Rui decide romper contrato do VLT com consórcio chinês, mas enfrenta impasses
Corda no pescoço
O problema é que, antes de cancelar a PPP, o governo deveria ter aplicado multas pesadas ao consórcio chinês por quebra contratual - o que não foi feito. Com isso, o cancelamento causaria implicações legais ao próprio governador e demais gestores responsáveis pela concessão.
Cabeça de Hidra
A segunda saída para o pepino do VLT é declarar a caducidade do contrato. Acontece que tal alternativa geraria mais dois bizus ao Palácio de Ondina resolver. Um é o longo prazo para concluir processos dessa ordem, movido por duelos jurídicos. A caducidade obriga ainda o governo a recomeçar o projeto do zero, incluindo uma nova licitação para escolher outro interessado em assumir a obra.
Se correr o bicho pega
Convocada a encontrar uma saída para o impasse, a cúpula da Secretaria Executiva de PPPs recomendou ao governo Rui que adotasse a chamada encampação, instrumento que permite ao poder público tomar posse de uma empresa privada mediante compensação financeira.
Se ficar o bicho come
Técnicos da área de PPPs do Executivo alertaram, porém, que a encampação também trará dor de cabeça, pois o governo não tem expertise para cuidar da obra. Como o projeto foi concebido para uso exclusivo dos monotrilhos produzidos pela BYD, justamente a origem do abacaxi, o estado teria que adquiri-los junto à empresa.
Poder viral
Pelo menos 11 deputados estaduais foram recentemente diagnosticados com covid na nova onda da doença. Dois deles - Neusa Cadore (PT) e Adolfo Menezes (PSD), presidente da Assembleia - já estão negativados e retornaram às atividades. Cinco estavam até ontem com o vírus ativo: Sandro Régis (DEM), Hilton Coelho (Psol), Mirela Macedo (PSD), Maria Del Carmen (PT) e Antonio Henrique Junior (PP). Quatro parlamentares não tiveram os nomes revelados à coluna.
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