Na ONU, Brasil vota com Arábia Saudita e outras ditaduras contra direitos humanos
O Brasil se alinhou aos regimes autoritários de países como a Arábia Saudita e Paquistão durante votações sobre direitos sexuais de mulheres no órgão de Direitos Humanos mais importante das Organização das Nações Unidas (ONU).
Na contramão de democracias europeias o Brasil, que tenta reeleição no conselho, sequer votou em resolução que pede a abertura de investigação sobre execuções extrajudiciais realizadas nas Filipinas em nome da “guerra às drogas”.
O governo federal acompanhou ainda a ditadura militar do Egito e o Iraque em texto sobre “direito à saúde sexual e reprodutiva”. O país concordou com proposta do Paquistão de eliminar a educação sexual de resolução da ONU.
A candidatura brasileira à reeleição no Conselho de Segurança de Direitos Humanos da ONU revê acordos históricos de mais de 25 anos. O país retirou menções à desigualdade, LGBTs, tortura e gênero, ao passo que citou nove vezes a “promoção da família”.
Segundo o blog do jornalista Jamil Chade no UOL, o governo federal se defende e diz que o termo gênero não está na constituição. A pressão da bancada evangélica é citada como decisiva para a postura ultraconservadora.
Ideologia de gênero
Falando sobre as propostas do Brasil no Conselho de Direitos Humanos da ONU, Bolsonaro disse que o país vai lutar para abolir a chamada “ideologia de gênero”. O político defendeu os termos ‘pai’ e ‘mãe’ e completou, “todo o mundo nasceu do homem e da mulher”.
“Nossa bandeira lá será, logicamente, voltada para a família e (a de) abortar de vez a questão da ideologia de gênero”, salientou em transmissão ao vivo nas redes sociais.
São duas vagas abertas e o Brasil deve integrar o conselho ao lado da Venezuela. As eleições acontecem em outubro.
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