domingo, 30 de dezembro de 2018

TOFFOLI DENUNCIADO

Ex-presidente da OAS delata ministro do STF Dias Toffoli

Em proposta de colaboração com a Justiça, Léo Pinheiro fala de suas relações com o magistrado e de uma obra em sua “mansão de revista”

INFILTRAÇÃO - Dias Toffoli: o ministro reafirmou que conhece o empreiteiro e garante que não pediu nem recebeu nada dele
Era um encontro de trabalho como muitos que acontecem em Brasília. O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, e o empreiteiro José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, então presidente da construtora OAS, já se conheciam, mas não eram amigos nem tinham intimidade. No meio da conversa, o ministro falou sobre um tema que lhe causava dor de cabeça. Sua casa, localizada num bairro nobre de Brasília, apresentava infiltrações e problemas na estrutura de alvenaria. De temperamento afável e voluntarioso, o empreiteiro não hesitou. Dias depois, mandou uma equipe de engenheiros da OAS até a residência de Toffoli para fazer uma vistoria. Os técnicos constataram as avarias, relataram a Léo Pinheiro que havia falhas na impermeabilização da cobertura e sugeriram a solução. É um serviço complicado e, em geral, de custo salgado. O empreiteiro indicou uma empresa especializada para executar o trabalho. Terminada a obra, os engenheiros da OAS fizeram uma nova vistoria para se certificarem de que tudo estava de acordo. Estava. O ministro não teria mais problemas com as infiltrações — mas só com as infiltrações.
A história descrita está relatada em um dos capítulos da proposta de delação do empreiteiro Léo Pinheiro, apresentada recentemente à Procuradoria-Ge­ral da República e à qual VEJA teve acesso. Condenado a dezesseis anos e quatro meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa no escândalo do petrolão, Léo Pinheiro decidiu confessar seus crimes para não passar o resto dos seus dias na cadeia. Para ganhar uma redução de pena, o executivo está disposto a sacrificar a fidelidade de longa data a alguns figurões da República com os quais conviveu de perto na última década. As histórias que se dispõe a contar, segundo os investigadores, só são comparáveis às do empreiteiro Marcelo Odebrecht em poder destrutivo. No anexo a que VEJA teve acesso, pela primeira vez uma delação no âmbito da Lava-Jato chega a um ministro do Supremo Tribunal Federal.
No documento, VEJA constatou que Léo Pinheiro, como é próprio nas propostas de delação, não fornece detalhes sobre o encontro entre ele e Dias Toffoli. Onde? Quando? Como? Por quê? Essas são perguntas a que o candidato a delator responde apenas numa segunda etapa, caso a colaboração seja aceita. Nessa primeira fase, ele apresenta apenas um cardápio de eventos que podem ajudar os investigadores a solucionar crimes, rastrear dinheiro, localizar contas secretas ou identificar personagens novos. É nesse contexto que se insere o capítulo que trata da obra na casa do ministro do STF.
Tal como está, a narrativa de Léo Pinheiro deixa uma dúvida central: existe algum problema em um ministro do STF pedir um favor despretensioso a um empreiteiro da OAS? Há um impedimento moral, pois esse tipo de pedido abre brecha para situações altamente indesejadas, mas qual é o crime? Léo Pinheiro conta que a empresa de im­per­mea­bi­li­za­ção que indicou para o serviço é de Brasília e diz mais: que a correção da tal impermeabilização foi integralmente custeada pelo ministro Tof­fo­li. Então, onde está o crime? A questão é que ninguém se propõe a fazer uma delação para contar frivolidades. Portanto, se Léo Pinheiro, depois de meses e meses de negociação, propôs um anexo em que menciona uma obra na casa do ministro Toffoli, isso é um sinal de que algo subterrâneo está para vir à luz no momento em que a delação for homologada e os detalhes começarem a aparecer.

