domingo, 6 de outubro de 2019

TEM CENSURA NA CAIXA FEDERAL

[Metro 1]

Caixa cria sistema de censura prévia a projetos de seus centros culturais, diz jornal

Reportagem da Folha indica que as regras implementadas neste ano impõem a análise de detalhes do posicionamento político dos artistas e pontos polêmicos sobre as obras, antes do aval para entrar em cartaz


[Caixa cria sistema de censura prévia a projetos de seus centros culturais, diz jornal]

A Caixa Econômica Federal criou um sistema de censura prévia a projetos culturais realizados em seus espaços, em todo o país. As novas regras implementadas neste ano, sob o governo de Jair Bolsonaro, exigem que detalhes do posicionamento político dos artistas, o comportamento deles nas redes sociais e outros pontos polêmicos sobre as obras constem de relatórios internos avaliados pela estatal, antes que peças de teatro, ciclos de debates e exposições já aprovados em seus editais tenham aval para entrar em cartaz. A informação é da Folha de S. Paulo.
Funcionários da Caixa Cultural de diferentes estados relataram ao jornal que essas novas etapas no processo de seleção de projetos patrocinados pelo banco permitem uma perseguição aberta a determinadas obras e autores. Embora os relatórios já fossem uma prática de anos anteriores, agora constam neles os tópicos “possíveis pontos de polêmica de imagem para a Caixa” e histórico do artista e do produtor "nas redes sociais e na internet". Procurada, a Caixa diz não haver restrições a temas.
O documento obtido pela Folha mostra que, no campo sobre polêmicas, devem ser levantados “possíveis riscos de atuação contra as regras dos espaços culturais, manifestações contra a Caixa e contra governo e quaisquer outros pontos que podem impactar”. Na ficha a ser preenchida também há campos chamados “histórico do artista nas redes sociais e na internet e participação em outros projetos” e "histórico do produtor nas redes sociais e na internet". Funcionários da empresa relatam que os tópicos não existiam em anos anteriores. 
Os relatórios são analisados pela superintendência da empresa em Brasília e pela Secretaria de Comunicação (Secom) do Governo Federal.

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