Clarice Bagrichevsky
O Dia das Mães como é celebrado atualmente teve origem nos EUA. Essa data era reservada para que as mulheres chorassem os soldados caídos e lutassem pela paz durante a Guerra Civil Norte-Americana.
Uma mulher chamada Ann Reeves Jarvis organizava grupos de mulheres que trabalhavam para melhorar as condições sanitárias da época e, assim, reduzir a mortalidade infantil além de cuidar de soldados feridos durante a guerra. Terminada a guerra, essa Jarvis passou a organizar reuniões e piqueniques pacifistas — ou Dia das Mães —, incentivando as mulheres a adotar um papel mais politicamente ativo.
Quando ela morreu a filha, que ficou emocionalmente abalada, começou a organizar homenagens à mãe que, pouco a pouco, acabaram se espalhando para outras cidades e estados norte-americanos. E os eventos foram se tornando tão populares que, em 1914, a data comemorativa foi oficializada. Mas na sua concepção essa não era uma data para homenagear todas as mães, mas cada mãe.
E Anna (nome dela) ficou profundamente perturbada quando percebeu que a festividade estava se transformando em uma mina de ouro e em uma comemoração de cunho comercial. Passou então a organizar boicotes, participar de protestos e a ameaçar iniciar processos. Inclusive foi presa por perturbar a ordem. Ela acabou gastando toda a sua herança e energia para abolir a celebração que ela havia criado anos antes.
E apesar de ter podido lucrar absurdamente com a comercialização do Dia das Mães, Anna acabou morrendo sozinha e sem um tostão em um hospital psiquiátrico aos 84 anos.
No Brasil a picaretagem capitalista foi criada por decreto em 1932, estabelecendo que ela deveria ser comemorada todo segundo domingo de maio, e acabou se tornando uma tradição. Aqui, o Dia das Mães é a segunda data comemorativa mais lucrativa do ano, vindo depois apenas do Natal.
A todos os comerciantes, a quem de direito, Feliz Dia Das Mães!
Antes que caiam matando: sou duplamente mãe porque sou avó. MAS REJEITO VEEMENTEMENTE A COMEMORAÇÃO DESSA DATA COMO ELA HOJE É.
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