OS CRIMES DE INHOTIM




FAZ MENOS DE um ano que o reinado de Bernardo de Mello Paz ruiu. Em agosto, o idealizador do Instituto Inhotim, maior museu a céu aberto da América Latina, foi condenado em primeira instância a nove anos de prisão por lavagem de dinheiro. Quatro meses depois, já longe da presidência do Inhotim, o empresário foi condenado a outros cinco anos por evasão fiscal. Agora, uma investigação da revista Bloomberg Businessweek, assinada pelo repórter Alex Cuadros, autor do best seller Brazillionaires, revela novidades: a fortuna que colocou a cidade mineira de Brumadinho no circuito da arte mundial foi construída à base de trabalho infantil e escravo, desmatamento ilegal e grilagem de terras.
Inhotim era sequer um sonho distante quando, em 1973, Paz foi trabalhar com o sogro na Itaminas, uma companhia de minério de ferro. Mais interessado no lucro do que em projetos sociais, como escreve Cuadros, o empresário passou a incorporar outras mineradoras e se apossou de terras ocupadas há décadas por agricultores familiares. Através da Replasa Reflorestadora SA, Paz cultivou mais de 20 mil hectares de eucalipto no cerrado mineiro. As árvores – fontes do carvão que esquentava as máquinas de fundição das mineradoras – foram plantadas na nascente de córregos, infringindo a legislação ambiental. A água, antes abundante, secou. Os agricultores foram expulsos.
“Foi uma humilhação”, desabafou o filho de um agricultor ao jornalista, lembrando-se do dia em que funcionários da Replasa chamaram a polícia para enxotá-los de uma colheita. Hoje com 41 anos, José Gonçalves Dias começou a trabalhar aos 10, sem qualquer registro, em uma carvoaria contratada pela Replasa, para ajudar a família. Às vezes, os pés da criança, calçados apenas com chinelos, sofriam queimaduras. Sua irmã Maria do Rosário Gonçalves Dias, que aos 14 anos trabalhava diretamente para a Replasa espalhando pesticidas, também não tinha equipamento de proteção. Um advogado da empresa nega as denúncias.
Apesar dessas acusações, Paz só virou manchete em 1986, quando sete trabalhadores morreram no rompimento de uma barragem de rejeitos da Itaminas. Um funcionário afirma que a estrutura, sobrecarregada, foi construída sem uma planta adequada. Duas décadas depois, outras violações foram reveladas. Em 2007, descobriu-se que uma das fornecedoras de carvão das empresas de Paz empregava 36 pessoas em condições análogas à escravidão. Os trabalhadores eram obrigados a comprar suas próprias serras-elétricas e viviam em um local infestado por escorpiões. No ano seguinte, algumas das empresas de Paz tiveram que pagar mais de 13 milhões de dólares em multas pelo uso de carvão proveniente de desmatamento ilegal.
Em 2009, as infrações do cultivo de eucalipto de Paz foram pegas pela fiscalização. Naquele mesmo ano, Dias e outros agricultores decidiram ocupar a plantação. O grupo foi expulso por mais de 70 policiais, mas o processo judicial que se seguiu acabou revelando mais uma possível ilegalidade do empresário. O aluguel das terras, concedido pelo governo, seria ilegal, descobriu o advogado e ativista André Alves de Souza, que entrou com uma ação judicial questionando a posse de Paz.
Segundo a Procuradoria-Geral de Minas Gerais, a transação foi comandada por um servidor envolvido em um esquema de venda de terras públicas. Ainda assim, Paz nunca deixou o local. A ação continua em andamento, mas já surtiu efeito sobre os negócios da Replasa e seu dono. Hoje, a maior parte das plantações estão paradas, e Paz teve que empenhar um complexo de produção de um subproduto do minério de ferro como garantia para pagamento de suas diversas multas.
“O Inhotim é um monumento à onipresença do dinheiro sujo do mercado de arte”, escreve Alex Cuadros. Em abril deste ano, Paz se comprometeu a transferir a posse de 20 obras expostas em seu museu, todas em seu nome, para o governo – é o equivalente a 100 milhões de dólares em impostos atrasados. Em contrapartida, convenceu o governo a mantê-las em Inhotim. Trata-se do “truque mais brilhante da carreira de Paz”, conclui o repórter: decidir como os impostos que nunca pagou devem ser gastos.
Atualização – 12 de junho, 12h12
Em posicionamento sobre a reportagem da Bloomberg Businessweek, enviado a The Intercept Brasil quatro dias depois da publicação deste texto, o Instituto Inhotim destacou iniciativas tomadas para reafirmar “seu compromisso com a transparência” e afirmou “sua separação dos negócios de Bernardo Paz”. Minutos depois, a defesa de Paz enviou uma nota classificando a reportagem da Bloomberg como uma tentativa de “denegrir a imagem” do empresário. “Sem uma apuração isenta e equilibrada, baseada exclusivamente em relatos de fontes maliciosamente pinçadas num universo de elogiosos depoimentos, a reportagem mostra-se, portanto, injusta e desonesta”, escreveu a defesa. Nenhum dos apontamentos feitos na nota, contudo, contradiz as informações expostas neste texto.

