Um PM foi morto a cada seis dias no primeiro bimestre de 2016 em SP
Segundo corporação, número é 9% menor que o registrado no ano passado.
Maioria absoluta dos PM estava fora de serviço; minoria trabalhava.
Um policial militar foi morto a cada seis dias em São Paulo nos dois primeiros meses de 2016, segundo dados oficiais fornecidos pela Polícia Militar (PM) ao G1. Dos dez policiais militares assassinados nos 60 dias iniciais deste ano, nove estavam fora de serviço (de folga ou aposentados).
A equipe de reportagem também teve acesso aos dados fechados de policiais mortos e feridos de anos anteriores. Segundo a assessoria da corporação, a compilação dos números é feita pela Corregedoria da PM.
O número de PMs mortos neste ano, porém, é 9% menor que o registrado no primeiro bimestre do ano passado, quando 11 policiais foram assassinados. Se comparado com o mesmo período de 2014, o percentual é ainda menor: 52,4% a menos que as 21 mortes registradas há dois anos.
O número de PMs mortos neste ano, porém, é 9% menor que o registrado no primeiro bimestre do ano passado, quando 11 policiais foram assassinados. Se comparado com o mesmo período de 2014, o percentual é ainda menor: 52,4% a menos que as 21 mortes registradas há dois anos.
2016 (2 meses) | PMs mortos | PMs feridos |
---|---|---|
PMs trabalhando | 1 | 4 |
PMs de folga e aposentados | 9 | 20 |
Total | 10 | 24 |
Os dados mostram que a maior parte dos policiais mortos nos dois últimos anos estava fora de serviço quando foi atacada.
Nos 12 meses de 2015, foram registradas 65 mortes de PMs. Desse total, apenas 13,8% (ou nove vítimas) estavam em serviço quando foram mortos. Os demais 86,2% (ou 56 policiais) foram assassinados quando estavam de folga ou eram aposentados.
O ano de 2014 também foi violento para policiais fora de serviço. Dos 85 mortos, 77 (ou 90,6%) estavam nesta condição. Apenas oito (ou 9,4%) foram assassinados quando estavam trabalhando.
Feridos
Ainda segundo os números da PM, os policiais feridos, em sua maioria, também estavam fora de serviço.
Nos 12 meses de 2015, foram registradas 65 mortes de PMs. Desse total, apenas 13,8% (ou nove vítimas) estavam em serviço quando foram mortos. Os demais 86,2% (ou 56 policiais) foram assassinados quando estavam de folga ou eram aposentados.
O ano de 2014 também foi violento para policiais fora de serviço. Dos 85 mortos, 77 (ou 90,6%) estavam nesta condição. Apenas oito (ou 9,4%) foram assassinados quando estavam trabalhando.
Feridos
Ainda segundo os números da PM, os policiais feridos, em sua maioria, também estavam fora de serviço.
2015 (12 meses) | PMs mortos | PMs feridos |
---|---|---|
PMs trabalhando | 9 | 37 |
PMs de folga e aposentados | 39 | 90 |
Total | 65 | 146 |
No primeiro bimestre deste ano, dos 24 PMs atacados, apenas quatro (ou 16,66%) estavam em serviço (contra 20 – ou 83,3%). No ano passado inteiro, 146 ficaram feridos, sendo 37 em serviço (25,3%). Em 2014, dos 250 feridos, 51 (ou 20,4%) estavam na ativa.
Dos dez policiais mortos em janeiro e fevereiro deste ano, o único atacado quando estava trabalhando foi o sargento Júlio Cesar Zorzetti de Almeida, atingido numa troca de tiros durante ocorrência no dia 20 de fevereiro em Itirapina, no interior (leia mais abaixo). Ainda do total de PMs assassinados, dois policiais executados eram aposentados.
De acordo com a assessoria de imprensa da PM, os policiais mortos quando estavam de folga foram vítimas de latrocínios -roubo seguido de morte-, executados ou em confrontos com criminosos, ao tentarem impedir um roubo, por exemplo. A maioria dos agentes foi baleada.
2014 (12 meses) | PMs mortos | PMs feridos |
---|---|---|
PMs trabalhando | 8 | 51 |
PMs de folga e aposentados | 61 | 174 |
Total | 85 | 250 |
Segundo a corporação, os dados informam que os policiais de serviço, de folga e aposentados foram feridos após serem vítimas de tentativas de homicídios.
Quando não estão de serviço, os PMs não usam fardas e acabam se tornando alvos de criminosos, segundo policiais ouvidos pelo G1. Ainda segundo eles, no momento em que um assaltante descobre, por exemplo, que sua vítima é um policial, ele atira com a intenção de matar.
Sargento morto
O sargento Almeida foi morto num tiroteio com um agente penitenciário. O atirador tinha disparado na mulher e no filho com uma arma de pressão na casa da família.
O sargento Almeida foi morto num tiroteio com um agente penitenciário. O atirador tinha disparado na mulher e no filho com uma arma de pressão na casa da família.
Almeida tinha ido à residência com outros policiais. Durante a negociação para tentar fazer o agente soltar as vítimas e se entregar, ele agirou na direção dos policiais, acertando o rosto do sargento, que morreu na hora.
Naquele momento, outro policial revidou os disparos e atingiu o agente Marcos José da Silva, que também morreu. Ele tinha 44 anos e estava afastado do trabalho por problemas psiquiátricos.
O sargento Ameida estava com 40 anos, era casado e tinha um filho de dois anos. Seu corpo foi enterrado em São Paulo, com honras militares.
Capitão da Rota
O capitão Marcos Henrique da Silva, das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), baleado durante tentativa de assalto na capital paulista em 20 de fevereiro, morreu em 10 de março em decorrência dos ferimentos.
O capitão Marcos Henrique da Silva, das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), baleado durante tentativa de assalto na capital paulista em 20 de fevereiro, morreu em 10 de março em decorrência dos ferimentos.
O caso dele entrou para as estatísticas do bimestre como ferido, mas não como policial morto porque seu falecimento não ocorreu em fevereiro, mas neste mês.
O capitão Silva havia sido atingido por dez disparos, durante uma tentativa de roubo à sua residência, na Zona Oeste de São Paulo. Quatro criminosos armados entraram no imóvel no momento em que o filho do policial chegava. Um quinto assaltante ficou do lado de fora, num carro.
O capitão da Rota tentou ir até o carro para pegar a arma, mas não deu tempo. A quadrilha disparou após descobrir que ele era policial militar. Atingido, Silva foi levado ao pronto-socorro do Hospital Universitário e depois transferido para o Hospital Samaritano.
O capitão passou por duas cirurgias, uma no intestino e outra na cabeça, chegou a ser internado na UTI, mas não resistiu e morreu. Os assaltantes fugiram sem levar nada. Três suspeitos foram presos pelo assassinato do capitão.
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