domingo, 24 de junho de 2018

CRÔNICA DE UMA NOITE DE SÃO JOÃO

 Ou: O festival de absurdos 
que assola a Cidade da Bahia - 
nesta e em outras épocas do ano

E A POLUIÇÃO VISUAL?

Teve de tudo:
1. A mexidinha "básica" que machos da espécie homo (não) sapiens insistem em dar em mulheres desconhecidas. Tive de aturar mais essa de um deles. Será que é pra testar o "poder de fogo"? Quanta insegurança, isso é coisa de gente que "não se garante"- sem contar a falta de respeito e educação.
2. Uma criança de aparentemente 5 anos de idade balançando um rojão enorme, que parecia uma verdadeira dinamite. O HGE está aí pra provar, com o altíssimo número de feridos, mutilados (e até mortos) que esta está longe de ser uma atitude sensata. Crianças deveriam ter o acesso negado a este tipo de artefato, independente da época do ano. A frase "não se brinca com fogo" não é só quando a criança está na cozinha da casa, ela vale sempre. Fogos deveriam ser soprados apenas por quem sabe manusear, não por crianças ou qualquer um que adora soltar fogos por qualquer coisinha. O silêncio e a integridade física agradecem imensamente.
3. Pra variar, mais um artefato de bebida jogado da janela de um veículo (e quase atingindo pessoas). Desta vez de um carro. Dizer o que, de mais esta demonstração dos maus modos?
4. Esta mania que muitos homo soteropolitanus têm de portar verdadeiros trios elétricos em forma de caixinhas de som. Nas ruas e até mesmo nos ônibus. Falta de respeito é pouco né? Custa desfrutar dos benefícios do silêncio e do sossego? Pra este ser que azucrinou meus ouvidos durante parte da minha caminhada custa sim, o que é uma pena... Respeito aos ouvidos do próximo então, nem pensar...
5. Bicicleta do funk - outro homo soteropolitanus com som nas alturas, desta vez andando de bicicleta com aquelas caixinhas de som cantando pras "novinhas" (termo fruto da erotização precoce de meninas novas). A baixaria aqui é assim, se não anda a pé, vai de carro ou de bicicleta ou de ônibus, o importante pros seus cultores é simplesmente... Aparecer - só que da pior forma
6. E na volta do meu pequeno passeio, presencio mais crianças acendendo e soltando fogos de artifício - um atrás do outro. Onde estes pais estão com a cabeça? O HGE e outros hospitais estão (infelizmente) cheios deles com crianças que correm o risco até de perder membros... Que trágico... Isto deveria servir de alerta, mas o pensamento corrente por aqui é que a desgraça só acontece com os outros e enquanto isso, o número de acidentados só aumenta.
É preciso refletir e mudar de atitude, tem coisas que jamais deveriam ser admitidas, um povo que não encara seus próprios problemas de frente pra solucioná-los jamais evoluirá. E tudo isso começa em casa. Me perdoem o textão, é mais um desabafo. Um abraço a todos  E viva São João, Sto Antônio e São Pedro!
Eneida Lima

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