domingo, 28 de fevereiro de 2021

O BAIRRO DE UMA RUA SÓ

 

Estado da rua Direita de Santo Antônio (Centro histórico de Salvador) 
no dia 28 de fevereiro de 2021, após mais de UM ANO de obras.

Bem.... Estou apenas exagerando, pois além da Rua Direita de Santo Antônio, também tem a Ladeira do Boqueirão. Aos olhos do IPHAN, do IPAC e da CONDER, o resto não conta. As ruas dos Ossos, dos Carvões, dos Perdões, dos Marchantes ostentam nomenclaturas poéticas, mas são ignoradas até pela Embasa que levou nove meses para fechar um esgoto estourado na esquina de duas destas vias. Nove meses!

E a Coelba? Um belo dia de fevereiro chega meia dúzia de operários na Cruz do Pascoal e trocam as lâmpadas dos postes por LED. Sendo que até o Largo de Santo Antônio são 23 postes e que é preciso no mínimo 15 minutos por cada troca, pela lógica ficaram na rua durante umas 6 horas. E durante estas 6 horas não teve um só fiscal da Conder para perguntar o porquê desta troca se os postes iam ser retirados em breve (sic)? A Conder faz uma obra deste porte, por mais de um ano e não informa as estatais e a prefeitura? Quanto trabalho inútil e gasto mais inútil ainda! Tudo pago por nós, os habituais contribuintes otários.

O fato de um grupúsculo de colunáveis ter comprado casas na área despertou o zelo desafinado das estatais sob a fiscalização entediada e aleatória do IPHAN. Uma nova abordagem desta parte do centro histórico da primeira capital do Brasil merecia amplo e irrestrito debate tanto da comunidade do bairro como das instituições acadêmicas. Infelizmente a indiferença geral demostra a pouca importância que a cultura e a memória têm na nossa sociedade.

O bairro de Santo Antônio precisa mais que um passeio novo e iluminação a maneira de Ouro Preto. Como não temos agência bancária, somos obrigados a ir até o Pelourinho, o Comércio ou o Campo da Pólvora. Agência de correios? Só na Calçada ou no Corredor da Vitória. Nem farmácia temos. Imaginar um posto policial é louco delírio. Quanto ao problema do estacionamento, as ditas estatais bem que poderiam ter elaborado alguma solução já que é proibido abrir garagem nas fachadas. Por enquanto quem tem carro fica a mercês da boa vontade do larápio.

O IPHAN que não autoriza placas de energia solar nos telhados “porque podem ser vistas do avião” – tente não dar risada - o que não deixa de ser altamente irônico numa cidade com tantas favelas, se mostra totalmente omisso frente a geração espontânea de puxadinhos, antenas parabólicas e caixas d´água. E nem vamos falar de esquadrilhas de alumínio e alterações agressivas de fachadas.

A cereja do bolo – o leitor já está convidado a festa de aniversário – é a famigerada obra da Conder/Pejota que inferniza o bairro desde antes do carnaval do ano passado sem data para terminar. É um flagrante diário de incompetência, falta de programação e amadorismo. Que me perdoa o arquiteto da Conder que respondeu a minhas perguntas com uma arrogância juvenil: “a despeito das reiteradas tentativas de desmerecer o trabalho em execução sem respaldo técnico”. Talvez eu não domine o arquitetoguês, mas de centro histórico entendo com certeza tanto quanto ele. De Alepo a Provins e Salzburgo, de Puebla a Ayacucho e Potosi, e de Marrakesh a Palermo e Granada, passei setenta anos de minha vida visitando demoradamente centros históricos. Sem falar de sítios também tombados pela Unesco.

Mais uma vez, reitero a pergunta: O que a Conder, sem o mínimo conhecimento da problemática de restauração e preservação, continua fazendo - e isso desde 1991! - no centro histórico de Salvador?

sábado, 27 de fevereiro de 2021

HISTÓRIA DA CALÇADA PORTUGUESA

 

A história da calçada portuguesa e dos calceteiros em Lisboa

BY VALTER LEANDRO



É seguro afirmar que já todos pisámos a nossa amada – e por tantos odiada – calçada portuguesa, certo? Vamos descobrir as suas origens!


Foi no século XV que surgiram os primeiros pavimentos calcetados em Portugal e no mundo, em lugares como Brasil, Cabo Verde, Timor, entre outros.

A explicação para o surgimento, cremos que hoje em dia podemos considerá-la como arte, é muito simples e tinha apenas a ver com prática e conveniência.

Como os navios partiam sempre vazios para os seus destinos, no sentido de regressarem ao país carregados de bens e mercadorias, necessitavam de aumentar a sua carga para garantir a sua estabilidade de navegação, o que em gíria marítima se chama de lastro. Ora, a solução foi carregar estas embarcações com pedra portuguesa.

