sábado, 10 de fevereiro de 2018

ALMOÇO DE DESGOSTO



 NO CAFÉ COM LETRAS
Image may contain: drink and indoorDomingo (04/01/2018), fui almoçar com minha namorada na filial do restaurante Café com Letras localizada no Centro Cultural do Banco do Brasil (Praça da Liberdade). Pedimos uma entrada (Dadinho de tapioca= R$ 18,00), um Ravioli de Mussarela (R$ 42,00), um Bacalhau anunciado no menu do dia (R$ 34,00), 2 chopes Pale Ale da KUD.
A partir deste momento, iniciou-se uma tragédia em 4 atos:
Ato 1: recebemos 2 chopes com cor amarelada, visivelmente não correspondendo à solicitação. Resposta da garçonete: "como não tinha mais o pedido, resolveram nos entregar chopes de "Tangerina". Recusamos, claro, pois um estabelecimento que se reveste de tanta pretensão "cultural", não pode ser tão desprevenido e nem considerar O cliente como alguém sem preferência definida.
Ato 2: Pedimos 2 chopes "Pilsen" da Bäcker, em substituição. recebemos chopes com coloração tão clara e gosto insípido que desmerece a qualidade cervejeira da Bäcker.
Ato 3: O desgosto ocasionado por este chope, me fez abandonar a cerveja, pedindo uma taça de vinho branco "Chardonnay" para acompanhar o bacalhau que aguardava. Me informei sobre o valor e fui informado que a taça valeria R$ 22,00. Mesmo achando caro, a solicitei, para não ser obrigado a voltar à insipidez da cerveja. Quando vei a mesma, fiquei atordoado pela quantidade de vinho contido na taça: nem um quinto do volume da mesma (vide foto). Após provar um "vinho sem caráter" e conseguir dominar minha vontade de devolvê-lo, acabei assumindo a atitude "vira lata" de não reclamar de tudo, pois logo estaríamos no cinema longe deste infeliz programa culinário.
Ato 4: Recebemos um "ravioli" inundado por molho de tomate de lata com seu singelo gosto (vide foto) e um bacalhau farto em volume, no entanto estranho por ser acompanhado por um "risoto". Devolvi a metade.
Ato 5: Recebemos a conta (vide foto) que é entregue enrolada num copo, ao mesmo tempo que lhe empurram a máquina do cartão: estranhei o valor indicado na máquina, consultei a nota (na realidade um documento sem valor fiscal) e vi que foi contabilizado um "Bacalhau à Portuguesa" (R$ 76,00), no lugar dos R$ 34,00 anunciados junto ao produto que tínhamos pedido.
Ato 6: Ao reclamar, passo sobre a situação da pobre garçonete sempre desarmada na linha de frente, e para a qual disse que mesmo assim pagaria para que ela não perca o emprego. A situação "esquentou" quando um "gerente" irrompeu do alto de seu autoritarismo, solicitando que não se falasse alto. Ao final de um claro desentendimento, o mesmo declarou que não ficaria nem um pouco desolado se a gente decidir "nunca mais voltar". Quando informei que irei divulgar o acontecimento, ele, simplesmente, respondeu: "pode fazer, agora todos fazem isso" com ar de desprezo.
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Ato 7: O documento de contabilização (nota não fiscal) indica que o vinho servido veio de uma garrafa de vinho TRINCHERO. Eu, enquanto gerente de estabelecimento de hospedagem, comercializo bebidas aos meus clientes e sei que o vinho servido fica bem longe da qualidade do TRINCHERO Chardonnay. Por outro lado, o preço deste vinho roda em torno de R$ 235,00 para uma garrafa de 725cl. Portanto, mesmo que pretendam servir este vinho, é evidente que é comercialmente inviável, mesmo com a miséria de quantidade que me foi servida.
ATO FINAL: Pensei muito antes de me decidir a contar o que vivenciamos (não é a primeira infeliz experiência numa década em que até sanduíche vira "GOURMET"), mas entendo que devemos livrar-nos da mentalidade "vira lata" em que nós empurram, dando a entender que RECLAMAR SIGNIFICA SER BARRAQUEIRO. Caso queiram que a gente "fale baixo", que nos atendam com educação e respeito, pois sabemos e convivemos com o que acontece em vários continentes.

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