Ex-professores e colegas comentam carreira acadêmica de Haddad
Considerado heterodoxo e antidogmático, petista navegou por diversas áreas
No início dos anos 1990, Fernando Haddad apareceu na porta da sala do professor Paulo Arantes, no Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP), e pediu uns minutos de conversa. “Sente-se aí”, respondeu Arantes. Haddad contou que era formado em direito e defendera uma dissertação de mestrado sobre o caráter socioeconômico do sistema soviético, mas enveredara pela filosofia e estava à procura de um professor para orientá-lo. Apresentou seu projeto de doutorado: um estudo crítico da substituição do “paradigma do trabalho” pelo “paradigma da linguagem” e a reflexão filosófica sobre a constituição do homem como ser social, ancorado em dois pensadores alemães muito caros à esquerda — Karl Marx e Jürgen Habermas. “A formulação dele era muito especial”, recordou Arantes em entrevista a ÉPOCA.
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