Marta Suplicy e o Deputado Beto Mansur, ficaram hospedados do hotel ‘Park Hyatt’ em Zurique. Segundo informação do hotel, a diária da suíte presidencial – que seria a escolha lógica para a hospedagem de Temer – neste período é de 5.220,00 francos suíços, cerca de R$ 17.640,00. Ou seja, o que foi provavelmente gasto em UM DIA de hotel equivale ao que um trabalhador recebendo um salário mínimo no Brasil levaria quase um ano e meio para ganhar.

Através deste simples dado entramos no mundo da ‘Montanha Mágica’. Como podemos imaginar, este tipo de viagem comporta muitos outros gastos, como segurança, diárias com pessoal militar e diplomático, aviões, aluguel de transporte terrestre local, de salas, tradução, etc. Não creio que o Palácio do Planalto tornará público o total de pessoas e de gastos envolvidos neste passeio de Temer pela Suíça.

A concentração de riqueza e de poder político nas mãos de menos de 1% da população, o grupo representado pelo Fórum Econômico Mundial, na sua busca patológica de mais e mais lucro, só pode causar mais conflitos, destruição do tecido social e do meio ambiente. Thomas Mann já havia alertado: a ‘Montanha Mágica’ termina com a Primeira Guerra Mundial. Cabe a nós mudar este final.

* Franklin Frederick é ativista ambiental




DESPEJOS

Lisboa. 'Ocupas' já começaram a ser despejados


Grupo já informou que vai fazer tudo para recuperar o edifício
A polícia iniciou esta terça-feira o processo de desocupação de um prédio em Arroios, em Lisboa, que tinha sido ocupado em setembro por um grupo de cidadãos que protestavam contra o avanço da especulação imobiliária.
O edifício pertence à Câmara de Lisboa e estava a ser ocupado por estas pessoas, que tinham como objetivo criar um polo de “habitação de urgência” no coração da cidade, como explicaram recentemente ao i.
Entretanto, a Assembleia de Ocupação de Lisboa – AOLX usou a sua página no Facebook para revelar os últimos acontecimentos: “A polícia municipal despejou os habitantes da casa ocupada da Rua Maques da Silva 69, não dando qualquer alternativa para assegurar o direito à habitação das pessoas em causa. Perante este despejo, a assembleia de ocupação de Lisboa tem pensadas várias acções para reivindicar o direito à cidade e à habitação. Entre elas uma petição que reclama um projecto de habitação comunitário”.
Os ativistas decidiram ocupar a casa não apenas para a “retirar das malhas da especulação”, como descrevem, mas também para “fazer dela um espaço de usufruto social”, lê-se na publicação de apresentação da ocupação na rede social Facebook.
Com esta ocupação, a AOLX pretende também mostrar que “há alternativas às formas predefinidas de gestão de espaços e de comunicação”, explicou ao i Joana, estudante de Belas Artes, há cerca de duas semanas. “Em termos de questões de ocupação e resistência a problemáticas sociais, é muito fácil as pessoas sentirem-se sozinhas e não conseguirem mudar as coisas”, acrescenta.
Porém, a realidade parece estar a mudar aos poucos, com alguns exemplos de reivindicação. “Nos últimos meses temos visto que, mesmo aqui em Lisboa, como em Alfama ou na Mouraria, as pessoas, juntas, conseguem resolver os problemas”, continua. “Enquanto há espaço e vontade, as pessoas podem juntar-se para questionar e criar espaços sociais” num “sentido de comunidade”, conclui Joana.

AGROTÓXICO MATA!

Dados da Fiocruz e do Ministério da Saúde revelam no país o aumento do número de suicídios e de intoxicações ligadas a esses produtos, informa O Globo.  De 2007 a 2017, os casos de intoxicação cresceram de 2.093 para 4.004, enquanto as tentativas de suicídios subiram de 730 para 1.449 no mesmo período.


ARTISTAS CONTRA ACM NETO

Bahia Notícias

Artistas nacionais se manifestam para que ACM Neto pague direitos autorais em Salvador

por Jamile Amine

Artistas nacionais se manifestam para que ACM Neto pague direitos autorais em Salvador

A eterna bronca de Manno Góes com a gestão municipal por causa do não pagamento de direitos autorais aos artistas que se apresentam na capital baiana (clique aqui e saiba mais) agora ganhou contornos nacionais e militantes de peso. 
É que a campanha pelo pagamento dos direitos ao Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) foi abraçada por nomes como Marisa Monte, Marina Lima, Caetano Veloso, Paula Lavigne, Djavan, Xande de Pilares, Mart'nália, Lan Lan, Mauricio Mattar, Paula Burlamaqui, Diogo Nogueira, Leo Gandelman, Mosquito, Flávio Renegado e Nando Reis.
 “Carnaval é alegria, é dança, é música. Música. Imagina um carnaval sem música. Quando não se paga direitos autorais só quem dança é o autor. A prefeitura de Salvador não paga direitos autorais, você concorda com isso?”, este é o texto que está rodando a internet em um vídeo promocional do manifesto. 
“Salvador foi eleita a ‘cidade da música’ pela Unesco e é a capital brasileira que mais promove festas e eventos ao longo do ano. Porém, a prefeitura da cidade é desrespeitosa e prejudicial com os autores, pois os direitos autorais de eventos públicos, como o Carnaval e o Réveillon, não são pagos devidamente”, diz parte do texto replicado pelos artistas e compartilhado amplamente nas redes socais, segundo o qual o débito da prefeitura há dois anos já somava cerca de R$ 30 milhões. 
“Em 2014, foi proposto que a prefeitura pagasse R$ 8 milhões, mas a proposta foi recusada pelo prefeito ACM Neto”, destacam nominalmente o gestor municipal. 
“O Ecad já moveu inúmeras ações e continua acionando a cidade e tentando um diálogo. Porém, a prefeitura não se dispõe a negociar. Precisamos nos mobilizar para enfrentar esse absurdo”, convoca o manifesto. 

UM CARNAVAL SEM MÚSICA