Ex-chefe de gabinete admite que petistas se corromperam, mas poupa Lula
Gilberto Carvalho transfere parte da culpa pelos “roubos” aos antigos aliados do Centrão
Por Rafael Moraes Moura
O primeiro caso de corrução no governo Lula ocorreu um ano depois da posse do petista.
Um vídeo mostrou o então assessor da Casa Civil, Waldomiro Diniz, pedindo propina a um bicheiro. Na época, ele foi demitido do cargo, mas o episódio foi tratado como um caso isolado. Não era.
Algum tempo depois, explodiu o escândalo do mensalão. Para manter a base de apoio no Congresso, o PT subornava parlamentares com dinheiro desviado dos cofres públicos. No comando da fraude, estava o então poderoso ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, braço direito de Lula e ex-chefe de Waldomiro.
Com o passar dos anos, outros casos de corrupção pesada eclodiram em vários ministérios, fornecendo evidências de que a prática estava disseminada nos governos petistas. Em 2015, já na administração de Dilma Rousseff, a suspeita se confirmou.
A Lava-Jato descobriu que o PT e seus aliados desviaram mais de 42 bilhões de reais para financiar campanhas políticas do partido e multiplicar o patrimônio pessoal de muita gente.
A corrupção era um método, um instrumento para garantir a manutenção de um projeto de poder — só o PT não reconhecia isso.
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