quarta-feira, 25 de julho de 2018

UM CURTA BAIANO

Curta baiano representa o Brasil em festival na África do Sul

Thaís Seixas

O curta-metragem baiano "Dela", que homenageia o centenário do líder político e Nobel da Paz Nelson Mandela, foi lançado esta semana em exibição especial na África do Sul. Com roteiro e direção do francês radicado na Bahia Bernard Attal, o filme representa o Brasil no Durban International Film Festival, que acontece no país africano até 29 de julho.
A produção, gravada na Ilha de Itaparica, participa do 3º Brics Film Festival, que acontece paralelamente ao Durban, e apresenta cinco curtas produzidos no Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, países membros do Brics. De acordo com Bernard, o roteiro foi contemplado pelo edital do evento que, este ano, teve como tema a relação de cada país com o legado de Mandela. 
Após ser aprovado, o filme teve apenas um mês para ser gravado, o que aconteceu em junho, na Ilha de Itaparica. "Dela" conta a história de uma menina que vive com seu pai, e não entende como o seu nome e os seus cabelos são constantemente zombados pelos colegas na escola em que estuda.
O diretor explica que teve duas inspirações para chegar à história e à locação do curta. "A primeira foi que Mandela visitou a Bahia em 1991, mais ou menos um ano após ele ser libertado da prisão. Além disto, os milhões de escravos que chegavam ao Brasil paravam primeiro nas ilhas para receber um novo nome. Então eu juntei estas duas histórias para criar o roteiro", explica o diretor, que conversou com o Portal A TARDEdiretamente da África do Sul. 
Até o final do ano, o filme terá exibições em Salvador e Itaparica, segundo Attal. O elenco é formado pelos atores baianos Lorena Santana, João Lima e Evelin Buchegger. 
Attal lançou seu primeiro longa-metragem em 2013, 'A Coleção Invisível' – texto adaptado de um drama alemão dos anos 1920 para o Brasil contemporâneo –, vencedor de 14 prêmios no circuito internacional dos festivais. Em 2017, lançou 'A Finada Mãe da Madame', comédia ambientada na Bahia dos anos 1970. 
Atualmente, o diretor finaliza o documentário 'Sem Descanso', que conta a história do jovem Geovane e reflete sobre o drama da violência policial no Brasil.

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