Jakob Offenbach, nasceu em Colônia, em 1819 e aprendeu as primeiros noções de música com seu pai, Isaac Ben-Juda cantor da sinagoga da cidade.
Aos doze anos, Jacob era já um exímio violoncelista, razão pela qual sua família decidiu enviá-lo a Paris, onde receberia uma melhor educação musical. Após um ano de estudos, o jovem músico passou a atuar na orquestra do Théâtre national de l'Opéra-Comique, quando desenvolveu parceria musical e uma grande amizade com o pianista e compositor Friedrich von Flotow.
O compositor adotou uma nova identidade e trocou seu sobrenome para Offenbach, em homenagem à cidade natal de seu pai, Offenbach am Main.
Considerado pela crítica como o "Liszt do violoncelo", ele não só dedicou-se a compor várias obras para esse instrumento como participou de uma série de concertos nas principais capitais europeias. Na corte londrina, apresentou-se para a Rainha Vitória I e o príncipe Alberto.
Os espetáculos teatrais começaram a explorar humoristicamente o espírito, a inteligência e o divertimento característicos da vida parisiense.
Foi naquela época que estreou a primeira opereta de Offenbach, Orfeu no Inferno, através da qual um de seus temas musicais, o cancan, adquiriu notoriedade internacional. A fama e a popularidade de Offenbach subiram às alturas. Em dez anos ele escreveu noventa operetas, a maioria de grande sucesso, a exemplo de La Belle Hélène,
e La Princesse de Trébizonde. Segundo Carpeaux, regeu o cancan que as platéias dançavam, sendo um participante embriagado e espectador cínico da orgia.
A derrota dos franceses na guerra franco-prussiana de 1870 e os incêndios da comuna de Paris colocaram um final na temporada de danças, risos e champanhe. Offenbach, apesar de suas raízes alemãs, considerava-se um genuíno parisiense e entrou em profunda depressão após a humilhante derrota sofrida pela França, ante as tropas de Otto von Bismarck.
Depois de um malogrado tour pelos Estados Unidos e com sua fortuna dilapidada, Offenbach passou a demonstrar um amargo arrependimento por ter desperdiçado o seu talento, compondo músicas populares e de gosto duvidoso. Atraído pelas histórias fantásticas do escritor e compositor alemão ETA Hoffmann, ele se lançou febrilmente na tarefa de compor uma ópera séria que ficasse para a posteridade.
Com 60 anos e muito doente, ele trabalhou com afinco para concluir Os contos de Hoffmann.
Mas o famoso criador de operetas não conseguiu realizar o sonho de assistir à montagem de sua primeira grande ópera de sucesso. Ele morreu em Paris, no dia 5 de outubro de 1880, e a estreia de sua joia musical só iria ocorrer cinco meses depois. A ópera foi considerada o maior evento da temporada, atingindo um recorde de 101 apresentações.
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