A BOA DO DIA

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Enquanto uns reclamam da vida e da crise, eu estou aqui sentado em um sofá que custa 6.000,00, com um ar condicionado que custa 3.000,00,assistindo um filme em uma TV Full HD de 65' que custa 8.500,00
e nada me aborrece,nem mesmo os funcionários das Casas Bahia me olhando de cara feia, querendo que eu saia da loja!!!

VOZ DE PRISÃO

Luiz Afonso Costa

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Segundo o artigo 301 do Código Penal brasileiro, qualquer cidadão tem poder de proferir a prisão de uma pessoa flagrada em delito. Não é necessária a presença da autoridade no momento do flagrante, basta o simples anúncio. 
Fundamentado nesta prerrogativa, o ministro Lewandowski tem, como o brasileiro comum da base da pirâmide, o poder constitucional de dar voz de prisão a um brasileiro qualquer, não somente pela autoridade do cargo. No entanto, o passado recente do ministro - e de alguns pares da Corte -, crivado de posicionamentos políticos cuja síntese pode ser o desconforto ante a prisão de um corrupto e ações recorrentes em prol da barbárie saqueadora, o desqualifica para ameaçar de prisão, com os poderes difusos de cidadão, a quem lhe manifestou a livre opinião de sentir-se envergonhado ante a atuação dele e dos demais togados do STF. 
Se não foi em causa própria tal determinação de ameaçar e coagir o reclamante, poderíamos pensar que Sua Excelência cumpre o dever cidadão de, digamos, coibir tumultos... 
É claro que os brasileiros comuns podem não gostar dos privilégios de quem decide aumentar os próprios salários em momento de penúria geral e coonesta o escambo do imoral auxílio-moradia pela assim chamada "recomposição salarial". 
Privilégios de casta à parte, o momento é oportuno para a voz rouca das ruas fazer a sua parte e dar suporte moral e o que mais se apresente ao heroico cidadão Caiado, o cara do avião, a voz que representou a tanta gente com um grito de "basta!" preso na garganta.

O BRASIL NÃO SERÁ O SEGUNDO!

Noruega é o primeiro país do mundo a banir o corte de árvores

O governo norueguês também proibiu a compra de qualquer matéria-prima do exterior que tenha contribuído para o desmatamento global durante a produção

