1.052 brasileiros que substituíram cubanos já deixaram o programa
Principais motivos relatados aos municípios para a saída foram a busca por outros locais de trabalho e por cursos de especialização e de residência médica. "Uma das vagas foi de uma médica que apareceu só um dia e não veio mais", relata secretária de Saúde de Embu-Guaçu (SP), que tem oito vagas em aberto
Reportagem de Natália Cancian, na edição desta quinta-feira (4) da Folha de S.Paulo, revela que ao menos 1.052 médicos que assumiram vagas deixadas por profissionais cubanos no Mais Médicos entre dezembro de 2018 e janeiro deste ano já deixaram o programa. Ao todo, 7.120 brasileiros ingressaram nas duas primeiras rodadas de seleção abertas após o fim da participação de Cuba. O número representa cerca de 15% dos médicos que assumiram as vagas.
Segundo o ministério da Saúde, o tempo médio de permanência dos dois primeiros grupos de profissionais variou de uma semana a três meses. Os principais motivos relatados aos municípios para a saída foram a busca por outros locais de trabalho e por cursos de especialização e de residência médica.
Enquanto isso, unidades de saúde encaram novo período sem profissionais. Em Embu-Guaçu, interior de SP, oito vagas do Mais Médicos abertas após a saída dos cubanos não têm médico. Destas, quatro chegaram a ser ocupadas, mas foram alvo de desistências.
“Uma das vagas foi de uma médica que apareceu só um dia e não veio mais. Outros três saíram para fazer residência médica”, relata a secretária municipal de saúde, Maria Dalva dos Santos.
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