Claudio Marques compara Bolsonaro com Collor após possível fim da Ancine
Cineasta alerta que, se a agência for destituída, o setor do cinema nacional ficará desestruturado
O comentarista da Rádio Metrópole e cineasta Claudio Marques comparou o presidente Jair Bolsonaro com o ex-presidente Fernando Collor, ao avaliar a notícia de que o mandatário brasileiro estuda acabar com a Agência Nacional do Cinema (Ancine).
"Só para nosso ouvinte ter uma ideia, antes a gente tinha a Embrafilme e o governo (do ex-presidente Fernando) Collor acabou com o Embrafilme em 1990. A Embrafilme foi criada em 1969 durante o governo militar. Collor tinha pauta moralista assim como Bolsonaro e jogou grande parte da sociedade contra os artistas naquela época. É a segunda vez na minha vida que estou vendo um movimento parecido", afirmou Claudio, em entrevista à Rádio Metrópole hoje (18).
Claudio recorda que a Ancine foi criada no governo de Fernando Henrique Cardoso, em 2001, e nos últimos 18 anos, o cenário do cinema nacional mudou muito.
"Nos anos 2000, a gente não tinha filmes brasileiros nos principais festivais do mundo. Depois de tanto investimento por parte do Estado, não existe hoje mais um festival sem cinema brasileiro. Hoje o cinema brasileiro é reconhecido pela qualidade e pela originalidade", explicou.
Ele alerta que, se a Ancine for destituída, o setor do cinema nacional ficará desestruturado e isso levará a uma onda de desemprego na área.
"Destruir é muito mais fácil do que construir", defende.
Triste momento
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