ÁRVORES SAGRADAS

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2019 E A LISTA DE DELÍRIOS


2019? Pé de pato, mangalô três vezes! E a lista de delírios.
Paz no mundo, embora não seja otimista quanto a isso pelos prognósticos sinistros que temos por aqui, acolá e alhures.
Alimento e abrigo para todas as pessoas.
Saúde pública, universal e gratuita.
Muita criatividade e fôlego porque emprego nunca mais será uma tendência.
Escola para todos. Pública, livre e plural. Para formar cidadãos honrados, instruídos e indagadores.
Priorizar a civilidade e não desperdiçar água e energias.
Voltar aos velhos hábitos de respeitar pais, avós, qualquer outro e cada um: os próximos e os longínquos.
Respeitar irrestritamente as diferenças. E as mulheres.
Defender todos os seres sencientes: os de quatro patinhas ou com asas.
Proteger as crianças, os velhos, a Natureza e o meio ambiente.
Varrer a calçada sempre (metaforicamente também).
Ficar zen quando o assunto for política, políticos (não têm conserto) ou as gracinhas do nosso imoral sistema de justiça.
Muita interpretação de texto.
Evitar a perda de tempo com pessoas erradas.
Não furar fila. Estrito senso e em sentido figurado.
Bastante sono da beleza, se for possível. Mas como o dos gatos: sempre em alerta.
Respeito à religião dos outros - qualquer que seja - mas principalmente ao direito de ser ateu.
Transgredir sempre.
Acima de tudo não encher o saco das pessoas e se não puder ajudar não atrapalhar.
E, por favor, SEJA FELIZ!!!

sábado, 29 de dezembro de 2018

FESTIVAL DE COLIFORMES FECAIS

 marca virada o ano em Salvador, com fogos de artifício

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Dia 31 de dezembro, centenas de milhares de pessoas devem se aglomerar na orla da Boca do Rio, em Salvador, onde curtirão shows de artistas no Festival da Virada, promovido pela Prefeitura da cidade.
Situada na foz do rio das Pedras, onde desembocam esgotos clandestinos e galerias pluviais, a praia chega a ter uma concentração de 16 mil coliformes fecais para cada 100 mililitros de água. 
Apenas ali, no abandonado Parque dos Ventos, o festival do Réveillon deste ano, envolverá um valor, em fogos de artifícios, de R$ 1.344.000. O custo total da iniciativa, no local, deve girar em torno dos R$ 2 milhões. 

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Haverá comemorações, além da Boca do Rio, em mais 16 pontos da cidade com queima de fogos: Barra, Rio Vermelho, Amaralina, Jardim de Alah, Patamares, Itapuã, Cajazeiras, Periperi, Paripe, Ribeira, Boa Viagem, Santo Antônio Além do Carmo e nas Ilhas dos Frades (Praia de Paramana), Bom Jesus dos Passos e na Ilha de Maré que também recebe dois pontos, no centro e na Praia de Santana.
ALBENÍSIO FONSECA

ISRAEL, FRAUDE E SUBORNO

EL PAÍS

Polícia de Israel recomenda indiciamento de Netanyahu por corrupção

O primeiro-ministro rejeita acusação de fraude e suborno por supostamente favorecer a principal empresa de telecomunicações do país


O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em 25 de novembro, em Jerusalém. 

A Polícia de Israel recomendou neste domingo o indiciamento do primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, por fraude e suborno. A decisão deverá ser tomada pela Procuradoria-Geral. Netanyahu é suspeito de beneficiar o conglomerado de telecomunicações Bezeq, o que poderia ter gerado milhões de dólares ao grupo, em troca de uma cobertura favorável no site de notícias Walla. Para a esposa do primeiro-ministro, Sara Netanyahu, os investigadores recomendam a acusação de “obstrução” da Justiça.

Segundo um comunicado da Polícia, há indícios suficientes para indiciar o chefe de Governo por “suborno, fraude e quebra de confiança”, assim como o acionista majoritário do grupo Bezeq, Shaul Elovitch. Este é o terceiro caso em que a Polícia apresenta acusações contra Netanyahu após três anos de investigações.
Entre 2012 e 2017, o primeiro-ministro e seu entorno “interferiram no conteúdo publicado pelo site de notícias ‘Walla’ e tentaram influir na nomeação de pessoas”, explicou a Polícia. O objetivo era a publicação de “fotos e artigos positivos e suprimir o conteúdo crítico contra o primeiro-ministro e sua família”, indica a nota, que resume as conclusões da investigação.
Netanyahu rejeitou as conclusões. “Tenho certeza de que neste caso as autoridades competentes, após terem examinado a questão, chegarão à mesma conclusão: não houve nada porque não há nada”, escreveu o primeiro-ministro numa declaração.
Durante a reunião semanal do Governo neste domingo, os ministros do Likud (direita), o partido de Netanyahu, expressaram seu apoio ao chefe de Governo. “Muito obrigado, mas vocês têm que levar esse assunto mais a sério do que eu”, respondeu ele. Na oposição, o líder dos trabalhistas, Avi Gabbay, pediu a renúncia de Netanyahu.
Em fevereiro, a Polícia recomendou o indiciamento do primeiro-ministro em outros dois casos. No primeiro, suspeita-se de que Netanyahu e alguns membros de sua família tenham recebido até um milhão de shekels (cerca de um milhão de reais), além de charutos, champanhe e joias por parte de pessoas muito ricas em troca de favores financeiros ou pessoais. No segundo caso, os investigadores acreditam que o primeiro-ministro tentou fechar um acordo com o dono do jornal Yediot Aharonot, um dos mais importantes de Israel, para conseguir uma cobertura mais favorável sobre sua gestão.

