terça-feira, 25 de outubro de 2016

AZULEJOS: UMA CARTA



Em 2005 realizei junto como Prof. Moacyr Maia uma pesquisa em Salvador e no Recôncavo com farta documentação fotográfica  da lamentável situação da nossa azulejaria importada da Europa, nessa ocasião constatamos que já existiam perdas imensas tanto nas
igrejas como nas fachadas e interiores de antigos casarões , nos conventos  enfim já tínhamos perdido mais de 60%  desse bem cultural. Entreguei essa pesquisa ao então Diretor do IPHAN Carlos Amorim, enviei cópia para Brasília, tentei de todas as formas  que
tomassem  conhecimento da situação. Acredito que nessa altura já não teremos nem mesmo os 60% , mas 20 ou 30% recuperáveis.
O IPHAN nunca cadastrou essa azulejaria tombava os prédios mas não registrava os azulejos como se não tivessem nenhum valor, daí o resultado a que chegamos.  A prova é que quando me responsabilizaram pela restauração da azulejaria do Solar Berquó, constatei que em nenhum local do Brasil, onde o IPHAN tinha representação   tinham realizado este tipo de restauro.
Este trabalho continua valendo como o primeiro do IPHAN  no país, depois disso  quase nada foi feito.  Vamos ver se fazem alguma coisa com essa campanha, estou sempre interessada também. Tenho cópia da pesquisa feita e está as ordens  se quiser conhecer esse trabalho.  
Abraço cordial. 

Gilka Goulart de Sant'ana

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