Uma vez nos países de destino, foram os jesuítas e os militares que tiveram a ideia de as aplicar nas vias por onde passavam. Este foi o primeiro passo daquilo a que, só no século XIX, se viria a chamar de calçada portuguesa, desta vez em solo português.

O revestimento de passeios, praças, pracetas e até a utilização destas pedras calcárias, claras e escuras, em obras de arte, colocadas de forma a criar desenhos, padrões, e muitas vezes de forma desordenada, são hoje uma das imagens de marca do nosso país.


Lisboa, ano de 1842

Lisboa, como capital do país, sempre foi uma das cidades, dentro e fora de Portugal, mais abonadas com este tipo de pavimentos. São inúmeros os locais na cidade onde podes apreciar esta arte, muitos deles com alto detalhe, outros apenas como forma de manter o que já existia, e que nem sempre respeitava as linhas e padrões de excelência dos grandes mestres calceteiros.

Os primeiros calceteiros conhecidos foram um grupo de presidiários, na altura chamados de “grilhetas”, que em 1842 criaram a primeira calçada de calcário dentro do Castelo de São Jorge, que na altura servia de prisão.



Para espanto de todos, o desenho desencontrado e ziguezagueante agradou e rapidamente foram disponibilizadas verbas ao Governador de Armas do castelo, Eusébio Furtado, para que os seus presidiários pavimentassem a Praça do Rossio, na altura com uma extensão de 8.712m2.

A obra de grande envergadura, conhecida como Mar Largo, só terminou em 1848, com desenhos a prestar homenagem aos Descobrimentos portugueses, com motivos tão díspares como caravelas, rosas-dos-ventos, conchas, peixes, estrelas e, claro, as mais conhecidas ondas do mar, entre outros, que hoje em dia podemos ver um pouco por todo o mundo: Brasil (Copacabana é o maior exemplo), Macau, Angola, Moçambique, Índia ou até, mais recentemente, Espanha e Estados Unidos da América.



Os calceteiros, uma profissão em risco de desaparecer

Os calceteiros, que de picareta na mão colocam pedra sobre pedra até formarem os desenhos que hoje admiramos, são os verdadeiros mestres de uma arte que é uma das referências da nossa portugalidade.

E esta é uma profissão em risco de desaparecer. São muito poucos aqueles que ainda se dedicam a este tipo de trabalhos de forma exclusiva, que fazem assentar na terra cada uma das pedras que no final darão lugar a algo quase sempre majestoso.

Em tempos foi uma profissão com muita reputação, chegando a empregar mais de 400 calceteiros. Foi até criada uma escola na cidade de Lisboa para formação nesta área.

Hoje, a maior homenagem a esta “espécie de artesanato” pode ser vista na Praça dos Restauradores desde 2017, tendo sido inaugurada na Rua da Vitória, em 2006.




A CAPELA SIXTINA DA AMAZÔNIA

Apesar da degradação da natureza provocada pelo ser humano nos últimos tempos, ainda restam no planeta santuários completamente conservados. Pesquisadores da Universidade de Exeter, do Reino Unido, encontraram uma caverna repleta de pinturas antigas no coração da floresta amazônica. 


A descoberta já é considerada um dos marcos arqueológicos mais relevantes do ano. Apelidada de “Capela Sistina dos Antigos”, o achado indica que os primeiros habitantes dessas florestas coexistiram com a megafauna característica da Era do Gelo, milhares de anos atrás. Impressionante por sua exuberância, o sítio arqueológico está localizado no Parque Nacional Chiribiquete, região sul da floresta amazônica, na Colômbia. 

Ao todo, o paredão tem cerca de 13 quilômetros decorados com gravuras rupestres praticamente intactas. Estima-se que as primeiras marcações nas rochas foram feitas entre 12,6 e 11,8 mil anos atrás. Nas análises preliminares, especialistas identificaram desenhos de paisagens e outros elementos da natureza, além de figuras humanas. 

A reconstrução do período foi baseada nas gravuras de peixes, pássaros e mamíferos que habitavam a região durante a Era do Gelo, como mastodontes, preguiças-gigantes e campilídios.


CARTA ABERTA AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

 O ex-ministro da Defesa e ex-parlamentar Raul Jungmann encaminhou, no domingo, 21fev2021, carta aberta aos 11 ministros do STF em que apela para o exame da estupenda abertura do comércio de armas no Brasil.

Em 23 de outubro de 2005, a população brasileira foi convocada para o referendo ao Artigo 35 do Estatuto do Desarmamento e 63 por cento da população votou a favor da permanência do comércio de armas dentro do espírito que predominou na campanha em favor do estabelecido na lei.