NOSSAS PRAIAS IMUNDAS

PRAIAS, AREMBEPE, PITUAÇU, ILHA : 
TUDO ACABANDO


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A Bahia insiste com sua beleza, apesar de tão maltratada. Esses quadros foram clicados nas quebradas da ilha de Itaparica. Não vou fazer a indicação, nem dizer o local , porque talvez ali more o perigo. Quando fui fotografar com Lula Afonso, um nativo vendedor de chapéu nos disse para não ir sozinho, principalmente cheio de máquinas.Fomos e ainda comemos peixe e tomamos várias cervejas, arriscamos. 



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A ilha está acabada, com zero de planejamento urbano, escapando alguns poucos bolsões. Acabaram com ela e o crack a droga da miséria está se alastrando, junto com a criminalidade e os esgotos também. Falando em esgoto, foi um choque a publicação da Folha de São Paulo, sobre a poluição da Praia da Boca do Rio, aonde vai ter o Festival da Virada. A quantidade de coliformes fecais é 16 vezes maior do que o aceitável, isso mesmo 16 vezes mais, não é o dobro não, são 16 vezes mais que o nível aceitável. 


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A Saltur declarou que vai avisar aos milhares e milhares de baianos e turistas que vão curtir o Festival, para não caírem no mar, será que vai conseguir ? A quantidade assusta e crianças e adultos que por lá mergulham estão literalmente engolindo fezes, com elas entrando em feridas, ouvidos, nariz, um horror. A Praia da Boca do Rio, era um patrimônio de Salvador, com muitas histórias, que o diga a Praia dos Artistas. É urgente e necessário que a Embasa tome uma providência nesse local, pois o esforço é imenso para se construir um Centro de Convenções que vai receber gente do Brasil e do mundo, e é um absurdo ter que avisar a todos para não pôr nem os pés no mar da Bahia. 


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O desastre se espalha por Pontos emblemáticos dessa terra, O Porto e o Farol, cantado por tantos artistas, quando chove o esgoto invade a praia. Pituaçu, nosso Parque de um valor inestimável está pela metade, lagoa poluída e acabam de passar o trator por lá desmatando uma área imensa, não deixando pedra sobre pedra. Vi gente chorando com a situação. E Arembepe, que foi sonho do mundo, sofre com a invasão do Sangradouro e agora com a liberação de um empreendimento dentro de uma área de proteção ambiental. 


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Agora uma grande pergunta, Salvador está com quase todas as praias impróprias para banho, porque nessas praias consideradas impróprias a Secretaria de Saúde do Estado e do Município, não colocam placas para as pessoas não mergulharem.
Sabemos que isso vai espantar turistas, mas a saúde das pessoas tem que estar em primeiro lugar e temos que ter coragem e honestidade para fazer isso.


IMPRÓPRIAS : Farol da Barra, Ondina, Pituba, Armação, Boca do Rio, Patamares, Corsário, Itapuã, Pedra Furada, Penha, Bogari, Periperi, Tubarão.


Sérgio Siqueira

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

AZULEJOS E PEDRAS PORTUGUESAS

World Cities Culture Summit 2019 acontece em Lisboa!



