Augusto de Campos, (1979)
Tradutor, ensaísta, crítico de literatura e música, o paulistano publicou em 1951 seu primeiro livro de poemas, O rei menos o reino. Em 1952, com seu irmão Haroldo de Campos e Décio Pignatari, dando início ao movimento internacional da Poesia Concreta no Brasil, lançou a revista literária Noigandres, origem do grupo Noigandres.
Em 1955, no segundo número da revista, publicou uma série de poemas em cores, Poetamenos, considerados os primeiros exemplos consistentes de poesia concreta no Brasil. O verso e a sintaxe convencional eram abandonados e as palavras rearranjadas em estruturas gráfico-espaciais, algumas vezes impressas em até seis cores diferentes, sob inspiração da Klangbarbenmelodie (melodia de timbres) de Webern.
Em 1956 participou da organização da Primeira Exposição Nacional de Arte Concreta (Artes Plásticas e Poesia), no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Sua obra veio a ser incluída, posteriormente, em muitas mostras, bem como em antologias internacionais como as históricas publicações Concrete Poetry: an International Anthology, organizada por Stephen Bann (London, 1967), Concrete Poetry: a World View, por Mary Ellen Solt (University of Bloomington, Indiana, 1968); Anthology of Concrete Poetry, por Emmet Williams (NY, 1968).
A maioria dos seus poemas acha-se reunida em Viva Vaia, 1979, Despoesia, 1994 e Não, 2003. Outras obras importantes são Poemóbiles (1974) e Caixa Preta (1975), coleções de poemas-objetos em colaboração com o artista plástico e designer Julio Plaza. Sei livro Não poemas (2003) recebeu o prêmio de Livro do Ano, concedido pela Fundação Biblioteca Nacional.
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