(...) Hair também fala sobre a liberdade sexual, um dos pilares da revolução comportamental dos anos 60. Jeannie (Annie Golden), a única moça no grupo de hippies, está grávida, e não sabe quem é o pai de seu filho. O grupo brinca que se o bebê nascer branco, eles saberão que é filho de Woof (Donnie Dacus) e se nascer negro, eles saberão que é filho de Hud (Dorsey Wright), deixando claro que o grupo é praticante do amor livre. O mesmo Woof, diz em certo momento que ele não expulsaria Mick Jagger da sua cama, numa alusão clara a bissexualidade, super moderna para a época.
Claude, por sua vez, é um rapaz de 18 anos, que é virgem (como diz a música Donna), apaixonado por uma rica socialite (Beverly D’Angelo) e o momento em que ele vai de fato consumar o ato, é também o momento que acontece a grande reviravolta do filme.
O filme também fala de religiões fora do círculo católico e cristão, como o Hare Krishna.
Todos esses elementos fizeram de Hair um filme que chocou na época de seu lançamento, mas também um filme que definiu toda uma geração, já que ele fala diretamente com todo mundo que foi jovem na década de 60. Os anos 60 foram uma década cheia de mudanças sociais e comportamentais, marcada por diversos protestos no mundo todo, aonde a juventude acreditava que de fato podia mudar o mundo e Hair é a direta representação de tudo isso.
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