A próxima cimeira promovida pela rede World Cities Culture de 38 cidades mundiais será organizada pela cidade de Lisboa e acontece entre 23 e 25 de Outubro de 2019
Lisboa foi a cidade escolhida para acolher a Cimeira Cultura de Cidades Mundiais 2019”, nos dias 23 e 25 de outubro,  com o objetivo de potenciar os benefícios da cultura na melhoria da qualidade de vida nas cidades. A escolha da capital portuguesa fundamentou-se em 3 aspetos:
• posicionamento estratégico como uma capital aberta – “uma cidade central e cosmopolita, com vocação internacional”;
• património arquitetónico – Lisboa é considerada uma joia arquitetónica (com uma reputação especialmente para ladrilhos (calçada portuguesa) e azulejos);
• atratividade para investimento – especialmente para jovens empreendedores e criativos europeus que valorizam a acessibilidade, a tradição cultural e as especificidades (encantos).
Na cimeira de Lisboa serão discutidos, entre outros temas, a importância da cultura na construção de cidades abertas e tolerantes, o seu papel na abordagem aos desafios ambientais e nas estratégias de envolvimento e participação de novos públicos.
A “Cimeira Cultura de Cidades Mundiais” é organizada pelo Fórum de Culturas das Cidades Mundiais composto por 38 cidades mundiais, que reconhecem o impacto e a importância da cultura e da criatividade e, enquanto grandes cidades, estão empenhadas nas políticas públicas e no planeamento da cidade.
Cimeira de 2018, que decorreu em San Francisco de 14 a 16de novembro, sob o tema Cultura e Novas Tecnologias Transformam Cidades Mundiais – debateu entre outros desafios “de que forma os centros urbanos podem manter sua identidade cultural face à rápida mudança tecnológica.
Para mais informação ou esclarecimentos contacte diretamente o ponto de contacto do Fórum de Culturas das Cidades Mundiais.

DUAS TONELADAS DE QUEIJOS


Pensava aproveitar este espaço para falar do monte de coisas maravilhosas que nos aguardam em 2019, mas como ficar silencioso frente à permanente omissão do Estado e da prefeitura em tudo o que se refere ao centro histórico de Salvador? Não, as poucas obras pontuais realizadas lá e cá, sem plano diretor, não me convencem. É mais palco para briguinhas entre poderes.
Para focalizar somente um órgão, mais uma vez me vejo obrigado a denunciar a Coelba. Além, de nunca ter retirado os contadores das fachadas do bairro de Santo Antônio, mesmo quando agridem azulejos antigos, a fiação continua uma vergonhosa macarronada que os turistas fotografam ironizando.

E não só. Com o conjunto de salas de cinema do Glauber Rocha, os dois teatros da Fundação Gregório de Matos e os recém-inaugurados hotéis de luxo Fera Palace e Fasano, a Praça Castro Alves hoje pode ser considerada como o prestigioso portão de entrada do centro histórico. Mas continua, assim como a rua Chile toda, com o passeio “ornamentado” por postes que são uma verdadeira agressão visual ao patrimônio da UNESCO. Lembro de uma cerimônia no Glauber Rocha para celebrar a decisão de Rui Costa de recuperar os passeios do centro histórico. Espetáculo medieval de bajulação ao governador por parte de sua corte ajoelhada, precedido pelos desafinados Tambores de Jesus. Três anos depois, os passeios pouco ou nada melhoraram.

Na Rua Direita de Santo Antônio, 306, casa recentemente reformada, a Coelba anuncia 60 dias de espera para fazer a ligação. Inquilinos na escuridão, sem geladeira nem ventiladores durante o Natal e o Réveillon, qual é o problema?

