Mais de metade da população
da Guiné Equatorial
não tem água potável
Na Guiné Equatorial, país que produz diariamente quase 300 mil barris de petróleo, menos de metade da população tem acesso a fontes de água potável, indica o último relatório anual da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Segundo os indicadores da OMS, divulgados esta quinta-feira, a Guiné Equatorial aparece no último lugar no continente africano no acesso a fontes, de todo o tipo, de água própria para consumo humano, o equivalente a 48% da população, igualmente uma das taxas mais baixas do mundo em 2015.
Este registo contrasta com o acesso a saneamento, que cobre 75% da população da Guiné Equatorial, estimada no relatório da OMS em 845 mil pessoas – sendo assim o quarto melhor em África.
A OMS estima que, à nascença, cada cidadão da Guiné Equatorial, que se tornou em 2014 no nono membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, tinha no ano passado uma esperança média de vida de 58,2 anos, mas apenas de 51,2 anos quando considerada «saudável».
Em 2015, por cada mil nados-vivos morreram em média, na Guiné Equatorial, segundo a OMS, 94,1 crianças com menos de 5 anos. Já em cada 100 mil nascimentos morreram 342 mães, sendo esta igualmente uma das mais altas taxas de mortalidade materna no mundo.
O organismo das Nações Unidas estima ainda que cada cidadão com mais de 15 anos terá consumido o equivalente a 8,1 litros de álcool puro em 2015 e que a cada mil pessoas não infetadas por HIV, com idades entre os 15 e os 49 anos, surgiram em 2014 uma média de 2,9 novos casos da doença.
O relatório refere igualmente que, em cada 100 mil cidadãos, 162 sofriam de tuberculose em 2014 na Guiné Equatorial, país onde apenas 24% das crianças receberam as três doses da vacina contra a Hepatite B – a mais baixa taxa em África, segundo a OMS.
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