terça-feira, 30 de janeiro de 2018

O CARNAVAL NA BARRA


Amabarra - SOS Barra

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Desde ontem alguns sites de notícias e jornais estão publicando matérias sobre o carnaval no bairro.
Resolvemos fazer esse post para esclarecer alguns pontos, que foram omitidos pelos entrevistadores, e que geraram uma polêmica desnecessária em função dos títulos das chamadas.
De qualquer maneira, entendemos que o debate sobre esse assunto é positivo, precisamos discutir opções para o modelo atual, suas consequências a curto, médio e longo prazo, os os impactos negativos e jogar luz sobre os problemas da carnavalização do bairro durante o ano todo para os moradores, comerciantes e frequentadores da Barra.
Muitas pessoas costumam opinar sem o conhecimento da causa e criam uma imagem irreal dos moradores, que estão apenas solicitando aos poderes públicos, o respeito das leis e que tenham seus direitos preservados.
Pensamos no bairro como um todo e estamos cientes de sua importância para a cidade e para todos os soteropolitanos, por isso lutamos para a da preservação do meio ambiente, do Parque Marinho da Barra, dos monumentos históricos e seus entornos, da saúde da população, da inibição/redução da poluição sonora e a visual, do comprometimento da mobilidade e da ocupação do espaço público por empresas privadas sem compensações para o local explorado.
Então vamos lá!
Em primeiro lugar a AMABARRA não quer acabar com o carnaval!!!
O carnaval não se acaba, é uma manifestação cultural, espontânea ou induzida mas não vai acabar. A Associação quer o oposto disso, quer incentivar o carnaval de bandas, fanfarras e blocos, sem cordas de preferência.
No início do ano passado, através de uma Sessão itinerante da Câmara Municipal de Salvador e de uma Audiência Pública, realizadas no bairro, muitos moradores, comerciantes e amigos do bairro se posicionaram contrários ao modelo atual do carnaval na Barra. Naquela ocasião muitas provas documentais foram disponibilizadas sobre os efeitos negativos da festa, que cresceu além da capacidade do bairro suportar.
Diante dos fatos, a AMABARRA montou um dossiê e protocolou no Ministério Público do Estado da Bahia. A promotora da 5ª Vara do meio ambiente passou a conduzir a ação. Depois de audiências de oitivas com os órgãos que executam a festa, a Marinha e com o Conselho Municipal do Carnaval de Salvador (Comcar) alguns ajustes ficaram de ser realizados e outras audiências ocorrerão para decidir o prosseguimento do processo.
Seguindo...
Não queremos o fim de trios e camarotes!
Queremos que o Conselho Municipal do Carnaval de Salvador (Comcar) e seus membros, a comissão do carnaval da Câmara Municipal de Salvador, os empresários do carnaval e todos envolvidos no tema, comecem a discutir novas opções de circuitos para trios e camarotes. Não aceitamos que devem ser em bairros residenciais ou áreas que afetem o meio ambiente.
Os executivos da festa precisam entender que os danos a médio e a longo prazo, comprometem os bairros afetados.
Mais um ponto...
Não queremos copiar ou usar como modelo o carnaval de Recife ou qualquer outro lugar! Respeitamos nossas manifestações culturais e elas devem ser preservadas, sem que a indústria tenha que impôr o local, a camisa, o que você vai beber/comer, ouvir e pular. Bloco de carnaval é bloco de carnaval e ponto.
Quem quiser participar de carnaval de trios/camarotes podem ir sem problemas, desde que esses locais sejam os adequados para a montagem dessas estruturas.
Outro esclarecimento....
Não queremos transferir os problemas daqui para outros locais, seria incoerente! Queremos que esse modelo encontre um local que não afete negativamente seu entorno. Não somos nós que decidimos se vai para o CAB, BR, "Axedódromo no Cia", como foi colocado em algumas matérias. Essa é uma discussão que precisa ser debatida com todos os envolvidos... Se resolverem mudar esse modelo de carnaval do bairro.
Por fim, queremos esclarecer que os moradores do bairro não são melhores ou piores do que os outros moradores da cidade. Temos aqui pessoas que se importam com a região, tem o cuidado com o bem estar, conhecem seus direitos e deveres, assim como temos os que não se importam ou discordam de vários temas debatidos em reuniões, e isso não é nenhum problema, todos tem o direito de se manifestar!.
Quase todos querem o bem dos espaços públicos da cidade, o respeito com os monumentos, com o meio ambiente e com a qualidade de vida dos que moram, trabalham e frequentam o bairro.
A AMABARRA é uma associação que luta pelo bairro e tem plena consciência dos problemas da cidade, por isso somos solidários com outras associações que, também, querem o melhor para seus moradores, comerciantes e frequentadores.
AMABARRA

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