CRIME EM STELLA MARIS

Clarice Bagrichevsky‎

 

No dia 16 de maio fomos surpreendidos com o bloqueio do acesso à praia e asfaltamento de uma grande área próxima ao Pandang dos surfistas. Área da União que será requalificada.
Alertados por Carla Circenis, rapidamente começamos a nos movimentar e produzir denúncias à SEDUR e à Fundação Mário Leal Ferreira. A situação era desesperadora.
Foram cometidos vários crimes ambientais, incluindo a extração de dunas frontais que foram usadas para montar uma barreira de acesso ao trecho asfaltado. A flora da restinga, no talude da praia, foi coberta pelo asfalto.

O autor ou autores do crime são desconhecidos até agora. Dias antes houve uma obra da Embasa para ligar rede de esgoto em dois quiosques-bunkers da propriedade do Lôro.
O asfaltamento que se seguiu - de acordo com o engenheiro da Concessionária dos bunkers - foi uma "condicionante"(sic) para o funcionamento dos quiosques. Grave, se é que foi a própria prefeitura que permitiu. Os danos são irreversíveis.

Porém, como temos um dublê de empresário e grileiro que reiteradamente tenta se apossar dessa beira-mar, e como o asfaltamento passa na lateral das terras que diz serem suas, ficou a dúvida sobre quem seria o autor(es) dos crimes.

Até porque, foi aberta uma trilha de acesso à praia na área em que o indivíduo afirma ser dele.
Aguardamos um esclarecimento da FMLF - que deveria sempre ser consultada e conceder ou não aval para cada intervenção em área a ser requalificada. Mas ao que tudo indica, na prefeitura a mão direita não sabe o que a esquerda faz. Por ora a lambança foi embargada.
A única maneira de frear tantas devastações no meio ambiente da restinga é judicializar o caso e é o que faremos.

Agradecemos à Carol Lorenzo do SOS Vale Encantado, Fagner Dantas da FMLF, Luiz Cayres Tunes, à Jealva, Gerente de Licenciamento Urbano e ao Samir, Gerente de Licenciamento Ambiental, ambos da SEDUR.