Votei contra o comércio e jamais imaginei que o povo brasileiro pudesse se afastar tanto dos propósitos que o moveu às urnas há quase 16 anos.
Endosso, pois, a carta do brasileiro Jungmann.
“Carta aberta ao Supremo Tribunal Federal
Sr. Presidente e Srs. Ministros do Supremo Tribunal Federal,
Srs. Ministros,
Dirijo-me a essa egrégia Corte na dupla condição de ex-ministro da Defesa Nacional e da Segurança Pública, com o objetivo de alertar para a gravidade do nefasto processo de armamento da população, em curso no Brasil.
É iminente o risco de gravíssima lesão ao sistema democrático em nosso país com a liberação, pela Presidência da República, do acesso massificado dos cidadãos a armas de fogo, inclusive as de uso restrito, para fins de "assegurar a defesa da liberdade dos brasileiros" (sic), sobre a qual inexistem quaisquer ameaças, reais ou imaginárias.
O tema do armamento dos cidadãos, até aqui, foi um assunto limitado à esfera da segurança pública em debate que se dava entre os que defendiam seus benefícios para a segurança pessoal e os que, como nós, e com base em ampla literatura técnica, afirmávamos o contrário - seus malefícios e riscos às vidas de todos.
Ao transpor o tema da segurança pública para a política, o Executivo incide em erro ameaçador, com efeitos sobre a paz e a integridade da Nação, pelos motivos a seguir. Em primeiro lugar, viola um dos principais fundamentos do Estado, qualquer Estado, que é o de deter o monopólio da violência legal em todo o território sobre a sua tutela, alicerce da ordem pública e jurídica e da soberania do país.
Em segundo lugar, pelo fato de que as Forças Armadas são a última ratio sobre a qual repousa a integridade do Estado nacional. O armamento da população proposto - e já em andamento -, atenta frontalmente contra o seu papel constitucional, e é incontornável que façamos a defesa das nossas FFAA. Em terceiro, é inafastável a constatação de que o armamento da cidadania para "a defesa da liberdade" evoca o terrível flagelo da guerra civil, e do massacre de brasileiros por brasileiros, pois não se vislumbra outra motivação ou propósito para tão nefasto projeto.
Ao longo da história, o armamento da população serviu a interesses de ditaduras, golpes de estado, massacre e eliminação de raças e etnias, separatismos, genocídios e de ovo da serpente do fascismo italiano e do nazismo alemão.
No plano da segurança pública, mais armas invariavelmente movem para cima as estatísticas de homicídios, feminicídios, sequestros, impulsionam o crime organizado e as milícias, estando sempre associadas ao tráfico de drogas.
Por essas razões, Estados democráticos aprovam regulamentos rígidos para a sua concessão aos cidadãos, seja para a posse e, mais ainda, para o porte. Dramaticamente, Srs. Ministros, estamos indo em sentido contrário à vida, bem maior tutelado pela lei e nossa Constituição, da qual sois os guardiães derradeiros.
Em 2018, pela primeira vez em muitos anos, revertemos a curva das mortes violentas, por meio de um amplo esforço que culminou com a lei do SUSP - Sistema Único de Segurança Pública -, que permanece inexplicavelmente inoperante. Hoje, lamentavelmente, as mortes violentas voltaram a subir em no corrente ano e no ano anterior, enquanto explodem os registros de novas armas em mãos do público: 90% a mais em 2020, relativamente a 2019, o maior crescimento de toda série histórica, segundo dados da Polícia Federal.
Com 11 milhões de jovens fora da escola e do trabalho, os "sem-sem", vulneráveis à cooptação pelo crime organizado, a terceira população carcerária do planeta - 862.000 apenados, segundo o CNJ, e um sistema prisional controlado por facções criminosas, polícias carentes de recursos, de meios e de ampla reforma, mais armas em nada resolvem o nosso problema de violência endêmica - antes a agravam e nos tornam a todos reféns.
Está, portanto, em vossas mãos, em grande parte, impedir que o pior nos aconteça. Por isso apelamos para a urgente intervenção desta egrégia Corte, visando conjurar a ameaça que paira sobre a Nação, a Democracia, a paz e a vida.
Lembremo-nos dos recentes fatos ocorridos nos EUA, quando a sede do Capitólio, o congresso nacional americano, foi violada por vândalos da democracia. Nossas eleições estão aí, em 2022. E pouco tempo nos resta para conjurar o inominável presságio.
Respeitosamente,
Raul Jungmann”

O TALIBÃ NOSSO

 


Em 2001 o Talibã destruiu as maiores estátuas de Buda do mundo, no Afeganistão. Não foi uma ação isolada. A partir dali inúmeras estátuas, artefatos e sítios arqueológicos viraram alvos dos extremistas. Em 2015 invadiram Mossul, no Iraque, e destruíram não só estátuas milenares, mas também cerca de 8.000 livros e manuscritos raros. O mundo civilizado assistiu, aterrorizado e atônito, estes atos de extremismo religioso.

