sábado, 13 de agosto de 2016

CARMEN MIRANDA, SEMPRE!


Carmen Miranda, foi uma cantora eatriz luso-brasileira.[2] [nota 1] Sua carreira artística transcorreu no Brasil e Estados Unidos entre as décadas de 19301950. Trabalhou no rádio, no teatro de revista, no cinema e na televisão.[4] Foi considerada pela revista Rolling Stone como a 15ª maior voz da música brasileira. Um ícone e símbolo internacional do país no exterior.[5]
O primeiro grande sucesso veio com a marcha-canção Ta-hí (Pra Você Gostar De Mim), de Joubert de Carvalholançada em 1930 e que foi recorde de vendas, ultrapassando a marca de 36 mil cópias,[6] a música alcançou uma popularidade tão grande que, em menos de seis meses, Carmen Miranda já era a cantora mais famosa do Brasil. No ano seguinte, ela fez sua primeira turnê internacional, já como uma artista renomada, quando foi para aArgentina com os cantores Francisco AlvesMário Reis e com o bandolinista Luperce Miranda. Ela retornou à Argentina mais oito vezes, entre os anos de 1933 e 1938.[7] Carmen Miranda tornou-se a primeira artista de rádio a assinar contrato com uma emissora, quando na época todos recebiam somente cachês.[8] E seu sucesso na indústria fonográfica lhe garantiu um lugar nos primeiros filmes sonoros lançados na década de 1930.
Foi em 1939, no filme Banana da Terra, que Carmen Miranda apareceu pela primeira vez caracterizada de baiana, personagem que a lançou internacionalmente. O musical apresentava clássicos como O que é que a baiana tem?, que lançou Dorival Caymmi no cinema.[9] Quando estava em temporada no Cassino da Urca, Carmen foi contratada pelo o magnata do show business Lee Shubert, para ser uma das atrações do seu novo espetáculo, The Streets of Paris, que estrearia na Broadway. Este foi o episódio que transformou a vida de quem mais tarde viria a ser conhecida como "The Brazilian Bombshell".[10]
Em 1940, ela fez sua estreia no cinema americano no filme Serenata Tropical, com Don Ameche e Betty Grable, a crítica aclamava suas roupas exóticas e seu sotaque latino, que tornou-se sua marca registrada.[11] Nesse período ela foi eleita a terceira personalidade mais popular nos Estados Unidos, e foi convidada para se apresentar junto com seu grupo, o Bando da Lua, para o presidente Franklin Roosevelt na Casa Branca.[12] Carmem Miranda chegou a receber o maior salário até então pago a uma mulher nos Estados Unidos.[nota 2] Sua fortuna foi estimada como algo equivalente a cerca de $2 milhões de dólares pelo Los Angeles Times.[14]
Fez um total de catorze filmes nos EUA entre 1940 e 1953, nove deles somente na 20th Century Fox. Embora aclamada como uma artista talentosa, sua popularidade diminuiu até o final da Segunda Guerra Mundial. O seu talento como cantora e performer, porém, muitas vezes foi ofuscado pelo caráter exótico de suas apresentações. Carmen tentou reconstruir sua identidade e fugir do enquadramento que seus produtores e a indústria tentavam lhe impor, mas sem conseguir grandes avanços. Numa época em que Hollywood estava interessada em vender musicais de "boa vizinhança" para evitar que as nações da América Latina se alinhassem com o Eixo, Carmen Miranda se tornou a personificação de um exotismo latino-americano genérico que foi abraçado como singular e peculiar pelo público dos EUA e rejeitado como inautêntico e paternalista por brasileiros.[15] De fato, por todos os estereótipos que enfrentou ao longo de sua carreira, suas apresentações fizeram grandes avanços na popularização da música brasileira, ao mesmo tempo, abrindo o caminho para o aumento da consciência de toda a cultura Latina.[16]
Carmen Miranda foi a primeira artista latino-americana a ser convidada a imprimir suas mãos e pés no pátio doGrauman's Chinese Theatre, em 1941. Ela também se tornou a primeira sul-americana a ser homenageada com uma estrela na Calçada da Fama.[17] A sua figura, para muito além da música, seria uma influência permanente na cultura brasileira, da Tropicália ao cinema.[18]
Em 20 anos de carreira deixou sua voz registrada em 279 gravações somente no Brasil e mais 34 nos EUA, num total de 313 canções. Um museu foi construído mais tarde no Rio de Janeiro, em sua homenagem.[19] Em 1995, ela foi tema do aclamado documentário Carmen Miranda: Bananas is my Business, dirigido por Helena Solberg,[20] uma interseção no cruzamento da Hollywood Boulevard e Orange Drive em frente ao Teatro Chinês em Hollywood foi oficialmente nomeada Carmen Miranda Square, em setembro de 1998.[21] Até hoje, nenhum artista brasileiro teve tanta projeção internacional como ela.[22]

Um comentário: