Do fundo do baú
Quando comecei a sentir as primeiras
comichões no indicador de minha mão direita, por volta do ano 2000, mergulhei
nos grandes clássicos desde Cartier-Bresson até Cindy Sherman, tentando
entender o que é fotografia.
No princípio deste ano abri duas
caixas de velhas fotos minhas.
Em boa parte tremidas, desfocadas, sem noção de
enquadramento, mas mesmo assim guardadas porque em algum momento, alguma
situação ou algum rosto me lembravam.
Com a ajuda da designer Camila
Alemany, escolhi estas vinte fotos hoje expostas na galeria do Álvaro Villela.
Viajem no tempo, viagem por algumas
terras.
Tamanrasset no meio do Saara argelino onde fui convidado por um chefe
tuaregue para ir ao Níger comprar escravos, impressões de Portugal, até aquela
manhã de sol em Londres aguardando a passagem da princesa Margareth a caminho
do casamento no palácio de Buckingham.
Não foram tiradas com grandes
pretensões artísticas.
Simplesmente para perenizar visões fugazes.
Espero que elas permitam um agradável
passeio ao observador.
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