Hoje, vi imagens do presidente brasileiro chegando no Ceará e provocando aglomerações. Em um discurso, voltou a criticar o isolamento e o uso de máscaras, ele mesmo sem usar uma, como sempre faz. Ao ver imagens de apoiadores aglomerados ao redor dele, também sem usar máscaras, me lembrei do recente almoço numa churrascaria onde ele mandou os jornalistas enfiarem latas de leite condensado no rabo, e foi aplaudido por pessoas que riram ao ouvir tal frase.
O bolsonarismo deixou de ser uma vertente política que prometia moralizar o país, combater a corrupção e acabar com a "velha política". Virou um movimento extremista que transpôs os limites da política e do bom senso. O líder e seus seguidores atacam a democracia e suas instituições, promovem discursos de ódio, adotam a grosseria e a truculência como padrões aceitáveis de comportamento. Exaltam a ditadura, a tortura não é considerada inaceitável, e montam esquemas estruturados de disseminação de fake news financiados tanto com recursos públicos quanto privados, oriundos de empresas que também patrocinam manifestações anti-democráticas. O Brasil vê, à frente de sua gestão federal, não um partido com programas, plataforma, projetos e políticas públicas que atendam aos anseios da população. Temos um político sem partido, sem competências e sem escrúpulos, que não sabe o que é administrar. Ele manda, ele "tem a caneta", como costuma dizer. Quando lhe falta sustentação política, ele compra apoio. Vem militarizando todas as áreas do governo, em detrimento da eficiência. Lançou o país em crises que se sobrepõem umas às outras. Crise política, econômica, ambiental, diplomática e a maior de todas: crise na gestão da saúde pública durante uma pandemia de efeitos devastadores.
O bolsonarismo vai se consolidando como a versão brasileira do estado islâmico. Extremista, violento, destruidor, militarizado, desumano e irracional. Com todo o respeito aos demais países e suas culturas, não somos o Iraque, não somos o Afeganistão. E, infelizmente, não estamos sendo um Brasil do qual possamos nos orgulhar.
MÁRCIO CARNEIRO

PERGUNTAR NÃO OFENDE

 




sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

DOM PEDRO II E SISSI

 


Na viagem do Imperador brasileiro à Europa, em 1871, ele conheceu Sissi, a Imperatriz consorte da Áustria, Rainha consorte da Hungria e Boemia, duquesa da Baviera, resumidamente, a Imperatriz do Império Austro-húngaro.

O encontro de Pedro II com Sissi ocorreu em Paris, informalmente, devido a uma situação meramente ocasional que os colocou no mesmo lugar.
Era temporada de compras em Paris, Sissi encontrava-se com suas damas de companhia fazendo suas comprinhas até que, num desses intervalos entre uma loja e outra, Sissi entrou em um café para descansar.
O dono do estabelecimento reconhecendo que a dama se tratava da Imperatriz da Áustria, imediatamente fechou as portas e resolveu expulsar todos os clientes, para deixar Sissi mais à vontade possível.
Ocorre que um desses clientes expulsos era ninguém menos que Dom Pedro II do Brasil.
Ouviu-se muitos gritos dos próprios funcionários do café avisando ao dono do empreendimento:
"Esse não pode expulsar!!! É Vossa Majestade Dom Pedro II, Imperador do Brasil!!!"
O circo estava formado.
A confusão chamou a atenção de Sissi, que já percebia o dono do estabelecimento pedindo perdão literalmente de joelhos chorando à Pedro II.
Sissi acabou chamando Pedro II para compartilhar a mesa, e lhe confessar que tinha coleções de joias e artesanatos brasileiros.
"Vossa majestade, possuo um viveiro na Boêmia com vários pássaros do Brasil, são os mais bonitos e exuberantes!"
Pedro II não foi muito caloroso como era de sua costumeira personalidade, pois, ele havia sido informado sobre a fama de Sissi, de ser extremamente arrogante e com humor ácido.
E, mesmo assim, os dois ficaram cerca de duas horas conversando. Embora não tivesse sido uma conversa de rico conteúdo, foi o suficiente para Pedro II perceber que a fama de Sissi, dita arrogante, era exagerada. Mas fútil sim, ela era em demasia.
Diário de Pedro II:
"Hoje conheci a famosa imperatriz da Áustria, em um café perto do hotel pelo simples acaso. Não tenho muito o que escrever sobre ela, mas sua beleza física realmente era notável e o luxo quase circense que a envolvia também. Conversamos sobre o Brasil, a natureza, cavalos, aves e convites mútuos de ela ir ao Brasil e eu ir a Viena para um baile. Ela tem uma aparência de uma princesa de contos de fadas e seus gestos eram meticulosamente calculados. Uma imperatriz esteticamente perfeita para os livros de fantasia, porém, sem muita cultura ou interesse por assuntos com conteúdo mais vastos, era claramente polida e educada, pois menos do que esperado devido sua posição tão grandiosa que ocupa. Uma imperatriz linda e luxuosa de um império lindo e luxuoso. Tocamos no assunto de nosso parentesco devido minha augusta mamãe Leopoldina ter sido Arquiduquesa da Áustria, mas o espelho que uma das damas de companhia segurava milimetricamente posicionado ao rosto da imperatriz chamava mais sua atenção do que qualquer outro assunto"
“Lembrei-me de minha augusta esposa Imperatriz também no vasto Império do Brasil e como a conheço com seu humor napolitano estaria a segurar os risos em certos momentos da conversa” “Minha Teresa é Imperatriz como “Sissi”, mas conversa por horas com qualquer intelectual como ninguém! “Teresa tem vertiginosa preguiça para assuntos como joias, roupas, maquiagens e Vossa Majestade acha disto um grande afrodisíaco em nossa longa união”
"Diário de Pedro II", disponível na Biblioteca Nacional RJ e no prédio anexo do acervo particular do Museu Imperial de Petrópolis RJ.
© EQUIPE PEDRO II DO BRASIL
Copyright © 2012 2021

