quarta-feira, 31 de maio de 2017

MAIS UMA MORTE CABELUDA

Alvo da PF, dono de avião que matou Eduardo Campos foi morto por envenenamento

Por Estadão Conteúdo |

Corpo de Paulo César Morato foi encontrado em um motel no último dia 22; ele era investigado na Operação Turbulência, que investiga as contas de duas campanhas do ex-governador

Corpo do empresário foi encontrado sem sinais de violência em motel de Olinda, em Pernambuco
Corpo do empresário foi encontrado sem sinais de violência em motel de Olinda, em Pernambuco

O empresário Paulo César de Barros Morato, cujo corpo foi encontrado em um motel de Olinda (PE) no dia 22 de junho, morreu por envenenamento com pesticida – veneno conhecido como chumbinho. A causa da morte foi divulgada na quinta-feira (30) pela Polícia Civil de Pernambuco.
Morato estava foragido e era procurado pela PF na Operação Turbulência, que investiga lavagem de dinheiro envolvendo 18 contas bancárias de empresas usadas para pagar campanhas eleitorais do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) em 2010 e 2014. Segundo as investigações, o esquema teria movimentado R$ 600 milhões.
Morato, de 47 anos, era dono da empresa que comprou o avião que transportava o ex-governador quando caiu em Santos, no litoral paulista, matando Eduardo Campos, que era candidato à Presidência da República, em 13 de agosto de 2014.
O exame das vísceras de Morato – cujo corpo permanece no Instituto Médico-Legal do Recife e ainda não foi reclamado pela família – apontou quadro de "intoxicação exógena por organofosforado".
Laudos
Os peritos ainda trabalham em oito laudos sobre o caso, que devem ser concluídos nos próximos dias, para determinar o local exato do envenenamento e por que o empresário estava no motel. Segundo o governo de Pernambuco, administrado por Paulo Câmara (PSB), a Polícia Civil agora trabalha para descobrir se Morato foi envenenado ou se cometeu suicídio.
Morato era dono da Câmara & Vasconcelos Locação e Terraplanagem, empresa titular de contas nas quais foram depositados pela empreiteira OAS os R$ 18 milhões usados para pagar o Cessna Citation que caiu em Santos.
A Operação Turbulência, deflagrada em janeiro, efetuou prisões e apreensões baseadas em levantamentos de informações e provas coletadas também na Operação Lava Jato, que apura corrupção na Petrobrás.

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