A fusão de cores com a arquitetura colonial do Nordeste
Um fator de grande destaque nas cidades nordestinas são as cores que se destacam nas arquiteturas belíssimas, as quais são conservadas e preservam a identidade da arquitetura colonial. Venha conhecer melhor as belezas da arquitetura nordestina!
A arquitetura nordestina tem uma história rica e repleta de belezas e características com grande influência da arquitetura portuguesa.
Com a colonização dos europeus no Brasil, o estilo arquitetônico dominou a região, principalmente na arquitetura sacra, com o luxo e a riqueza de detalhes na decoração das igrejas. No caso das residências, elas inicialmente tinham características mais simples, e até mesmo as grandes casas das fazendas não apresentavam tantos elementos decorativos, mas já exploravam o enorme espaço interno e as varandas.
O luxo e a ostentação nas residências começaram a ficar mais evidentes com a chegada da família real portuguesa ao Brasil, que desembarcou em Salvador em 1808 e logo após seguiu para o Rio de Janeiro.
Com o avanço da urbanização das cidades no século XVII e a necessidade de proteção das moradias contra o ataque de piratas no litoral, surgiram as casas geminadas, seguindo um modelo mais compacto. As fachadas formavam praticamente um grande “paredão”.
Os traços da arquitetura barroca estão presentes com grande destaque em igrejas na região Nordeste. Esse estilo arquitetônico apresenta características que exaltam o cristianismo, com elementos de arcos, colunas arredondadas, decoração exuberante, predomínio da cor dourada na parte interna e, do lado externo, cores claras como tons de bege e branco.
As cores que colorem a arquitetura nordestina
O contraste entre as cores das edificações embeleza os imóveis das cidades. As casas costumam ter um ar modesto, com traços coloniais, e são preservadas até hoje com suas fachadas coloridas e com determinadas características.
Elas são conhecidas como platibandas, ficam localizadas na parte superior da fachada e tinham o papel de “esconder” o telhado, evitando que a água da chuva fosse lançada na rua.
Além desta utilidade, as platibandas também eram pensadas de forma que valorizassem a construção e decorassem a edificação.
Entre os elementos mais comuns nesse tipo de estrutura, estão o registro do ano da construção, as conchas barrocas, as águias e as esculturas de mulheres, entre outros. Em capitais como Salvador, Recife e Natal, é possível encontrar muitas casas e edifícios públicos em que as platibandas se destacam. Além de ser uma referência aos tempos das monoculturas, elas estão ligadas à identidade cultural nordestina.
As pinturas à base de cal de platibandas e fachadas são uma prática artesanal praticada há bastante tempo e que é muito característica da região.
Tanto nas capitais quanto nos interiores e sertões, as casas com fachadas coloridas se destacam nas cidades. A diversidade de cores forma uma espécie de arco-íris característico e único da cultura nordestina.
Durante o processo de revitalização que aconteceu a partir do final do século XX, muitos edifícios ganharam cores vivas que se mantêm preservadas até os dias atuais.
Um fator interessante é que as cores usadas nas fachadas também mostram um pouco da personalidade dos moradores. Essa é uma característica que ajuda a revelar a identidade do povo da região.
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COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO. O que me incomoda MUITO?
O uso nunca questionado de pintura acrílica, o que é uma heresia patrimonial. Sempre se deve usar pigmentos naturais com cal. ÁGUA!
Muito interessante essa matéria. De fato até as sedes das velhas grandes fazendas no Estado do RJ eram espartanas de decoração. Quem é o autor desta matéria "A fusão de cores com a arquitetura colonial do Nordeste" ?
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