“Salvador e outras cidades não estão ficando só feia*, mas estão ficando estragadas”, diz arquiteto
Marcelo Ferraz concedeu entrevista à Rádio Metropole nesta quinta-feira (21)
O arquiteto Marcelo Ferraz expressou, nesta quinta-feira (21), críticas às intervenções urbanísticas em Salvador e em outras cidades do país. Segundo ele, as autoridades não têm considerado adequadamente a criação de ambientes voltados, sobretudo, para a mobilidade de pedestres.
“Nós temos uma ocupação absurda. Não tem mais respiro, a cidade esquenta. A cidade cria problemas enormes de locomoção, de mobilidade e a faixa litorânea está ocupada por espiões. Não deixa a brisa”, disse ele, em entrevista a Mário Kertész, na Rádio Metropole.
“Salvador é uma cidade lição para o Brasil. É um modelo de ocupação do território que está se perdendo, como em todas as cidades brasileiras. Não estão ficando só feias, mas estão ficando estragadas, cheia de problemas”, acrescentou.
Marcelo Ferraz ainda criticou as intervenções feitas na região do Iguatemi, na capital baiana, com construção de viadutos e do BRT.
“Aquilo não é cidade. Aqui é uma loucura. Não percebe uma calçada. É carro, carro, carro, viaduto. Não dá para a chamar aquilo de cidade, que deveria ser confortável para quem anda a pé. Aí é impossível andar a pé”, emendou.
Confira a entrevista na íntegra:
COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO.- * Erro de grafia do redator ou erro de português do arquiteto?
Encontrei o Marcelo Ferraz anos atrás, então assistente de Lina Bo Bardi, na inauguração da Casa do Benin em Salvador. Me pareceu muito "estrela". Mas hoje, só posso concordar com ele.
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