O PARECER DO MINISTÉRIO PÚBLICO


ESTE É O ESTADO DA OBRA DA CONDER/PEJOTA NO DIA 26 DE FEVEREIRO.

MAS ACABO DE RECEBER O PARECER DO MINISTÉRIO PÚBLICO APÓS MINHA DENÛNCIA.

A INFORMAÇÃO É QUE A OBRA TERMINA NO DIA 28 DE FEVEREIRO DE 2021!

CONVIDEI A DRA PROMOTORA DE JUSTIÇA EM VIR VERIFICAR O ENCERRAMENTO DA OBRA NO DIA 28 DE FEVEIRO DE 2021.

QUER COMPRAR UM PEDAÇO DA AMAZÔNIA?

Documentário: BBC revela venda ilegal de terras na Amazônia pelo Facebook


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

MORTE E VIDA SEVERINA


COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO
A proposta é interessante. Gostei do grafismo em P/B.
Infelizmente, o som - como tantas vezes no cinema nacional - deixa a desejar...
A obra magistral do João Cabral de Melo Neto merecia a perfeição.


Aproveitem para assistir o excelente filme original


O GENOCIDA

 Eventos com Bolsonaro têm aglomeração no dia que país atinge 250 mil mortos


No dia em que o Brasil atingiu a marca de 250 mil mortos em decorrência da covid-19, eventos oficiais que contaram com a participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em Rio Branco (AC) e em Brasília (DF), promoveram aglomeração e muitos dos convidados sequer utilizavam máscara de proteção facial. Bolsonaro esteve no Acre para sobrevoar áreas atingidas pelas enchentes e entregar vacinas contra o coronavírus. O estado está com situação de emergência e calamidade pública decretada. Segundo o Ministério da Saúde, seriam entregues quase 22 mil doses de vacinas contra a covid-19

Já em Brasília, Bolsonaro deu posse a dois novos ministros no final da tarde desta quarta-feira (24), em solenidade no Palácio do Planalto. João Roma assumiu o Ministério da Cidadania e Onyx Lorenzoni é o novo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência. O evento contou com a presença de diversos ministros e autoridades. Novamente, boa parte deles não usava a máscara —inclusive os seguranças do chefe do Executivo— e promovendo a aglomeração

Desde as 20h de ontem, o país computou 1.390 novas mortes causadas pela doença, de acordo com boletim extra divulgado nesta tarde pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, baseado em dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde. O total de vítimas até as 18h18 é de 250.036. Segundo a Universidade Johns Hopkins, referência mundial nos estudos sobre a covid-19, o Brasil é o segundo país com mais mortes pela doença no mundo. Estamos apenas atrás dos Estados Unidos, com 503.529 óbitos de acordo com números divulgados pela instituição na tarde de hoje. 

O Brasil vive atualmente o seu pior momento na pandemia, com alta contaminação. 