Pior aconteceu na Fazenda Liberdade, no município de Jussari, onde duas toneladas de queijos – mozzarella de búfala, bolinhas, burratas, minas frescal, queijo coalho, provolone e ricota – foram incineradas após onze dias sem energia! “O desrespeito da Coelba, que (...) trata com indiferença e desdém os seus clientes, que não arca com as suas responsabilidades porque se ampara num sistema judiciário conivente pela sua lentidão e que oferece inúmeros recursos para que a mesma continue tranquila e confortável agindo irresponsavelmente (...), por não ter concorrentes e poder agir livremente sem nenhuma preocupação pois não precisa responder por seus atos.(...) São 10 famílias que vão ter que se esforçar para não esquecer o verdadeiro sentido de Natal! ” desabafa Maya Barros, administradora da fazenda. E o aeroporto que ficou impedido de funcionar durante mais de 20 minutos? Roubo de cabos em pleno dia? Você acredita?

O contribuinte pagou este ano mais de 3 trilhões de reais em impostos. Qual a parte que nos cabe neste latifúndio de privilégios e omissões?

Dimitri Ganzelevitch
A Tarde
sábado 29 de dezembro de 2019

A URBANIZAÇÃO DE AMSTERDAM

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PARA O REVEILLON...

VISTA SIMPLES E DISCRETO.

IRRESISTÍVEL!

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SOU SERVIDOR PÚBLICO

Resultado de imagem para daumier funcionarios públicos   Sou servidor público.
Minha estabilidade foi gerada pela natureza do trabalho que desenvolvo, sempre seguindo os critérios da legalidade e os princípios éticos. 
Não devo ficar à mercê da esquerda ou da direita estarem no poder. 
Não posso ter o cargo ameaçado porque atuei de forma contrária aos interesses de grupos empresariais ou de partidos políticos.
Pago 11% de contribuição previdenciária sobre o que ganho, portanto, minha aposentadoria sou eu mesmo que pago, não se trata de nenhum “peso” extra para os cofres públicos.
Não tenho e nunca tive FGTS.
Não sonego impostos.
O imposto de renda já vem retido na fonte!
Não invento despesas. Todos os anos faço minha declaração de renda, ao contrário de muitos empresários que burlam o sistema, além de receberem gordos incentivos e isenções fiscais.
É injusto e covarde ver campanhas desmoralizando o servidor público!
Não se deixe enganar: a quebra da previdência e das finanças públicas é resultado de renúncias fiscais (perdão de dívidas milionárias de empresas), de isenções bilionárias, de inadimplência dos grandes devedores, além do uso indevido da finalidade e da má administração dos recursos públicos...
A crise econômica e política, a falta de acesso à saúde e demais serviços por parte da população não é culpa do funcionalismo público concursado
(Colega servidor, ativo ou inativo, passe adiante. Copiei, colei e compartilhei. Sugiro que faça o mesmo).

O CORPO MOLE DO MPF

O ‘corpo-mole’ do MPF no caso do ex-motorista de Flávio Bolsonaro


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As finanças suspeitas de um amigo e colaborador do clã Bolsonaro e o depósito nebuloso de 24 mil reais, por parte desse personagem, na conta da futura primeira-dama incomodam o presidente eleito às vésperas da posse.
No Congresso, deputados de oposição a Jair Bolsonaro ensaiam propor uma CPI assim que os novos parlamentares assumam, em 1o de fevereiro. Um dos articuladores da CPI, o PT cobrou providências do Ministério Público Federal (MPF).
Uma investigação que mire Michelle Bolsonaro, a depositária dos 24 mil, o senador eleito Flávio Bolsonaro, contratante na Assembleia Legislativa do Rio do dono das finanças suspeitas, e o PM aposentado Fabricio Queiroz, depositante do cheque na conta da esposa do ex-capitão.
Até aqui, porém, o MPF demonstra pouco apetite para mexer no assunto, apesar de o rolo de Queiroz ter surgido no meio de uma investigação do órgão.
Com base nessa investigação, o MPF pediu a prisão de vários deputados estaduais e funcionários da Assembleia do Rio, em 16 de outubro, mas nem Flávio Bolsonaro nem seu motorista Queiroz estavam entre os alvos.
Desde que Queiroz virou notícia, em 6 de dezembro, o MPF já divulgou duas notas a dizer que o documento que complica o amigo e colaborador bolsonarista foi enviado “espontaneamente” ao órgão pelo  Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf. Ou seja, o MPF fez questão de deixar bem claro que não pediu nada.
O MPF não havia feito nada com o relatório do Coaf e foi só depois que o caso Queiroz veio a público, que decidiu mandou a papelada ao MP do Estado do Rio, para este examinar se cabia agir.
Queiroz foi exonerado do gabinete de Flávio um dia antes de o MPF requisitar prisões de deputados estaduais do Rio, 15 de outubro. Idem para sua filha Nathália de Melo Queiroz, que era funcionária do gabinete de Jair Bolsonaro em Brasília. Teria havido vazamento de informação a Queiroz e ao clã Bolsonaro sobre as investigações da Operação Furna da Onça?
O chefe da Polícia Federal, Rogério Galloro, e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) foram cobrados por deputados petistas a apurar se houve vazamento de informação e violação do sigilo funcional por parte de policiais envolvidos no caso. Um outro filho de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo, é da PF.
“É um escândalo. É evidente que eles receberam uma informação privilegiada. Estamos tratando de um fato que aconteceu uma semana depois do primeiro turno, quando já havia um forte indício de que Jair Bolsonaro poderia ganhar a eleição”, diz o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta.

