RELATOS E IMAGENS DOS JESUITAS-MANDARINS (SÉCULOS XVI AO XVIII)
Carmen Lícia Palazzo.
(Doutora em História pela Universidade de Brasília, UnB. Especialista em Relatos de Viajantes, encontros entre culturas, imagens ocidentais do Oriente e Rota da Seda. Ministra módulos sobre China e Rota da Seda em pós-graduação lato sensu do UniCeub, Brasília. Foi pesquisadora visitante na Georgetown University, Washington, D.C. É autora de Entre mitos, utopias e razão: os olhares franceses sobre o Brasil (EdiPUCRS) e Alexandra David-Néel: itinerários de uma orientalista (Annablume), além de capítulos de livros e diversos artigos para periódicos de História. E-mail: carmenlicia@gmail.com)
RESUMO: O presente artigo analisa a participação dos jesuítas na elaboração das visões europeias da China no decorrer do período imperial, mais especificamente entre os séculos XVI e XVIII, com ênfase nos seus relatos escritos que circularam em diversos idiomas entre a elite europeia, mas também na iconografia da época e que teve sua expressão mais apreciada em um conjunto de imponentes tapeçarias francesas. Os padres da Companhia de Jesus muitas vezes alcançaram posições de prestígio junto à corte de diversos imperadores, integrando-se de modo excepcional à sociedade chinesa, descrevendo com muitos detalhes suas percepções que refletiam o fascínio que uma cultura, principalmente em seu viés confucionista, exercia sobre eles. As fontes de pesquisa aqui citadas são os relatos de três dos muitos jesuítas que viveram na China: Matteo Ricci, Álvaro Semedo e Gabriel de Magalhães, altamente representativos do encontro entre mundos tão distintos, e também as tapeçarias que foram produzidas no ateliê de Beauvais entre o final do século XVII e as primeiras décadas do século XVIII, e que bem documentam a sinofilia que então se disseminava entre os europeus.
MUITO MAIS!
Muito obrigada por seu compartilhamento!
ResponderExcluir