Em reação à marca de 250 mil mortes, atingida na noite de hoje, políticos criticaram a atuação do presidente Jair Bolsonaro ao longo da pandemia. "Negligência", "descaso" e "genocida" foram alguns dos termos utilizados para se direcionar ao chefe do Executivo. "Provas repetidas da conduta genocida deste irresponsável e incompetente! O exemplo, para o mal e para o bem, vem de cima. Hoje o Brasil atingiu 250 mil mortes por coronavírus... O segundo país em número absoluto de mortes do mundo", escreveu Ciro Gomes, nas redes sociais. Ele foi adversário de Bolsonaro nas eleições em 2018

QUATRO PEDRAS, UMA CASA

Esta é a casa mais procurada de Portugal!!


A casa do Penedo localiza-se perto de Fafe.
O seu nome deve-se ao facto de ter sido construída entre quatro rochas de grandes dimensões que integram a própria estrutura da casa.

domingo, 21 de fevereiro de 2021

FLORESTAS FRANCESAS

             VOCÊ SABIA QUE 31% DO TERRITÓRIO FRANCÊS É                                                             OCUPADO POR FLORESTAS?
E QUE A CADA ANO A SUPERFICIE AUMENTA?





A FAUNA DAS FLORESTAS FRANCESAS

sábado, 20 de fevereiro de 2021

DEMOCRACIA: PERIGO A VISTA!

 

Câmara prepara mudança na Constituição contra o avanço do Judiciário


Por Caio Junqueira, CNN



 Após a manutenção da prisão do deputado Daniel Silveira, a Câmara dos Deputados já elabora uma proposta de emenda constitucional para alterar o artigo 53 da Constituição Federal e restringir a atuação do Judiciário em casos envolvendo parlamentares. 

Uma minuta deverá ser finalizada por um grupo de parlamentares escolhidos por Lira até segunda-feira e a ideia dele é votar o texto já na quarta-feira. O grupo já iniciou as conversas na manhã deste sábado (20). 

As principais medidas que estão sendo debatidas são

1) proibir que parlamentares sejam presos ou alvo de medidas cautelares por decisões monocráticas de juízes; 

2) que audiências de custódia envolvendo parlamentares ocorram dentro do Congresso Nacional; 

3) regular buscas e apreensões contra parlamentares; 

4) impedir que vídeos sejam considerados crimes continuados e alvo de prisão em flagrante. Parte das medidas poderão ser incluídas em um projeto de lei ordinário também e até mesmo no regimento interno da Câmara. 

Os parlamentares escolhidos por Lira trabalham em dois eixos principais: 

1) imunidades e prerrogativas e 

2) garantias processuais. 

A ideia central é como proteger as imunidade parlamentares e ao mesmo tempo punir os eventuais excessos de parlamentares e permitir que o sistema de justiça aja quando um parlamentar for investigado. 

No entanto, há também um claro sentimento de que é preciso evitar medidas como a tomada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes na prisão de Daniel Silveira. O grupo fala também na necessidade de considerar o eventual descumprimento das novas regras na Lei de Abuso de Autoridade, de forma a punir magistrados que as descumprirem.

O MILAGRE DO LAGO

JOVEM CIENTISTA RECUPERA DA POLUIÇÃO UM LAGO INTEIRO COM DEDICAÇÃO, CONHECIMENTO E TECNOLOGIA

Esta é a história de Marino, um jovem cientista nascido no Peru que mudou-se para o Japão, lugar onde gostaria de estudar. Durante toda a sua infância, Marino frequentava um lago em sua cidade natal chamado “El Cascajo”, um lugar de diversão para todos.


Depois de 20 anos morando no Japão, seu Pai contou em um telefonema, que o lago estava completamente poluído e seria tapado definitivamente, dando fim a uma das melhores lembranças de sua terra natal. Marino perguntou ao Pai o motivo desta ação, que prontamente lhe contou que o lago estava completamente tomado pela poluição. Ele não acreditou que aquele lindo lago, presente em suas melhores memórias, estava com o fim decretado, e resolveu tomar uma atitude.


NA FOTO, O LAGO EL CASCAJO TOMADO POR VEGETAÇÃO, ALGAS E LIXO

Marino então tirou férias e voltou ao Peru, para avaliar o nível dos estragos causados pela poluição desenfreada ao longo dos anos. Para a surpresa de Marino, o lago estava irreconhecível, tomado por lixo, algas e nem de longe parecia com aquele lindo lago de outrora. Foi aí que ele decidiu tomar uma atitude e transformar esta situação em uma missão de vida. Pediu ajuda as autoridades, e sem nenhuma resposta positiva, resolveu mudar a situação com suas próprias mãos.


