sexta-feira, 21 de setembro de 2018

UM TIRO NA NUCA

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A Colônia Galega na Bahia está de luto
A estúpida violência urbana, ceifou mais uma vida . Desta vez a vida de Márcio Pérez, 41 anos, economista e empresário do ramo da consultoria, filho único dos queridos amigos, emigrantes galegos , Armindo e Laurentina , naturais de Ponte Caldelas, Pontevedra, Galicia, Espanha, há décadas radicados em Salvador.
Morto por um tiro na nuca, disparado por um policial militar, da 58ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Cosme de Farias), quando o mesmo chegava à sua residência , próxima ao Bairro de Armação, em circunstâncias ainda não esclarecidas.
Os pais da vítima , que ora residem em Galicia, chegaram a Salvador na última sexta-feira,dia 20, para acompanhar os protocolos referentes ao translado do corpo do seu filho que será enterrado em sua terra natal.
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O Cônsul Geral da Espanha na Bahia - Gonzalo Fournier - após algumas reuniões , acompanha diretamente o caso e o andamentos das investigações , junto à Policia Civil e Polícia Militar, ao tempo em que acompanha e oferece apoio aos pais da vítima neste trágico momento.
O corpo de Márcio foi velado na noite de ontem e nas primeiras horas da manhã de hoje, na Capela do Hospital Espanhol. 
Amanhã, sábado , será celebrada uma Missa , às 9 h da manhã, na Igreja de Santo Antonio da Barra, para a qual todos estão convidados.

Márcio era formado em economia e sócio de uma empresa que presta consultoria a uma operadora de telefonia. 
Ele deixa duas filhas - uma delas de 9 anos que fez aniversário na última terça-feira (18) e uma festa estava programada para o próximo domingo.

Ainda chocada com a triste notícia, quero deixar minhas condolências aos pais e a toda família enlutada. 
Do mesmo modo, desejo um Caminho de Luz e evolução espiritual para Márcio, que ora habita em outro plano.

Quero , também, vibrar com a força da emoção e da indignação, para que sejam punidos, com o máximo rigor, todos aqueles que cometeram tamanha estupidez, que gerou a perda prematura de um jovem pai de família, de um honesto trabalhador, uma perda irreparável, que abriu uma ferida no coração de seus pais, esposa, filhas, familiares e amigos.
A violência atormenta a todos quantos habitamos em Salvador e, por extensão, aos que habitamos na Bahia, considerado um dos três estados mais violentos do Brasil. 
Até onde isto vai parar ? E até quando ?
Por quantas Primaveras teremos que esperar ?

Amália Casal Rey 
Salvador, Bahia, 21 de setembro de 2018

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