Um relatório da PF produzido no curso da Operação Furna da Onça mostra que os federais reuniram elementos a indicar que era costume na Assembleia do Rio, onde Flávio tem mandato desde 2003, deputados embolsarem parte do salários dos funcionários.
Uma das razões para serem consideradas suspeitas as finanças de Queiroz, funcionário de Flávio e amigo do pai deste, são os depósitos recebidos pelo PM aposentado de outros servidores de Flávio e em datas coincidentes ou próximas aos dias de pagamento na Assembleia. Essas suspeitas nasceram do relatório do Coaf que o MPF não pediu.
Se a PF tem pistas do esquema de cobrança de caixinha e se há indícios de que Queiroz poderia ser um arrecadador destas comissões para a família Bolsonaro, via Flávio, por que o MPF, no pedido de prisões e outras medidas cautelares levado à Justiça de 16 de outubro, não incluiu a dupla entre seus alvos?
Estaria a chefe do MPF, a “xerife” Raquel Dodge, interessada em ser reconduzida por Bolsonaro para mais dois anos no cargo? Ou de ao menos tentar salvar a lista de três candidatos eleitos corporativamente pelo MPF como método de escolha do “xerife”, a chamada lista tríplice?
Durante e depois da campanha, Bolsonaro deu algumas pistas de que não pretende reconduzir Dodge, cujo mandato termina em setembro de 2019, nem pinçar o sucessor dela da lista tríplice que desde 2003 ter servido de base para a escolha do comandante do MPF.
Indicada por Temer, Dodge fazia parte da lista, embora não na primeira posição. A PGR já tem elementos para denunciar o presidente à Justiça em uma investigação sobre o setor portuário, como um inquérito da PF que incriminou o emedebista, mas até agora, nada.
Quando passar a faixa a Bolsonaro, o caso de Temer sairá das mãos de Dodge, pois ele perderá o foro privilegiado. A menos, claro que seu sucessor o indique a algum cargo.
A propósito: um deputado conta ter chegado a seus ouvidos que o juiz Alexandre de Moraes, único nomeado por Temer para o Supremo Tribunal Federal (STF), comentou outro dia que o inquérito dos portos tem ingredientes pesados a ligar o obscuro coronel aposentado João Baptista Lima Filho, amigo de Temer, e a empresa Rodrimar, um das duas principais investigadas.
Rolos portuários à parte, no Congresso há deputados da futura oposição que já se mexem na esperança de criar uma CPI do Coaf para arranjar munição contra a família Bolsonaro no caso de Queiroz.
“É uma história cabeluda… Esse motorista não fala nada”, afirma o líder do PCdoB na Câmara, o paulista Orlando Silva. “Seria bom que houvesse uma CPI, mas não agora, faltando duas semanas para acabar o ano. Só que esse assunto precisa continuar em pauta até o ano que vem.”