Ele juntou suas economias, fez empréstimos e iniciou a grande missão da sua vida, mudar a situação do lago. A primeira etapa consistiu em limpar a vegetação e o lixo presente. Como o lago é muito grande, ele dividiu o espaço em 8 partes e limpou todas elas, uma por uma. Ele iniciou o trabalho de forma manual, sozinho, durante todo o dia. Aos poucos, curiosos tentavam descobrir o que estava sendo feito, e Marino explicou seu projeto a todos que perguntavam. Para a surpresa, em um dia pela manhã, diversos voluntários estavam no local de trabalho, prontos para ajudar a reverter a situação do lago e trazer esperança ao local.

A segunda etapa do projeto, consistiu em um processo chamado “Borbulhagem Micro Nano” utilizando um produto 100% orgânico, criado por Marino e sem componentes químicos, que floculavam as partículas de sujeira e as faziam “boiar” na superfície da água. Foram produzidas toneladas deste produto para cobrir todo o lago e gerar os resultados esperados.

Após este processo, era necessário filtrar este material da superfície, e para este projeto, Marino desenvolveu um filtro sustentável de argila, que mostrou alta eficiência ao propósito.

NA FOTO, A ÁGUA DO LAGO ANTES E DEPOIS DA APLICAÇÃO DO COMPOSTO ORGÂNICO CRIADO POR MARINO.

Com amor e muito trabalho, a comunidade viu a transformação do lago diante dos seus olhos, e Marino viu novamente a beleza do lago que o fez tão feliz na infância. O processo foi um sucesso e serve de referência para o processo de reversão da poluição em lagos do mundo inteiro, formando até mesmo uma lista de espera na agenda de Marino, que resolveu estender esta missão ao mundo inteiro.

Nos dias de hoje, o lago El Cascajo é cheio de vida, as aves e peixes voltaram a prosperar, pessoas voltaram a banhar-se em suas águas, e a vida tomou conta deste belo lugar outrora esquecido.

NA FOTO O LAGO EL CASCAJO ATUALMENTE




QUALQUER SEMELHANÇA É MERA COINCIDÊNCIA




A história dessa obra inédita expõe uma fratura na relação entre Portinari e Capanema. O painel tem desenhos de peixes estilizados que, conforme se percebeu na época, imitam o rosto do ministro de perfil. Portinari recriou nas figuras marinhas a testa proeminente e a boca rasgada de Capanema. Quando o painel já estava sendo instalado, surgiram notas maldosas na imprensa falando da “homenagem”. Capanema mandou retirar os azulejos da parede e substituir o desenho por outro em forma de estrelas-do-mar. Não ficou esclarecido se Portinari teve a intenção de fazer uma caricatura do ministro ou se a semelhança foi fortuita. Mas a obra acabou guardada e só foi redescoberta durante uma pesquisa em 1984. Desde então, o Iphan estuda o que fazer com ela.
Gustavo Capanema quis construir uma sede para o Ministério da Educação que fosse uma marca pessoal de sua gestão, que durou de 1934 a 1945 – a mais longa entre todos os ministros da Educação que o país já teve. Por isso, interferiu em cada detalhe da obra, a começar pelo projeto arquitetônico. Capanema descartou a planta escolhida em concurso público e convidou Lúcio Costa e Oscar Niemeyer para fazer novo desenho, a partir das linhas modernas do francês Le Corbusier. Chamou Portinari para pintar os maiores murais já feitos no Brasil. A iniciativa o comparava ao ministro mexicano José de Vasconcellos, que duas décadas antes convidara o pintor Diego Rivera para conceber os murais no prédio da Secretaria de Educação, na Cidade do México. O edifício de Capanema virou exemplo da pujança da nova arquitetura brasileira.
Portinari também estava no auge, e as relações com Capanema eram amistosas. Mas começaram a se desgastar por causa da excessiva intervenção de Capanema. A documentação do período mostra quanto ele impunha seu gosto pessoal em cada detalhe.
Em dezembro de 1943, Portinari desabafou em carta a Mário de Andrade: “Estou ansioso para acabar os trabalhos que faltam no Ministério – foi um trabalho que não me satisfez em nenhum sentido. Mesmo que tivesse feito grátis, mas realizado sem tanta intervenção, teria valido a pena”. Além das pinturas e dos murais internos, os enormes painéis de azulejo que recobrem a parte externa do prédio também foram confiados a Portinari. Le Corbusier defendia esse tipo de revestimento na fachada, em vez do mármore importado, porque isso valorizava materiais locais e remetia aos azulejos das igrejas coloniais do Rio de Janeiro, arquitetura cara aos modernistas. Capanema concordou que os painéis deveriam ser ornamentados com motivos marinhos, como estrelas-do-mar, conchas, peixes e moluscos, pelo fato de o edifício encontrar-se na época de frente para o mar. A área depois foi aterrada.
Para a confecção desses painéis, Portinari fazia desenhos em cartões, que eram aprovados por Capanema e depois enviados a São Paulo, onde o artista Paulo Rossi Osir produzia os azulejos. Os desenhos deveriam ser estampados nas cores azul e branca como os azulejos da igreja do Outeiro da Glória. O trabalho era tão minucioso que Paulo Osir passou meses fazendo experiências para chegar ao mesmo tom de azul dos painéis da igreja. Usou um óxido de cobalto que no século XVIII os portugueses importavam de Angola.
O desenho dos peixes foi inicialmente aprovado por Capanema, sem que o ministro percebesse semelhanças com sua fisionomia. O painel ficou pronto e estava sendo instalado, quando ele mandou arrancar as peças que já estavam na parede. Alegava que, em tamanho grande, seu resultado estético não foi “satisfatório”. Num edifício tão personalista como o que o ministro estava construindo, uma parede coberta por figuras que se pareciam com ele soaria anedótico. Capanema, político experiente, evitou a tragédia.
Em 1984, técnicos do Iphan fizeram um inventário nos depósitos do edifício e encontraram azulejos que não pertenciam a nenhum painel instalado. Eram 1.600 peças com desenhos de peixes. Alguns deles tinham vestígios de massa, indicando que já haviam sido assentados. Pesquisando a origem do material, eles encontraram documentação sobre o incidente. Os técnicos remontaram o painel – que deveria ter 72 metros quadrados – no pátio do ministério. Verificou-se que era uma obra inédita, com alguns azulejos quebrados e outros faltando. Em seguida ele foi desmontado e as peças guardadas em 29 caixas no depósito.

