O primeiro filme do Festival de Sundance 2022 é um documentário Israelense. O doc “Tantura” investiga as alegações sobre o massacre que as milícias israelenses teriam cometido na vila palestina de Tantura na guerra de 1948, considerada a Guerra da Independência de Israel, e o “Nakba”, o grande desastre para os povo árabes.
Essas alegações e rumores de massacre se referem a assassinatos em massa que teriam ocorrido lá. No início dos anos 2000, um trabalho acadêmico israelense entrevistou pessoas da época que confessaram o ocorrido.
No entanto, muitos voltaram atrás quando o fato chegou na mídia, e o acadêmico foi perseguido. “Tantura” entrevista essas pessoas e faz uma investigação profunda sobre a ocorrência do massacre, além de avaliar como o Estado de Israel se vê e qual a política de Israel para tratar desses temas, e porque o estado israelense nunca admitiria que aqui aconteceu.
O filme acaba sendo dramático, muito emocional, e com um peso psicológico muito grande, ainda mais por ser feito por judeus israelenses que buscam se reconciliar com o passado. “Tantura” ainda compara países como Canadá e Austrália têm reconhecido os crimes cometidos contra os povos originários.
“Tantura” é um excelente documentário na maneira como as entrevistas foram feitas, e faz pensar muito sobre o significado da guerra, de pátria, país, religião e humanidade. O filme começa bem com o festival de Sundance 2022.
O diretor Alon Schwarz revisita ex-soldados israelenses da Brigada Alexandroni, bem como moradores palestinos, em um esforço para reexaminar o que aconteceu na vila de Tantura, onde teria ocorrido um massacre do qual não se tem registros, e explorar por que “Nakba” (Catástrofe, para os Palestinos) é um tabu na sociedade israelense.
Direcão: Alon Schwarz
Roteiro: Alon Schwarz, Shaul Schwarz, Halil Efrat
País: Israel
94 min
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