Escola estadual fecha as portas e deixa 323 alunos sem aulas no Curuzu
Secretaria da Educação informou que imóvel precisa de intervenção emergencial na infraestrutura
Parecia um dia comum de aula no Colégio Estadual Celina Pinho, localizado no bairro do Curuzu, em Salvador, quando os alunos chegaram e foram surpreendidos com a convocação que deveriam ir até o auditório, ao invés da sala de aula, como de costume.
Foi um dia depois do feriado do Dia do Trabalho, na última quarta-feira (02), quando representantes da Secretaria da Educação do Estado da Bahia deram a notícia de que a escola seria fechada, mudando a rotina de 323 estudantes.
“Fomos pegos de surpresa”, contou o estudante William Almeida, 18 anos, aluno do 3º ano do Ensino Médio.
Árvore estaria comprometendo infraestrutura do prédio. Foto: Varela Notícias
A justificativa para o fechamento da instituição foi uma árvore que estaria comprometendo a estrutura do prédio, localizado na Rua do Progresso.
“De repente, ficamos sem saber para onde ir. Não fizemos nem prova e tivemos que correr atrás de um novo colégio”, explicou a estudante Mireli Santana, 18 anos, aluna do 2º ano do Ensino Médio.
Os professores da unidade também foram surpreendidos com a notícia de que os alunos seriam transferidos para Colégio Estadual Duque de Caxias, no bairro da Liberdade, ou para o Colégio Estadual Tereza Conceição Menezes, também no Curuzu.
Enquanto isso continuam roubando o nosso dinheiro de forma escandalosa. A nossa educação pede socorro, falta manutenção preventiva nas escolas, faltam escolas, faltam alunos dispostos a frequentar as vagas disponíveis. Recentemente soube que a Secretaria de Educação do Estado está num processo de identificação de salas de aula ociosas, que tem um contingente de alunos muito reduzido, no intuito de realizar o fechamento progressivo de salas de aula, juntando os alunos em salas, para deixá-las com mais alunos e em certos casos fechando até escolas ociosas, colocando alunos de duas escolas, ou mais em uma só. Não existe incentivo a frequência em sala de aula. Sofremos com o sucateamento progressivo de nossa educação. Depois de concluída a educação básica, faltam vagas na educação superior. Depois de concluída a universidade, faltam vagas de trabalho em nosso país. Por que será que a marginalidade cresce tanto em nosso país? Talvez porque as oportunidades sejam muitas na contravenção, sem exigência, ao mínimo, de ensino fundamental, bastando apenas a habilidade de fazer contas de matemática, o que é oferecida ainda nos primeiros anos do fundamental, e a capacidade e frieza de usar uma arma de fogo, com salários semanais que superam o Salário Mínimo mensal instituído em nosso país. Será que nosso Brasil tem jeito?
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