LA VIE EN ROSE




 Des yeux qui font baisser les miens

Un rire qui se perd sur sa bouche
Voilà le portrait sans retouches
De l'homme auquel j'appartiens
Quand il me prend dans ses bras
Il me parle tout bas
Je vois la vie en rose
Il me dit des mots d'amour
Des mots de tous les jours
Et ça me fait quelque chose
Il est entré dans mon cœur
Une part de bonheur
Dont je connais la cause
C'est lui pour moi, moi pour lui dans la vie
Il me l'a dit, l'a juré pour la vie
Et dès que je l'aperçois
Alors je sens en moi
Mon cœur qui bat
Des nuits d'amour à plus finir
Un grand bonheur qui prend sa place
Des ennuis, des chagrins s'effacent
Heureux, heureux à en mourir
Quand il me prend dans ses bras
Il me parle tout bas
Je vois la vie en rose
Il me dit des mots d'amour
Des mots de tous les jours
Et ça me fait quelque chose
Il est entré dans mon cœur
Une part de bonheur
Dont je connais la cause
C'est toi pour moi, moi pour toi dans la vie
Il me l'a dit, l'a juré pour la vie
Et dès que je t'aperçois
Alors je sens dans moi
Mon cœur qui bat
La la, la la, la la
La la, la la, ah la
La la la la


La vie en rose (A Vida em Cor-de-Rosa) é uma canção francesa, que se tornou conhecida mundialmente na voz de Édith Piaf, considerada por muitos a maior cantora francesa de todos os tempos. La vie en rose virou a canção-assinatura de Piaf após ter sido lançada em 1946 e fazer um estrondoso sucesso em todo o mundo. A letra foi escrita por Piaf e a melodia por seu parceiro Louis Guglielmi. A sua versão single em discos já vendeu milhões de cópias por todo o mundo, sendo sempre relançada em diversos discos da artista, como a favorita do público de Piaf.

Hoje tornada clássica, La vie en rose já foi gravada por dezenas de cantores, inclusive uma versão pop em 1977, na voz da cantora e atriz jamaicana Grace Jones, e depois usado na trilha sonora do filme Prêt-à-Porter, de 1994. Aparece também no filme O Senhor das Armas em 2005, com Nicolas Cage no elenco. Mais de 50 anos depois de sua criação, foi uma das mais tocadas em boates e rádios FM pelo mundo afora. Em 1998, a canção deu título ao documentário feito sobre a vida de Édith Piaf e entrou para o Hall da Fama do Prêmio Grammy. Em novembro de 2003, foi gravada pela cantora Cyndi Lauper, em seu álbum de regravações clássicas At Last



No Filme Wall-E2008, é interpretada na voz de Louis Armstrong com a versão da música em inglês, que tinha sido escrita em 1950 por ele. Na série How I Met Your Mother, a personagem Tracy McConnell canta a versão realizada por Louis Armstrong


No Filme A Star Is Born (2018), a personagem Ally interpretada por Lady Gaga canta a canção num bar de drag queens no momento em que o seu personagem conhece o seu par romântico.