quinta-feira, 10 de junho de 2021

VILA NOVA ESPERANÇA


Janeiro de 2007

Recém nomeado Secretário Estadual de Cultural na primeira gestão de Jacques Wagner, o deslumbrado diretor de teatro Márcio Meireles resolveu tomar posse na Rocinha da Rua Alfredo Brito, centro histórico de Salvador.
Era um dia de chuva, gente escorregando na lama.
 .
No seu discurso, sem nunca ter estudado a sério a proposta, anunciou que neste mesmo local, a rocinha seria substituída pelo projeto "Vila Nova Esperança".

Os moradores foram desalojados, recolocados em vários outros endereços, o Estado pagando os alugueis... 
DURANTE QUATORZE ANOS!

Estamos em 2021 e parece que a dita vila será finalmente inaugurada este ano.

E os moradores, após QUINZE ANOS de espera?
É evidente que o tecido social não mais existe.
Quantos morreram?
Quando casais se separaram?
Quantos se mudaram para outras cidades?
Quanto se gastou em alugueis durante estes anos? Do dinheiro do contribuinte, claro!

Só uma pergunta: Com tantos casarões vazios, caindo aos pedaços nas ruas adjuntas, havia realmente, necessidade de realizar este projeto absurdamente demagógico?
Não teria sido mais lógico recuperar meia dúzia de imóveis e manter a rocinha simplesmente como área verde?
Não esqueçamos que no Pelourinho não existe um só jardim público!

Mas é muita leviandade!


 

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