sábado, 25 de junho de 2022

ANTONI GAUDI

 25 de junho de 1852 - Nascimento de Antoni Gaudí!


De saúde delicada na juventude, teve de passar longos períodos internado na Casa de Riudoms onde permanecia horas e horas a contemplar e a memorizar todos os segredos da natureza que considerava como a obra suprema do Criador e, segundo ele mesmo, seu mestre maior.
Antoni Gaudí i Cornet é responsável pelo início do modernismo na Espanha, com construções que, para a época, beiravam o surrealismo. A natureza, sua maior inspiração, fez com que suas obras repelissem, na maioria, linhas e ângulos retos.

Quando, em 1878, terminou os estudos na Escola de arquitetura, o diretor, Elies Rogent, declarou: “Ainda não sei se concedemos diploma a um louco ou a um gênio, o futuro nos dirá.” E era inegável que as ideias desse jovem não tinham nada em comum com o que já fora feito até então mas que não deixavam ninguém indiferente.



Um dos mais conhecidos projetos de Gaudì, a Casa Batlló, traz uma série de aspectos naturalistas que podem ser encontrados na vida animal e na geografia do nosso planeta. Contratado pela família que leva o mesmo nome do edifício, Gaudí foi responsável pela reforma do prédio. Na parte superior da construção, por exemplo, o telhado lembra escamas de dragão. Aquilo que seria o olho do dragão, foi inspirado nas formações do Monte Serreado, ou Montserrat, montanha mais significativa para o povo da Catalunha. A escada da entrada principal, esculpida em madeira castanheira, lembra a vértebra de um animal pré-histórico. Já as janelas da fachada lembram um morcego de asas abertas. Internamente, se destacam o átrio da lareira em forma de cogumelo, o teto do salão principal em espiral, fazendo menção à Via Láctea, e as ondulações no teto da sala de jantar, inspiradas no movimento da água.


Morreu no dia 10 de junho de 1926, atropelado por um bonde no trajeto que fazia diariamente entre a Igreja de Sant Felip Neri e a Sagrada Família. Após ter sido atingido, ficou inconsciente e foi transportado para o hospital Santa Cruz, como indigente. Dias depois foi reconhecido por um padre da Sagrada Família, onde foi enterrado.
Helena Lacerda

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